Preconceito e discriminação no ambiente de trabalho

do blog Direitos Humanos no Trabalho

As grandes corporações, em sua maioria, tem uma estratégia para atrair e reter profissionais talentosos em seus quadros. Além de remuneração adequada, oportunidades de crescimento e outros aspectos mais tangíveis, procuram ter um ambiente de trabalho atraente, confortável, alegre e harmonioso onde o profissional tenha prazer de, diariamente, passar suas muitas horas de trabalho.

A criatividade das empresas para proporcionar um bom ambiente de trabalho aos seus empregados é enorme e vale tudo para estar num dos muitos rankings de “melhores empresas para trabalhar”.

Nessa gestão do ambiente de trabalho, do clima organizacional, existe um aspecto que as empresas não têm como controlar: a discriminação e o preconceito do próprio empregado e que estão entranhados na personalidade, na cultura e na criação de cada pessoa.  É uma característica difícil ou quase impossível de identificar no processo de recrutamento e seleção de novos empregados. E muitas vezes o preconceito demora a vir à tona ou vem devagarzinho, de forma quase imperceptível. Mas, mais cedo ou mais tarde, acaba contaminando o ambiente e pondo por terra os esforços da empresa. No final das contas, ninguém gosta de trabalhar numa empresas cheia de preconceitos e discriminação mesmo que, num primeiro momento, você não seja o alvo deles. As grandes corporações decididamente não tem sabido lidar com esse assunto.

Nos últimos seis anos, trabalhei numa consultoria especializada em ajudar essas grandes organizações a desenvolver e implantar programas para eliminar o preconceito e a discriminação no seu ambiente de trabalho.  Esse trabalho me deu a oportunidade de constatar a enorme dimensão do problema.  E como, se não tratado, o problema contamina toda a organização. Afugenta os profissionais mais talentosos, inviabiliza o trabalho em equipe e, por fim, compromete a produtividade e o futuro da empresa.

É enorme a diversidade dos preconceitos existentes no ambiente de trabalho. Mas o preconceito contra mulheres, contra negros e contra deficientes são, de longe, os mais frequentes. Em geral, as mulheres, desempenhando a mesma função, têm remuneração inferior à dos homens. Além disso, elas têm dificuldade em alcançar cargos gerenciais ou de direção.

Há muitas justificativas para essas diferenças. A principal é que as mulheres, por fatores históricos, estão menos preparadas que os homens para ocupar posições de liderança.  Não há dados confiáveis para amparar tais alegações.

Durante o processo de consultoria de uma das empresas que nos contratou, observamos que, em seu escritório central, em São Paulo, cerca de metade dos pouco mais de mil empregados era do sexo masculino; os demais, naturalmente, eram mulheres. Essa distribuição se repetia quando olhávamos o efetivo departamento por departamento, com variações pouco relevantes. Apenas um departamento destoava: nele, os homens eram 80% do efetivo. Fomos procurar o gerente responsável para entender porque o departamento dele era diferente. Perguntado, não hesitou em responder: “Eu trabalho com o pessoal justo, sem folga nenhuma, e é difícil cumprir as minhas metas. Se eu tiver mulheres na minha equipe, estou perdido. Mulher fica grávida, se afasta, a empresa não me deixa substituir as que se afastam… O que eu posso fazer? Se eu contratar mulheres, coloco meu emprego em risco.”

Essas situações são comuns e são fáceis de identificar e corrigir. Difícil é o preconceito velado, disfarçado, quando muitas vezes só a vítima da discriminação é que a percebe. As pessoas em volta não veem nada de extraordinário no comportamento discriminatório e, muitas vezes, até o justificam: “Bobagem, ele não falou por mal, é o jeito dele…” e as coisas acabam ficando por isso mesmo.

Por isso, a empresa que quer realmente tratar o preconceito e a discriminação tem cumprir algumas etapas, duas delas essenciais.  A primeira é deixar claro para todos – sobretudo para os líderes – as políticas da empresa sobre preconceito e discriminação. E as consequências para os empregados que se afastarem dessas políticas. A segunda, é disponibilizar ao empregado que se sentir discriminado por qualquer razão um canal “confiável” para que ele denuncie a discriminação sofrida.  A identidade do denunciante tem que ser preservada a qualquer custo e todas as denúncias tem que ser rigorosamente investigadas e, se comprovadas, punidas.

