Somos o país que mais mata transexuais, por Gunter Zibell

Há caminhos para reduzir essa barbaridade de o brasil ser responsável por 40-50% dos assassinatos mundiais por transfobia.

Mesmo não sendo LGBT, qualquer pessoa tem a obrigação cidadã de estimular que candidatos a cargos executivos se declarem a favor de programas de combate à homo-transfobia em escolas e a favor de inclusão de orientação sexual e identidade de gênero na lei 7716/89 e onde for cabível no Código Penal.

Em cidades onde questões de gênero foram removidas dos Planos Municipais de Educação, observar quais foram os vereadores responsáveis e divulgá-los negativamente.

E atenção para os sofismas. Não existe corrupto sem corruptor. Se bancadas fundamentalistas são responsáveis por projetos ruins, elas não passam de 20% em quase nenhuma casa legislativa importante.

A responsabilidade real é dos 80% que se omitem e que fingem concordar. O poder de bancadas fundamentalistas apenas se materializa na presença de conivência e negociação.

Se LGBTs são entre 5 e 10% da população, todos nós temos pelo menos um amigo ou parente LGBT que pode, neste momento, estar enfrentando discriminação.

Se prestamos atenção ao meio-ambiente, à ética na política, aos direitos de Povos Indígenas, aos maus tratos a animais, até a questões internacionais envolvendo direitos e liberdade, devemos trabalhar por mais essa questão também, posto que envolve vida.

E o Brasil é suposto para ser campeão de futebol, não de assassinatos.

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da SuperInteressante

O recorde que não queremos ter: somos o país que mais mata transexuais

 

POR Priscila Bellini ATUALIZADO EM 25/06/2015

Seus pais não entendem o porquê de você querer ser chamada por um determinado nome. Digamos, Maria: o nome com o qual você mais se identifica e que mostra que você é, sim, uma mulher. Na escola, ninguém quer conversar com você, e acha estranho que você queira ser chamada de Maria, imagine só. Você recebe apelidos maldosos, o grandalhão da sala convoca os amigos para persegui-la e grita outro nome em alto e bom som, mesmo que esse não seja bem o seu nome. A família toda acha que você merece um castigo, e um dos membros chega a bater em você, com a aprovação de todo mundo. A vizinhança encara com um desprezo semelhante tudo o que você faz. Daí você é expulsa de casa e não tem nem coragem de voltar à escola, porque nem ali as pessoas têm algum respeito.   

Essa é a realidade enfrentada pela maioria esmagadora das pessoas transexuais e travestis, aquelas que não se identificam com o gênero que foi atribuído a elas quando nasceram. É assim: uma pessoa que nasceu com um pênis não necessariamente se identifica como homem (ou vice-versa, no caso dos homens trans), e por isso precisa ser reconhecida pelo que é, uma mulher. A Maria, nossa personagem fictícia, já disse que se identifica como mulher, já apontou como deve ser tratada e qual é sua identidade de gênero. E as discriminações enfrentadas pela Maria – em maior ou menor grau, em cada detalhezinho do dia a dia – são o que define a transfobia, um tipo de violência que atinge a letra “T” da sigla LGBT. Em seu aspecto mais extremo, ela culmina no assassinato. E o Brasil, em matéria de transfobia, tem muito a lamentar. Somos os líderes nesse ranking de assassinatos, segundo dados da organização Transgender Europe, e só neste ano foram 70 vítimas.

O último caso de destaque foi da travesti Laura Vermont, de 18 anos, que trabalhava como garota de programa. A jovem foi a uma festa, na Zona Leste da capital paulista, mas não voltou para casa. Ela foi espancada por um grupo de rapazes, esfaqueada e encontrada com a marca de um tiro em um dos braços. Ao pedir ajuda à polícia, em vez de ser socorrida, foi agredida novamente. A suspeita sobre a autoria do crime recai sobre dois policiais militares, que forjaram uma versão sobre o ocorrido ao relatarem tudo na delegacia. Ao que tudo indica, não só os PMs assassinaram a moça, como arrumaram um sujeito para se passar por testemunha e dizer que eles não tinham feito nada de errado. Por trás do caso, além da violência policial, está a transfobia. Se era uma travesti, precisava ser respeitada, enquanto caminhava por uma avenida à noite? Na última Parada do Orgulho LGBT, a atriz Viviany Beleboni desfilou “crucificada” e chamou atenção para o assunto: “a dor que a comunidade LGBT tem passado”.

