Senado aprova aumento do tempo de internação do ECA

Por Juarez Tavares, via facebook

Lamentável a aprovação pelo Senado Federal do projeto de lei que aumenta o tempo de internação do ECA para até 12 anos para adolescentes de 12 a 18 anos anos. Assim, um adolescente de 12 anos, que, segundo o Código Penal, é vítima de estupro de vulnerável porque não se lhe reconhece capacidade de sexualmente consentir, pode ficar compulsoriamente internado até completar 24 anos de idade. E os senadores ainda têm coragem de dizer que, com isso, irão ministrar-lhe lições de convivência. Estamos regredindo assustadoramente a um estágio de barbárie penal, só imaginado pelo mais duro inquisidor, que acreditava poder, com a pena, salvar-lhe a alma.

 

Redação

5 Comentários

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  1. Olha, acho que ela fez
    Olha, acho que ela fez confusão. …

    Quer dizer que um menor estuprado será preso?
    Ficou revoltada por uma situação que só existe em sua cabeça.

    Se um menor de 12 assassinar alguém, agora pode ficar preso até os 24 anos.
    Acho que assim Ficou melhor explicado.

    Não há absurdo. É a palavra chave é PODE. Ou não. ..

  2. O problema não é a internação

    O problema não é a internação de menores em si, mas o abandono institucional, a “escola de bandidos” como se diz. A solução é  formar corpo de profissionais dedicados e muito, muito bem pagos,e com carreira estabelecida, dedicação exclusiva. Onde achá-los? Dou uma dica; se as escolas de medicina e direito no Brasil estão decaindo a olhos vistos nas formação dos profissionais, existe uma categoria que está tendo um ótima formação, sobretudo nas universidades públicas, e que ninguem vê e ninguem sabe. São os psicólogos. Os cursos de psicologia estão de alto nível téórico, humano, ético formando  jovens sensíveis aos problemas socias, com vontade de contribuir e capacidade para tal. A Psicologia no Brasil não é a de 30 anos atrás.  Suas diversas teorias e abordagens (na  psicologia social, psicanálise, comportamental, existencial-fenomenológica, etc) previlegiam a questão social e a formação de  pensamento crítico e tem como instrumento base de trabalho  a palavra, o dar a voz ao outro, fazê-lo sujeito de sua história  numa relação de respeito e sem rótulos. Mas, como as palavras estão em baixa no imperialismo das medicações e intervenções educativas selvagens, esses profissionais são considerados para-médicos, de terceira categoria, raramente tem carreira ou mesmo carteira assinada e o que ganham não dá para pagar um aluguel decente em uma cidade de  nível médio.

  3. O problema não é a internação

    O problema não é a internação de menores em si, mas o abandono institucional, a “escola de bandidos” como se diz. A solução é formar corpo de profissionais dedicados e muito, muito bem pagos e com carreira estabelecida, dedicação exclusiva. Onde achá-los? Dou uma dica; se as escolas de medicina e direito no Brasil estão decaindo a olhos vistos na formação dos profissionais, existe uma categoria que está tendo ótima formação, sobretudo nas universidades públicas, e que ninguém vê e ninguém sabe. São os psicólogos. Os cursos de psicologia estão de alto nível teórico, humano, ético formando  jovens sensíveis aos problemas sociais, com vontade de contribuir e capacidade ´para tal. A Psicologia no Brasil não é mais como 30 anos atrás.  Suas diversas teorias e abordagens (na psicologia social, psicanálise, comportamental, existencial-fenomenológica, etc) privilegiam a questão social e a formação de um pensamento crítico e tem como instrumento base de trabalho  a palavra, o dar a voz ao outro, fazê-lo sujeito de sua história  numa relação de respeito e sem rótulos . Mas, como as palavras estão em baixa no imperialismo das medicações e intervenções educativas selvagens, esses profissionais são considerados para-médicos, de terceira categoria, raramente tem carreira ou mesmo carteira assinada e o que ganham não dá para pagar um aluguel decente em uma cidade de  nível médio.

  4. O texto está confuso

    A questão da vítima de estupro ficar presa deixa o post totalmente sem sentido.

    Não seria o caso de corrigir o texto ou, se é isso mesmo que consta, removê-lo.

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