Todo trabalhador tem direito constitucional de trabalhar em um ambiente livre de discriminação e preconceitos de qualquer natureza. Ao criar um ambiente assim, a empresa não estará apenas se beneficiando mas também respeitando um dos direitos fundamentais do trabalhador.

Caiubi Miranda  

Redação

26 Comentários

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  1. Preconceito

     Caiubi Miranda,

    Esta sua interesante abordagem a respeito de preconceito me fez sair de cima do muro.

    Este seu critério para identificar aqueles que aparentemente cometeram discriminação (será necessária um elemento qualquer que confirme a denúncia ), o canal “confiável” e a identidade do denunciante preservada, parece ser boa opção para reduzir um problema que não tem data prá terminar. Imagino que, em muitos casos, identificar o canal “confiável” já possa vir a ser um problema.

    Me parece que este critério de identificação pode ser capaz de resolver a maior parte das questões envolvendo as mulheres brancas, pois o preconceito racial não tem sexo e está entranhado na sociedade brasileira, daí ser este preconceito,o que será o objeto da maor parte das denúncias ao canal “confiável”.   

  2. E ai todos vão morrer de

    E ai todos vão morrer de tédio, não vai  ter mais piada da solteirona feiosa,  da gorda que se acha gostosa,  do fanho,  do cegueta, do corno, da biscatinha,  do sovina, do chatomildo, do delicado,  do burro,  do caxias, do puxa-saco,  será a paz dos conventos, esse gente é louca, sem fofoca o ser humano não vive desde que o homem ficou de pé nos cafundós da Africa lá pelo ano 200.000 AC. Já imaginou 6 caras em um bar tomando cerveja sem poder falar mal de ninguem?

    Ou 5 moças do escritorio no almoço sem poder pichar aquela secretaria de saia justissima que dá em cima do diretor?

    Que lástima, o politicamente correto é mais letal que a bomba de hidrogenio, é pior que epidemia do virus Ebola, os P.C. não tem a menor noção do que é preconceito no sentido de valoração legal. o que abarca uma ou situação especifica, nunca qualquer comentario ou critica, falar mal de careca tambem não pode? E dar apelido ao caspento? Meus sais…

    1. Piada

      Andre,

      Não vai ter mais piada prá você, porque prá mim já não tem piada há muito tempo, a não ser em grupo..

      Se o meu neto não conhece nenhuma das tais piadas políticamente incorretas, só me resta ter pena desta garotada.

      Interessante é que num ambiente como bar, buteco, na barraca da praia, quiosque, se tem um grupo contando as tais piadas que não podem no meio de uma risadaria danada, num instante chega um, depois outro e quando se vê, tem gente prá xuxu.

    2. Que tal contratar o Gentili pra sua firma?

      Ahi, sob a desculpa de que se trata de um comediante, vc vai matar a saudade de todas estas “piadas” e de quebra ainda pode pedir pra ele fazer algum merchan de algum produto…Ps: nao vou cobrar royalties pela ideia….

    3. Vc endoidou? Não, desculpa,

      Vc endoidou? Não, desculpa, claro que não. Quando leio um comentário desse eu penso imeditamente na carapuça. Misturar paida de careca com preconceito de sexo e de pigmentação da pele é expediente comum de perpetuadores. A turma do deixa disso.

  3. Sem tirar nem pôr, muitos

    Sem tirar nem pôr, muitos aqui e até eu, praticamos atos preconceituosos constantemente e nem nos darmos conta. Vivemos constantemente no piloto automático, a intervenção da conciência e quase que nada diante da manifestação do subconsciente,  e ele que rege nossas vidas, o que é mais antigo permanece. E é na infância que absorvemos essas crenças, através da tv, de nossos pais, colegas entre outros. 