 

Somos todos LaurReprodução/Facebook

 

Só que, no caso das pessoas trans, esse sofrimento tem traços particulares, e por isso merece um nome específico. Se você leu o enredo ali em cima, já entendeu que as pessoas trans são excluídas de tudo. Não sacou como isso acontece? “Você não vê uma travesti passeando no shopping, não vê uma travesti no cinema ou na praça de alimentação, você não tem uma professora travesti”, aponta a analista de sistemas e militante transfeminista Daniela Andrade. O problema começa desde muito cedo, com a exclusão das transexuais na família, o que faz com que a maioria seja expulsa de casa já na adolescência. Muitos parentes tentam a todo custo – todo mesmo, inclusive através de violência física, como espancamentos – fazer com que aquele membro da família se encaixe no padrão.

Então, o jeito é ir para a rua e arranjar um jeito de não passar fome. Nem a casa nem a escola, via de regra, apoiam pra valer esse alguém. Nem o psicólogo na escolinha entende o que está acontecendo, nunca ouviu falar de identidade de gênero. O ambiente não é seguro e nem oferece o cuidado necessário. Daí que, desamparadas, 90% dessas meninas são empurradas para a prostituição, de acordo com os dados da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil). “A mulher trans que se prostitui, além de ser vista como criminosa, é encarada como um ser inferior”, explica Daniela. E esse tratamento dá margem tanto para a violência por parte de policiais e clientes, como também reforça o preconceito contra as travestis e transexuais. Mesmo no caso de Laura, que contava com o apoio da família, essa imagem negativa motiva agressões.

Agora, e se você não quer se prostituir e vai procurar um emprego? Fique sabendo que a moça do RH vai pensar em todos os estereótipos antes de contratar. Juntando todas essas peças, dá para entender a que tipo de jogo essas pessoas ficam submetidas. Na verdade, nem a lei brasileira contempla essa população. Modificar o nome nos registros (certidão de nascimento, RG…), por exemplo, demanda um trabalho danado. São precisos laudos e mais laudos para comprovar para o Estado qual é o seu gênero, e muito esforço para obter gratuitamente os hormônios para conseguir adequar seu corpo, que são oferecidos pelo SUS, assim como a cirurgia de transgenitalização. “As pessoas trans não são só expulsas de casa e da escola, elas são expulsas da sociedade toda”, resume Daniela. As muitas Lauras, Biancas, Natálias e Izabellys são a prova disso. 

 

(No próximo dia 27, sábado, ocorre em São Paulo a Caminhada em Memória a Laura Vermont e todas as vítimas de transfobia)

 

 

 

Redação

14 Comentários

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  1. Se pensarmos friamente, o

    Se pensarmos friamente, o Brasil tem apenas dois profissionais altamente qualificados que são reconhecidos internacionalmente: o jogador de futebol e o travesti, sendo este último praticamente desprovido de qualquer direito ou condição adequada de trabalho. 

  2. Muitos transexuais enlouquecem, por tudo e por todos.

    Não suportam, não entendem o que lhes acontece, não sabem como lidar com isso e a saída, o bálsamo, o alívio é a doença mental, não raro a esquizofrenia.

  3. Meio que óbvio

    O Brasil é o país onde mais se mata, por qualquer motivo ou mesmo sem motivo.

    Não vou aqui negar a transfobia nem a homofobia, mas os números são interessantes.

    Mata-se no Brasil ( por baixa ) 50000 pessoas por ano.

    O Zibell diz que os LGBT são entre 5 e 10% da população.

    Numa conta bruta, esperaria-se que matassem entre 2500 e 5000 LGBT por ano.

    O Grupo Gay da Bahia diz que foram trezentos e poucos no ano passado, incluindo os suicídios. 

    1. Já discutimos isso antes, Brandes

      Esse sofisma é velho. o Calvin é fã do mesmo.

      Ocorre que por violência comum (assaltos, crimes passionais, participação em tráfico, etc) já morrem os mesmos 5-10%.

      A tipificação de crimes de ódio ocorre quando a motivação de crime é essa e se adiciona às estatísticas.

      Então, se já temos 2500 e 5000 LGBTs assassinados “normalmente”, ao somarmos 300 ano veremos algo como 2800 e 5300.

      E não existe o crime de ódio por alguém ser heteronormativo, não se preocupe que você está seguro.

