PF cassa porte de arma da Guarda Municipal de Florianópolis

Jornal GGN – A Polícia Federal cassou o porte de arma da Guarda Municipal de Florianópolis, em Santa Catarina, alegando que faltam horas de aula de tiro para os guardas.  “Há um mês informaram que era necessário apresentar esse curso para não cancelaram o convênio, sem tempo hábil para o curso, que leva quatro meses”, diz José Paulo Rubim Rodrigues, secretário Municipal de Segurnaça e Gestão do Trânsito.

Ele diz que nesta segunda (4) o convênio entre a Prefeitura de Florianópolis e a Polícia Federal, que regulamenta a utilização de armas, iria vencer, mas que ele foi cancelado na última sexta (1). Desde então, os guardas municipais estão trabalhando desarmados. 

José Paulo diz que a prefeitura da capital catarinense irá entrar na Justiça. “Temos documentos que mostram que a Polícia Civil e a Poícia Rodoviária Federal (PRF) se disponibilizaram a prestar o curso. Vamos pedir à Justiça que nos dê quatro meses para realizar o curso”, afirma. 

Enviado por antonio francisco

Do G1

Guarda Municipal de Florianópolis tem porte de arma cassado pela PF
 
Polícia Federal informou que faltam horas de curso, diz secretário municipal. Sem autorização, guardas estão atuando desarmados desde sexta (1º).
 
A Polícia Federal cassou o porte de arma da Guarda Municipal de Florianópolis, segundo informou o secretário Municipal de Segurança e Gestão do Trânsito, José Paulo Rubim Rodrigues ao G1 neste domingo (3). Sem autorização, os guardas estão atuando desarmados desde sexta-feira (1º), quando foi recolhido o armamento.

“Eles alegam que faltaram horas aulas de cursos de tiro realizados pelos guardas municipais. Há um mês informaram que era necessário apresentar esse curso para não cancelarem o convênio, sem tempo hábil para o curso, que leva quatro meses”, afirma o secretário.

Segundo ele, nesta segunda-feira (4) venceria o convênio entre Prefeitura de Florianópolis e Polícia Federal que regulamenta o uso de armas pelos guardas. Mas na sexta (1º) o convênio foi cancelado e o porte de armas cassado, conforme o secretário.

O delegado da Polícia Federal Luiz Carlos Korff informou ao G1 que a instituição repassará informações sobre o caso na segunda-feira (4).

De acordo com o secretário, o serviço prestado pela guarda municipal pode ser afetado. “Não vamos deixar de fazer nada, mas vão arriscar a vida. Não vou pedir que façam enfrentamento em área de risco”, alegou.

Três turmas de guardas em oito anos.
Segundo o secretário de Segurança de Florianópolis, a Polícia Federal informou que faltaram horas aula em cursos realizados em oito anos. No último mês, a terceira turma de guardas se formou com todas as horas aulas dentro do solicitado pela PF, mas eles também não usarão armas por causa do rompimento do contrato.

Rodrigues diz que outras duas turmas estariam com o curso incompleto, conforme alegou a PF. “Se eles dizem que a guarda deixou de fazer nesses oito anos essas horas, por que eles assinaram o convênio? Por que cassaram o porte só agora?”, questiona.

Segundo o secretário, a PF já havia informado sobre a necessidade das horas do curso em outras oportunidades, mas sem mencionar a possibilidade de cassar o porte de armas. Rodrigues diz também que o curso exige, por exemplo, aulas de prática de tiro com revólver, sendo que a guarda utiliza pistola.

Recorrer na Justiça
A Prefeitura Municipal deve recorrer na Justiça. “Temos documentos que mostram que a Polícia Civil e a Poícia Rodoviária Federal (PRF) se disponibilizaram a prestar o curso. Vamos pedir à Justiça que nos dê quatro meses para realizar o curso. Independente da decisão, vamos fazer. Daqui a 20 dias pode iniciar este curso”, diz Rodrigues.

 

Redação

5 Comentários

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  1. atribuições

    Está equivocado o Secretário Municipal.

    Em nenhum momento a Guarda Civil pode ou deve fazer “enfrentamento em área de risco”, conforme ele diz.

    As guardas civis, de acordo com a Constituição da República, tem como atribuição tão somente guardar e proteger o patrimônio público municipal. A segurança pública, como intervir em ações criminosas contra o cidadão, é atribuição das polícias, que compete aos Estados e à União.

    As prefeituras não dispõem de treinamento adequado aos guardas, nenhuma delas. É demagógica essa versão de que existe esse preparo, e, no meu ver, é um crime expor o servidor público municipal à vioilência do crime urbano.

    Armar a Guarda Municipal não é um fenômeno recente, e isso vem sendo feito em muitas prefeituras pelo país. Contudo, esse armamento não melhorou em nada os índices de criminalidade e de marginalidade do cidadão excluído, pelo contrário.

    Para piorar a situação, em prefeituras que não concederam porte de arma aos seus guardas municipais, muitos membros da corporação conseguem alvará judicial individual para o uso da arma, e, sem qualquer respaldo oferecido pela municipalidade, e sem uma lei municipal que autorize, saem pelas ruas fardados e armados, excedendo-se nas suas atribuições legais com muita frequência.

    Os prefeitos sofrem pressão por parte da sociedade, que clama pela segurança pública. Mas ao invés de atender diretamente esse clamor, e de ouvir assessores de embaçada visão social, deveriam cobrar dos respectivos governadores para que promovam políticas públicas de segurança mais civilizadas. Além disso, devem investir de maneira mais responsável e planejada o dinheiro público destinado à educação infantil. Essa é a atribuição constituicional dos municípios.

     

  2. E QUEM VIGIA O VIGIA?

    Quando houver o primeiro velório do primeiro catarinense morto pela arma disparada por um Guarda Municipal de Florianópolis, sem preparo técnico e muito menos psicológico, quem vai fazer o primeiro discurso fúnebre?

    O Prefeito de Floripa?

    O Presidente da Câmara de Vereadores?

    O Secretario Municipal de Segurança?

    O mais idoso Ex-Combatente?

    Jair Bolsonaro?

  3. Está certo !
    Tomara que o

    Está certo !

    Tomara que o mesmo  procedimento aconteça no RJ.

    A guarda municipal do RJ está pleiteando uso de arma de fogo, segundo dizem, para sua defesa.

    O projeto está para ser votado na câmara.

    Já imaginaram, depois da PM a guarda municipal também armada, sem nenhum preparo.

    Não vai  sobrar nenhum preto no RJ, para contar estória.

    Por precaução vou botar minhas barbas de molho, só saio de casa com salvo conduto dado pelo meu senhor.

    É senhor, e não Senhor

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