     

    A relação entre estereótipos e automatismos por meio de estudos em priming Os estereótipos muitas vezes são vistos pelo senso comum como um recurso adotado por pessoas ignorantes, preconceituosas ou conservadoras. Algumas pessoas até acreditam utilizar eventualmente estereótipos, mas como se fosse um lapso, um deslize que pode ser corrigido. Entretanto, a visão de estereótipos que tem ganhado força nas pesquisas modernas em psicologia propõe um outro modelo de compreensão dos estereótipos. Eles são vistos como processos que operam fora da percepção, ativados independentemente da vontade individual.Onde quer que existam seres humanos divididos em grupos, por mais diversos que sejam, existe a possibilidade de formação de estereótipos. Moskowitz (2005) diz que os estereótipos são, em essência, expectativas sobre um grupo social e a extensão em que os prováveis comportamentos e características atribuídos ao grupo podem ser generalizados aos indivíduos pertencentes ao grupo. A idéia de que as atitudes, crenças e comportamento são freqüentemente afetados por fatores que fogem à consciência e não podem ser totalmente compreendidos pela auto-reflexão e outros métodos intuitivos, tem sido um tema importante de estudo na psicologia social. Nas últimas décadas, a psicologia social experimental descobriu que atitudes e crenças podem ser ativadas na memória de uma pessoa sem que haja intenção ou sequer percepção de que elas foram ativadas. Uma vez ativadas, essas cognições e julgamentos são difíceis de inibir ou suprimir, e geram efeitos comportamentais significativos, afetando, por exemplo, julgamentos, decisões e atitudes. A essas reações sutis foram dados muitos nomes na literatura: implícito, automático, inconsciente ou não-consciente. (Dasgupta, 2009) Os estereótipos são, portanto, parte deste conjunto de crenças e atitudes que são ativados automaticamente e que geram expectativas a respeito de um determinado grupo ou pessoa que pertença a este grupo. Estas expectativas criadas pelos estereótipos enviesam constantemente as relações e julgamentos sociais. Por isso, os estereótipos são alvo de grande interesse dos estudiosos em Psicologia Social, quebuscam compreender seus mecanismos de formação, ativação, manutenção e seus efeitos. continua no link abaixo: http://www.pospsi.ufba.br/Raoni_Paiva.pdf  Abaixos links de um documentário que fala a respeito: Tomem muito cuidado quando um estranho lhe oferecer uma bebida quente e mais cuidado ainda se isso ocorrer com você sentado em uma poltrona confortável. 

    O Cérebro Inconsciente: Episódio 1/2 

    https://www.youtube.com/watch?v=cthix070SA8 

    O Cérebro Inconsciente: Episódio 2/2 

    https://www.youtube.com/watch?v=znDgWDVsfK0 

  4. Trabalho na área de

    Trabalho na área de tecnologia há muitos anos.

    Há poucas mulheres na área de programação. Em todas as consultorias e bancos que trabalhei, na parte iminentemente técnica sempre houve poucas mulheres.

    Na universidade, nos cursos de engenharia, matemática, física e ciência da computação, as mulheres também eram poucas. Elas muito mais numerosas nos cursos de pedagogia, biologia e sociologia. Nos cursos chamados “exatas” eram muito poucas.

    Em quinze anos de profissão conheci uma DBA competentíssima, talvez a melhor que já vi, e algumas raríssimas programadoras.

    Isso tudo para dizer que existem áreas em que as mulheres ainda não chegaram ou simplesmente não tem interesse.

    O fato de um lugar ter poucas mulheres não significa necessariamente um elemento de discriminação.

    A área de TI, programação, ao que parece, pelo menos no Brasil, ainda é uma fronteira a ser desbravada pelas mulheres.

    Falta de inteligência não é, seguramente, pois o maior Q.I. já registrado até hoje é o de uma mulher.

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    Americana, 44 anos, Marilyn Von Savant conseguiu uma façanha: figurar no livro Guinness de recordes com o mais alto quociente de inteligência (QI) já medido: 228 pontos. O segundo da lista é um homem e não passa nem perto dela, com 197 pontos.

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    Porque as mulheres, em geral,  não se interessam pela programação, pela escovação de bits, só mesmo as mulheres poderão nos dizer.