      Quanto a transexuais a realidade é muito, mas muito pior. Há estimativas de que transsexuais são apenas 1 em cada 20000 pessoas. E que são mortos por simplesmente exisitirem 150/ano no Brasil.

      Como você é bom em contas, veja a taxa de mortalidade.

      1. Não, querido

        Não é isso que diz o relatório do GGB.  Lá está claro que trata-se do número total de LGBT assassinados.

        Inclusive, em certa parte é feita a seguinte indagação : Seriam todos esses 338 assassinatos crimes homofóbicos?

        Onde um “especialista”  responde que sim,que todo assassinato de homossexuais tem um agravante homofóbico. Até mesmo o atropelamentos dolosos listados no relatório.

        Veja bem, se numa briga de trânsito, um machão sair berrando e levar tres tiros do outro condutor, é apenas uma morte violente. Se em lugar disso sair um sujeito com trejeitos gay e começar a gritar e xingar o outro e por isso levar tres tiros, trata-se de homofobia.

        Se uma garota mata o seu cliente hetero para roubar seu apartamento, é apenas um latrocínio. Se um garoto de programa mata seu cliente gay para roubar seu apartamento, trata-se como crime homofóbico.

        A verdade é que ser pobre e negro no Brasil, é muito mais perigoso do que ser LGBT.

        1. Não.

          Os crimes de ódio transfóbico são de 40 a 50% dos números apurados pelo GGB. Esse dado é consolidado pela ong europeia que acompanha o problema no Mundo, e aí resulta, por coincidência, de o Brasil ser responsável por 40-50% dos crimes de transfobia em nível mundial.

          E não vou perder tempo debatendo falácias e sofismas do conservadorismo moral que você acredita. Lembro que você até recentemente ainda acreditava naquilo de pink money. Aposto que deve acreditar em pink washing também.

          A maior parte da Opinião Pública já não acredita mesmo nos variados sofismas usados por conservadores, percebo isso claramente pelos comentários nas redes sociais.

          Seria perda de tempo agora. Com o tempo você se conscientizará.

          1. Me conscientizar do que ?

            Que todo assassinato LGBT temum fundo homofóbico como afirma textualmente o relatório do GGB ?  Esquece.

            E contra números não há argumentos, se mata-se trezentos e tantos LGBT por ano por ano, bem abaixo da média nacional nacional, éóbvio que estão no lucro.

            Até acho que isso sedeva ao fato dos LGBT serem em sua imensa maioria pessoas “do bem”, muito pacíficos, que procuram não se envolver em confusão, e abominam a violência. Bem diferente da juventude hetero, cheia de valentões e “muito machos”.

            A maioria que são  assassinados, o são pelos mesmos motivos que são os héteros. Se envolvem com pessoas perigosas, criminalidade, tráfico, prostituição ou são vítimas de crimes passionais.

            Mas o resto é marketing.

  4. Não acho intelectualmente

    Não acho intelectualmente honesto os “argumentos” dos conservadores e reacionários na base da confrontação entre assassinatos em geral e os que tem por ânimo única e exclusivamente o preconceito, as fobias. 

    Tão logo acuados por esses números assustadores, “sacam” do coldre a falácia de sempre: são insignificantes frente ao “Vietnam” que temos no país com relação a homicídios, numa demonstração clara de insensibilidade e alienação que indiretamente chancela o morticínio.

    Vou além sem mais delongas: a vida desses seres humanos, no caso os transexuais, para eles não vale nada. No íntimo talvez até as considerem aceitáveis. 

    Acredito também que a partidarização desse tema é de todo inconveniente. Trata-se de um problema gravíssimo que prescinde de uma abordagem “neutra”. Nesse sentido, ouso sugerir ao Gunter Zibell que no trato dessa questão evite qualquer viés político-partidário nos seus alertas, no seu exemplar denodo em esclarecer e arregimentar apoios para combater essa praga das fobias. Para tipicar, cito aquele post de ontem que em NADA contribui, dado que pelo menos na forma está eivado de partidarismo, para o debate. 

    1. Nossa !

      Não acho intelectualmente honesto os “argumentos” dos conservadores e reacionários na base da confrontação entre assassinatos em geral e os que tem por ânimo única e exclusivamente o preconceito, as fobias. 

      Quem foi o idiota que fez essa comparação esdrúxula ?

    2. Caro JB Costa.

      ocorre o seguinte…

      Eu real e sinceramente atribuo boa parte dos retrocessos no Brasil dos últimos anos à condução do Ministério e das bancacadas governistas na Câmara e Senado. O governo federal, desde final de 2009, tem tido uma atuação péssima no trato de questões LGBT. 

      Trata-se de mostrar que há um comportamento contraditório no governismo, pois os mesmos que clamam contra a suposta onda conservadora são os que aclamaram como vitórias todos os acordos e concessões ao fundamentalismo no passado. A mais recente foi celebrar o recuo no Aborto legal no SUS para obter elogios de Cunha antes das eleições.

      É evidente que agora os que “alertam” contra o fundamentalismo estão usando a estratégia de construção de espantalho. É uma manipulação de medo para fins políticos e quem usa essa estratégia é um partido. Devemos fingir que não?

      Ponha a mão no coração e na consciência. Você realmente acha que nos devemos omitir em relação às seguintes medidas do governo federal? Você realmente acha que serviu de algo para o bem do país? De algum modo foram úteis para o avanço civilizatório ou para a popularidade do governo? 

      – nov./2009 > primeiro engavetamento pelo Senado do PLC 122/06, para obter o apoio de PR/PRB em 2010

      – mai/2011 > suspensão, por negociação para não abertura de CPI, do programa Escola Sem Homofobia

      – mar/2013 > PT abre mão da CDHM-Câmara para facilitar ao então aliado Feliciano-PSC assumir a comissão.

      – mai/2013 > Governador do DF revoga Lei Antihomofobia

      – dez./2013 > Ministra Ideli orienta o Senado a engavetar pela segunda vez o PLC 122/06.

      – mai/2014 > Suspensão do aborto legal no SUS

      – jun/2015 > Omissão do MEC em relação aos Planos Municipais de Educação.

      Apenas recuos, recuos e nenhum avanço. E nem vou falar de políticas para Direitos Reprodutivos, Povos Indígenas, Adictos, Meio-ambiente, etc, que cada área é um desastre à parte. 

      Tem certeza que não é bom partidarizar? Quem recebe bônus por sucessos recebe também os ônus. É curiosíssima essa postura do governismo (e do petismo) de querer apenas capitalizar algumas coisas, mas sempre que algo é ruim se diz: “É culpa do Congresso, não minha” Como assim? Quem montou uma coligação para se eleger, obtendo-se os tempos de TV sabe-se lá com que promessas?

      É, sim, importante partidarizar. É necessário que a população brasileira se conscientize de todos esses equívocos.

      Exatamente porque a Homofobia (entre muitos outros) É SIM UM PROBLEMA GRAVÍSSIMO. Embora, por mero oportunismo político, o governismo fuja de tratar dele.

      Não partidarizar seria dizer que “todos fazem igual”. Mas fazem? Por favor, já que sabe que meus partidos de preferência são Rede/PSB/PPS/PV/PSDB, diga em que lugar onde os mesmos governem ocorreu algum recuo em direitos LGBT ou mesmo em relação ao Estado Laico. Há conduções políticas diferentes no país, porque tentar esconder que são? O PT pratica o que se chama internacionalmente de “esquerda beata”, por sua dependência do voto fundamentalista.

      É sempre engraçado como praticamente apenas héteros e pessoas de esquerda não se apercebam disso… 

      Se ao menos reconhecessem que o governo Dilma errou no trato da questão, aí sim poderíamos avançar. Mas, não, NUNCA se vê um militante governista reconhecer: “erramos, e feio!”

      Como assim você diz que em nada contribui o post? Se servir para abrir os olhos de pelo menos um governista fanático já será um avanço! O autoengano é enorme, até hoje vejo militantes governistas se gabando que o governo seria progressista e coisa tal. Uma ilusão não se transforma em realidade por mais que se queira acreditar nela.

      Foi de autoengano em autoengano, aliás, no caso acreditar na própria propaganda sobre economia, que se chegou à situação atual de baixíssima popularidade do governo.

      Muitos falam em ódio, blá-blá. Isso é comportar-se como avestruz. Na realidade, o que vemos hoje, é uma franca rejeição crítica da parte dos brasileiros a uma condução ineficiente do Brasil em muitos aspectos. Foi apenas detalhe que a classe média, por acompanhar mais, percebeu antes.

      Em sendo assim, lamento que pegue mal para o governo, mas não nos devemos calar sobre o destrato do Governo na questão da Homofobia. Nem devemos tentar calar colegas (como vi “a Polícia do Pensamento” atuando ontem.)