    1. Só de curiosidade curiosidade

      Só de curiosidade curiosidade mesmo (por favor, é outro assunto; é só um aspecto do que você mencionou): esses testes de QI ainda são levados a sério; mesmo nos EEUU? É que já ouvi eles serem tão criticados no passado….

      1. Os testes de Q.I. ainda são

        Os testes de Q.I. ainda são levados a sério. E eles são interessantes porque desmistificam alguns aspectos da percepção geral das pessoas.

        Tem-se a noção de que só os cientistas, matemáticos, físicos e afins tem Q.I. alto, mas quando se faz o teste os resultados são surpreendentes. Constata-se que as pessoas mais improváveis tem Q.I. altíssimo.

        Você pode tirar suas dúvidas entrando em contato com a MENSA, que é aplica esses testes.

        Mas creio também que os testes de Q.I. privilegiam lógica matemática. Existem outras habilidades extremamente importantes que os testes de Q.I. não contemplam. Acho que é um pequeno recorte das habilidades mentais humanas, mas é só isso, um recorte pequeno.

         

  5. Muito bom texto. Claro,

    Muito bom texto. Claro, correto e propositivo. O assunto é delicadíssimo e, realmente, tratado costumeiramente de forma muito e muito inadequada. É o que deduzo de hsistórias contadas por pessoas conhecidas somadas ao pouco de casos que presenciei pessoalmente.

    Sim, vejo por aí também: a empresa deve deixar claro publica, objetiva, anterior, externa e coercitivamente que não admite tais ou quais práticas. Não adianta deixar por conta da “sensibilidade” dos funcionários e executivos.

    O que eu pessoalmente sempre expús para todos que trabalhavam comigo era o óbvio que muitas vezes era esquecido: é que nós vamos para o local de trabalho para trabalhar, não para fazer amiguinhos. Se no dia a dia do trabalho onde passamos as maiores e melhores horas do dia construirmos uma amizade, maravilha, parabéns! Amizade é uma coisa bonita e importante para vida de qualquer um.

    Mas esse não é o propósito principal.

    Digo isso porque há pessoas – e processos sociais, porque não dizer – que para fazer amigos precisam ter inimigos comuns; para se amistarem com outrem precisam participar de uma campanha contra alguém.

    Sempre insisti: esse tipo de afetividade e cordialidade no local de trabalho – que sempre entendi como um local compartilhado, e, em certo sentido público – precisa ter como pressuposto a civilidade. Isso, sim, é profissionalismo, que é muito mais do que cumprir suas tarefas, metas, prazos, horários, etc.

    Tem sempre aquele ou aquela que gosta da chalaça, da gaiatice, etc. Mas ele sabe e todos podem lembrá-lo a qualquer tempo quando está correndo o risco de se exceder.

  6. E o equívoco continua…

    Caros senhores, com o devido e bom respeito, há inúmeros equívocos na “opinião”( no texto)  acima os quais  gostaria de “por na roda” num possível debate. Vejamos.

    O autor do texto “de cara”, já começa mal  com:  “As grandes corporações”… estratégia para atrair e reter profissionais talentosos em seus quadros.

    Ora, pergunta-se: O que é Grande corporação? Um prédio? Móveis? Dinheiro? Capital? Um estabelecimento? Ativo menos Passivo ou coisas parecidas? A grande corporação  pode “pegar fogo”, pode contratar, pode demitir? 

    Ela pode  chora e sorrir também?

    Grande Corporação é por um acaso um  ser humano, uma pessoa natural  que AGE ( só ela age) para atrair e reter alguma coisa? Sobretuto, um outro ser humano, isto é, outra pessoa natural que também age?

    Lastimável equívoco querer separar uma tal de “grande corporação” de seus “profissionais talentosos, ao dizer que aquela tenta atrair e reter estes.  Ora, ainda não chegamos na era de uma Grande Corporação feita de “máquinas” hominais em busca de pessoas naturais. Um   Data Warehouse da vida etc. ( ai teremos , a invasão das máquinas”) do espirro berg. 