      Até que líderes influentes do PT façam declarações decentes a respeito do assunto, e comprovem através de medidas por Ministérios ou orientações a bancadas que reconhecem que sua atuação dos últimos anos FOI PAVOROSA, é dever de qualquer cidadão preocupado com Direitos Humanos partidarizar sim isso.

      Pois, até o momento, se alguma esperança há, virá da oposição. E eu acho o governo atual um horror. A parte menos pior é a condução do ajuste fiscal, pra dar uma ideia…

      Eu lamento muito e sinceramente que o PT tenha escolhido esse caminho e ainda não tenha retornado dele.

      Mas esperança é a última que morre. Quem sabe um dia mais pessoas se apercebam de como caem em propaganda messiânica.

      Um abraço. Este sim apartidário, pois sem que você compartilha do mesmo interesse pelo bem comum.

  5. A coisa tá andando

    surpreendentemente, em apresentação na tv câmara, foi debatido o estatuto da família.

    protagonistas: Marco Feliciano, Malafaia, O representante do LGBT Toni alguma coisa, bolsonaro no plenário e Erika Kokai, deputada por brasília, acho. Não estou familiarizado a obter informações na tv câmara, mas ontem me chamou a atenção, pelos pactos que foram feitos entre as partes. A Paz. Foi interessante ver a bancada evangêlica admitir que o pastor malafaia errou terrivelmente ao incitar a violência contra os gays, quando mandou meter o sarrafo nos gays que por ter caçoada de imagens católicas.  Houve um processo por parte do LGBT, mas malafaia ganhou. segundo o veredicto, a tal liberdade de expressão. Ao levantar essa bola, em estilo sermão, ou seja, na teatrilização, repetiu e parece que ouviu o próprio absurdo que falou e fez 2 vítimas de agressão homofóbica no dia seguinte à sua declaração. ” Disse ele à epoca do ocorrido: ” – Tem que meter o sarrafo! Tem que descer o cacete!” Ele repetiu no debate de ontem e pegou mals. Ele se gabava ter sido absolvido pela justiça pela tal liberdade de expressão… ficou pior.

    Noves fora, depois da deputada do PT discursar sobre a falta de humanidade dos religiosos em aceitar o direito de ser quem quiser, o debate virou um grande paCTO PELA PAZ E ENTENDIMENTO. O líder do LGBT pedindo para os gays não enfiarem santos no ânus, e os pastores pedindo para os evangélicos mandar prender quem agredir gays.

    pode ter sido uma fração, mas foi um passo a frente.

     

     

  6. Gunter,leia este artigo e

    Gunter,leia este artigo e grave o último parágrafo.

    HÉLIO SCHWARTSMAN

    Ideologia de gênero

    SÃO PAULO – Ao contrário de alguns padres e pastores, não vejo mal nenhum no fato de escolas públicas tentarem ensinar à criançada que é moralmente errado discriminar gays, lésbicas, travestis etc. Não estou tão certo quanto à eficácia dessa empreitada, mas me parece melhor tentar do que não tentar.

    Os que se opõem à proposta costumam afirmar que ela tira a autonomia dos pais para educar seus filhos da forma que preferirem e falam numa ideologia de gênero que destruiria a identidade sexual das crianças e, de quebra, arruinaria a família. A primeira acusação me parece infundada, e a segunda, inócua.

    Obviamente, os pais têm o direito de ensinar o que quiserem a seus filhos. O que eles não podem é privar os rebentos de entrar em contato com ideias diferentes das suas. Se forem convincentes na defesa de seus princípios, triunfarão. Caso contrário, sempre poderão dizer que Deus tinha outros planos para a criança.

    Quanto à ideologia de gênero, não nego que ela exista. Certas alas do movimentos feminista e gay sustentam que as diferenças comportamentais entre meninos e meninas não passam de construções culturais que a sociedade machista lhes impõe. Não sei se é esse o espírito que anima os vários planos de educação, mas a ideia é tão despropositada que não tem muita chance de funcionar.

    Há hoje um oceano de evidências científicas a sugerir que as diferenças comportamentais entre os sexos não são artificiais. Das preferências de meninos e meninas por certos brinquedos e até por cores, tudo parece ter um dedo da biologia, mais especificamente de uma combinação dos genes com a exposição a hormônios durante a gravidez. Não é que não haja espaço para a cultura operar, mas ela não consegue transpor alguns dos limites que a biologia coloca.

    A maioria da humanidade está fadada a ser predominantemente heterossexual. Os defensores da família podem, portanto, ficar sossegados

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