    Portanto, que fique bem claro: Uma organização, como o próprio nome indica, parece mais a  uma organização de fatores, in casu, que visa precipuamente, o lucro liquido em forma de money, dinheiro livre,  no bolso de________( preencha a lacuna.) Em suma, dinheiro no bolso de seu principal stackholder.( o dono da grana) . Aquele que fica escondindo lá no conselho de administração e manda uma 51 ordinária goela abaixo! ( ops, refiro-me às ações). 

    E se realmente é grande e gosta de teoria administrativa então formula um belo plano estratégico, colocando tudo lá dentro, e na última linha já diz pro ( CEO) seu primeiro subalterno: minha TIRM é essa. Meu custo de oportunidade é esse. Meu pay back descontando é esse e , portanto,   vé se não me traga nada abaixo disso dai heim. Ouviu bem? Desdobre esse plano em quantos quiser e bota pra rodar, já! Eis um exemplo de liderança democrática aos moldes latino americanos.

    O resto pra mim, e com o devido respeito, é papo furado para enganar desavisados.

    Grande Corporação só existe porque alguém uniu  fatores de produção após a famigerada divisão do trabalho tão adorada pela galera do “picles”.

    Pra resumir muito, é preciso igualmente deixar claro que  nessa união nada amistosa( só olhar para a história) ao menos o CAPITAL e o TRABALHO( e de quebra uma pitada de  tecnologia  neste mega  sistema ABERTO , em busca de sinergia e entropria negativa etc) deve ocorrer para que exista um ente fictício apelidado de “grande corporação”. 

    Por razões que não cabe aqui aprofundar, essa mesma “grande corporação” , estatutária, poderosa, é CONSEQUÊNCIA, de um PODER escondido , como já dito, lá no conselhinho de administração. E nem tente saber de onde vem tanto poder.

    Provavelmente você vai se irritar para o resto de sua vida.

    Em seguinda, o autor também comete outro equívoco muito sério nessa passagem: “A criatividade das empresas”…

    Tudo bem, sabemos que o termo “empresa” é vocábulo com mais de um significa. Plurívoco né.

    Mas, por favor, sem essa de ” a criatividade das empresas”. Empresa NÃO cria NADA. Quem cria é o SER HUMANO, que lá se encontra, com o uso daqueles recursos reunidos intencionalmente para este fim. 

    E é o  ser humano, que cria, que  normalmente “vende” o trabalho para o capital. ( outrora, vendia a tal “força de trabalho”) E olha que depois  a propriedade intelectual vai para a “empreasa”. É mole!?

    Peguemos um livro qualquer de introdução à economia e verifiquemos o famoso fluxo econômico. De um lado estão  “as famílias” ( e que famílias!) , normalmente hereditárias, com propriedade do próprio corpo e dos bens( que vieram sei lá de onde) e de outro lado , as mesmas famílias, agora organizadas numa ATIVIDADE chamada de empresas, para comprar fatores ( que não têm) e vender o resultado( com ganhos de escala)  para as outras “famílias”. 

    Essas outras famílias de um lado têm propriedade( do próprio corpo) e muita boa vontade. Do outro lado tem também… ué…  a força do próprio corpo? Em troca de consumo? Estranho.

    Cuidado! Nem pensem em mexer nessa equação!  Isso daí é ATEMPORAL, natural, e nem Deus sabe nos explicar porque é assim, só os economistas.

    E a vida continua. 

    Reparem agora esta passagem:

    “essa gestão do ambiente de trabalho, do clima organizacional, existe um aspecto que as empresas não têm como controlar: a discriminação e o preconceito do próprio empregado e que estão entranhados na personalidade, na cultura e na criação de cada pessoa. “

     

    Tudo nos leva a crer que há ai uma mistura dos pensamentos de Taylor e Fayol, afora, os equívocos cometidos com o uso inadequado dos termos “empresas, clima organizacional, discriminação, preconceito, empregado, personalidade, pessoa”.

    Pensamentos que estão ai, bombando, mais de um século depois, mas que já sofreram algumas modificações( perfumaria) em função do pensamento de outros “gurus” da administração. ( cá pra nós, de guru da adminisração também já estamos fartos). Aliás, a moda agora é viver num mundo globalizado, cheio de incertezas, cujas mudanças são rápidas, velozes , razão pela qual, exige-se “flexibilidade” para se adequar a tudo isso,e o blá blá blá , continua. ( coisa de mercantilismo do século XXI)

    Mas o problema é que a flexibilização se direciona apenas para o lado do  TRABALHO. O capital fica lá – no picles. 

    Cuidado! Nem tentem, ao menos,  pensar em mudar isso! Trata-se de meritocracia acumulada, empreendedorismo de anos e anos, baseando-se no princípio da subsidiariedade etc.  Por isso, precisa de segurança jurídica e instituições “firmes”. Quiça, pena de morte.

    Para não me delongar, gostaria de dizer que jamais nos livraremos dos “pré conceitos”. Ora, só é possível escrever o próprio texto com base neles.

    Somos gregários, como outros animais, mas somos emotivos e racionais e geradores de conflitos. 

    Em qualquer organização de pessoas naturais contratadas para “movimentar” os bens alheios visando, precipuamente o lucro líquido no bolso “Daquele” teremos a presença de conflitos explicáveis e inexplicáveis. O melhor a fazer a aprender a viver com eles.

    É claro, aquela organização intencional de recursos que visa, precipuamente, o lucro líquido no bolso do “deus”,  distribui valores aos outros: Governo, empregados, outros capitalistas da vida( juros, isto, deuses dos deuses) etc 

    Tem aquele fajuto instrumento contábil que mostra ( ou esconde) tudo isso. O tal do DVA.

    É claro também que aquela organização …. proporciona ganhos de escala  possibilitando acessos a bens às famílias do consumo – pagadoras de tributos indiretos – provavelmente, não se conseguiria se isso.

    Nem vamos tratar de tributação aqui né, sob pena de cair em cólera  pelo resto da vida. 

    Mas, com o devido respeito caro autor do texto, sua análise foi superficial, bem na superfície mesmo. Nada que , de fato, agrega algum valor. Isso daí, a gente engole todos os dias ao ligar uma TV destas por ai ou ao ler um jornal daqueles por ai, onde o bando de marionetes tentam introjetar na cabecinha das desorientadas famílias cuja propriedade se limita ao próprio corpo, como diria um  adorável pensador ( do picles) do passado. 

     

    Saudações

     

    1. Rapaza, você falou de número,

      Rapaza, você falou de número, semântica etc, mas não tratou do cerne do texto: o preconceito. Estou  aqui a me peguntar  o porquê depois de um comnetário longo.

      1. Olá meu caro Francy tudo

        Olá meu caro Francy tudo bem?

        Ora, falei de “preconceito” o tempo todo. Afinal, no campo do pré conceito penso que não outra alternativa a não ser pré conceituar. 

        Por isso mesmo apontei outros significados de alguns vocábulos usados pelo autor deixando claro os equívocos cometido por ele,  isto é, o uso de um significado no lugar de outro. ( tudo isso com o “meu pré conceito”)

        Agora, suponho que o que você quis me  dizer  foi que eu não falei do “preconceito” no sentido vulgar. Aquele da boca do povo. Bom, realmente não falei dele de forma direta.  Eu disse de forma indireta, inclusive tentando demonstrar  algumas falácias do “ambiente organizacional”. Se quiser e tiver com “saco” para isso, leia o meu comentário novamente e tente , de alguma forma, perceber onde apontei, indiretamente, vários pré conceitos, suas causas e possíveis consequências, no  ambiente organizacional. Dica: comece com o “plano estratégico”.

        Mas, ressalta-se mais uma vez que ao falar de “preconceito” nós pré conceituamos.

        Discriminação já é um termo um pouco mais claro. Afinal, todos são iguais perante a lei…

        Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações…

        A prática de racismo é crime inafiançável…

         Essas “coisas” foram acordadas por “nós” num passado recente e devem ser aplicadas em todo o território nacional. Se uma “grande corporação”- aquela organização de insumos e fatores de produção –  está no território nacional então o ambiente propagado por esse “ente” fictício, essa pessoa jurídica,  deve seguir tais “normas de conduta”, frisa-se , humana.

        Poderíamos incluir nesse debate o tema, a definição de  “instituições” que “criam” e  ao mesmo tempo, absorvem “cultura”.  Todavia, cairíamos num longo debate muito além deste aqui proposto.

        Portanto, minha aparente digressão foi de propósito, indiretamente, digamos assim e cheia de pré conceito.

         

        Saudaçoes

         

         

         

         

  7. Com todo o respeito também

    Com todo o respeito também (não sou o autor do texto), mas eu entendi que era grande porque não era nem micro, nem pequena, nem média. Ou seja, pelo número maior de pessoas envolvidas… Dá mais confusão.

  8. Um crescente preconceito

    Um crescente preconceito existente no mundo corporativo: a recusa em contratar e/ou promover obesos.

    Algo que sempre observei: um sobrenome não tão comum abre muito mais portas profissionais do que Silvas, Oliveiras, Santos, Pereiras e etc.

  9. preconceito velado

    ENTENDI MUITO BEM O UE VC FALOU.PORUE EU SOFRO DESSE TIPO DE PRECONCEITO

     PRECONCEITO VELADO”, INDIFERENÇAS , PERSEGUIÇÕES, FALTA DE CONFIANÇA NO MEU TRABALHO, EU PRECISO TER MUITA PACIENCIA E AS VEZESUANDO ESTOU SATURADA E DOU UMA RESPOSTA DE ATRAVESSADO, PORUE JÁ NÃO ESTOU AGUENTNDO MAIS, AÍ ENTÃO VEM AS CRÍTICAS UE EU SOU ISSO, SOU AUILO, FORMAMA PANELINAS E FOFOCAS. mE SINTO MUITO SÓ E DESAMPARADA, E ISSO ME CAUSA UMA GRANDE AMARGURA E MÁGOA , É MUITO PESADO E TRISTE DE SER O ALVO DISSO.

    SERÁ UE TEM COMO MOVER UM PROCESSO PARA ESSE TIPO DE PRECONCEITO?

    OBRIGADA POR CLAREAR MINHAS IDÉAIS

    1. Entendo esse tipo de descriminação estou passando por isso!

      Oi bom dia,

       

      Eu entendir muito bem seu poste pois eu vivi isso em uma empresa, vc precisa ter muita paciência esse fato de perseguição sofrir em geral! desde dos funcionairos até o dono!

       

      essa foi minha historia!

       

      Olá boa tarde estou precisando de uma ajuda trabalhei em uma empresa de digitador de 01/02/2013 a 10/04/2015 lá eu fui descriminado ouvia piadas sempre me tratavam com indiferença isso aconteceu depois que fiz meus DREADLOCKS, isso depois de uma ano que eu estava na empresa eu fiz meus dreadlockseu vi que as pessoas lá tavam mudando o seu modo de agir estavam sendo indiferentes comigoeu sempre opitei em uma boa convivência na empresa sempre fazia deiversos favores e até mesmo trabalhos que não eram da minha area mas,isso não o suficiente para eles mudarem o modo de me tratar então chegou um certo dia que não aguentava mais eram funcionarios, supervisores, gerente e até mesmo o meu chefeno dia 10/04/2015 eu pedir pra sair escrevir a carta a mão e entrenguei pra minha gerente pois eu ja havia feito de tudo para melhorar as coisas na empresamas eu começei a entender que eles tavan querendo que eu pedise minhas contas assim fui na deles não aguentei meu psicologico tava frágil e acabei sedendo, com os passar dos dias eu vi que eu iria ficar sem nada depois de ter feito um tudo para aquela empressa e resolvir ir no advogado e entra com acusação que fui descriminado Queria saber se eu tenho chances de ganhar essa audiência, se eu fiz o certo?

  10. Preciso de ajuda!
    Olá boa tarde estou precisando de uma ajuda trabalhei em uma empresa de digitador de 01/02/2013 a 10/04/2015 lá eu fui descriminado ouvia piadas sempre me tratavam com indiferença isso aconteceu depois que fiz meus DREADLOCKS, isso depois de uma ano que eu estava na empresa eu fiz meus dreadlockseu vi que as pessoas lá tavam mudando o seu modo de agir estavam sendo indiferentes comigoeu sempre opitei em uma boa convivência na empresa sempre fazia deiversos favores e até mesmo trabalhos que não eram da minha area mas,isso não o suficiente para eles mudarem o modo de me tratar então chegou um certo dia que não aguentava mais eram funcionarios, supervisores, gerente e até mesmo o meu chefeno dia 10/04/2015 eu pedir pra sair escrevir a carta a mão e entrenguei pra minha gerente pois eu ja havia feito de tudo para melhorar as coisas na empresamas eu começei a entender que eles tavan querendo que eu pedise minhas contas assim fui na deles não aguentei meu psicologico tava frágil e acabei sedendo, com os passar dos dias eu vi que eu iria ficar sem nada depois de ter feito um tudo para aquela empressa e resolvir ir no advogado e entra com acusação que fui descriminado Queria saber se eu tenho chances de ganhar essa audiência, se eu fiz o certo?

    1. Entre em contato

      Tem chances sim! #racistasnãopassarão. Você não está sozinho, vá até a página Tira isso no Facebook e deixe seu relato. Nós podemos te orientar e dar apoio. #estamosjuntos

  11. Discriminação
    Boa noite!Trabalho em uma empresa ,que tem uma copa q fica em frente a minha sala por discriminação a porta fica fechada da hora q chego até a hora q vou embora, porém quando saiu as 13 horas eles abrem a porta.Gostaria de saber quais medidas devem ser tomadas .Obrigada

  12. tratamento diferenciado

    trabalho em uma empresa multinacional onde entrou um chefe que mandou a recepicionista marcar o meu horário de chegada e saida mas somos em dez funcionarios eu acho que isto é marcação pois os demais funcionários não é preciso marcar esta é a orden direta do diretor. e outra derão camisetas com logotipo da empresa para tirar fotos para a revista da empresa ´so não derão para e a faxineira gostaria de saber com devo agir perante este diretor incompetente.

     

  13. Discriminação
    Trabalho em uma empresa a 23 anos e me sinto discriminada, desemoenhei cargos e não podia ganhar promoção, quando ganhei foi porque a minha ex chefe me colocou frente a frente com a diretora após anos fazendo o trabalho o, sempre admitiam pessoas ganhando mais do que eu e eu que ensinava o serviço e quando essas pessoas saiam, alguns foram até dispensados pela própria empresa por não se adaptarem eu tinha que fazer o serviço sem poder ganhar promoção. Das duas últimas promoções tiveram que me dar sem mesmo desejarem dar pois eu tive que ameaçar não fazer o serviço e eles não conseguiam admitir alguém, pois eles admitem e eu tenho que ensinar, pois disse que não ensinaria. No meu dossiê não tem nem o documento de solicitação de pedido de promoção, eles trocaram a função e salário tipo assim temos que dar não tem feito. Sou muito deprimida por conta disso.Me faz muito mal. A um ano atrás rendi as férias de 20 dias do meu chefe e a diretora para me desestabilizar, demitiu quase 200 funcionários embora para me desiatabiluzar, tive que fazer varias atividades e ela fez isso de propósito. É o fato de eu ser reabilitada pelo INSS faz com que ela tente me desestabilizar para que eu não aguente a pressão e peça demissão. Como posso agir diante dessa situação?

  14. Não Sei Como Agir

    Trabalho como Recepcionista com mais duas moças, uma delas se intitula Sênior, tem a mesma escala de trabalho, mesmo salario, mesma carga horaria. Porem por tem mais tempo de casa, tem constantes mudanças de humor e não sei se pelo fato de eu ser a mais nova contratada ou coisa do genero, ela vem me tratando mal. É grosseira e sempre que pode tenta me humilhar de alguma forma, inclusive me chamando a atenção desnecessariamente na frente de outras pessoas. Isso me deixa muito triste e ja ate pensei em me demitir. Como devo agir? Que providencias devo Tomar?

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