Jornal GGN – Manifestações acontecem este fim de semana em várias cidades do país a favor da humanização do parto, incluindo propostas de uma nova relação da mulher com o seu corpo, com as instituições de saúde, o tratamento recebido durante o acompanhamento da gravidez e a maior liberdade de escolher como será o parto.
Segundo os organizadores, um dos principais motes dos atos deste ano é chamar a atenção para represálias sofridas por profissionais que priorizam o parto normal e humanizado dentro de hospitais. Uma obstetra de São Paulo e uma enfermeira de Curitiba teriam sido afastadas do trabalho por utilizar técnicas “alternativas”.
Além disso, “querem a liberdade de escolha, humanização do parto e nascimento, melhoria da assistência obstétrica e neonatal no país e denunciar as altas taxas de cesarianas do país, que vão na contramão das recomendações da OMS”.
A taxa de cesáreas no país chega a 90% no setor privado e quase 50% no setor público. A recomendação da OMS é que seja de até 15%.
Especialistas avaliam que a cesárea deveria ser reservada somente aos casos em que parto normal seja inviável, por ser uma cirurgia de alto porte e que pode acarretar mais complicações, como sangramentos e infecções, do que método natural.
Em São Paulo, os manifestantes se concentrarão na frente do prédio da TV Gazeta, na avenida Paulista (região central), às 10h.
História
O coletivo Marcha pela Humanização do Parto teve início em 2012, quando mulheres comuns se uniram em todo o Brasil para protestar contra as Resoluções 265 e 266/12 do CREMERJ (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro) que tentaram vetar a participação de doulas, parteiras e obstetrizes em partos hospitalares e a participação de médicos em equipes de parto domiciliar planejado.
Agora, em 2013, novamente o coletivo se ergue em um novo Ato – diante das represálias cada vez mais frequentes a profissionais e instituições alinhadas com evidências científicas e recomendações do Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde – contra o capitalismo e cultura cesarista instaurada no país.
As principais reivindicações são levar informações de qualidade às mulheres; criar demanda por uma assistência ao nascimento digna e baseada em evidências científicas; pressionar autoridades a tomarem medidas para cumprir leis que só estão no papel e criar outras diretrizes que favoreçam mulheres e profissionais que acreditam na humanização do cuidado a gestantes e recém-nascidos.
Com informações do portal Marcha pela Humanização do Parto
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Cada um tem o direito te ter
Cada um tem o direito te ter seu filho onde quiser, mas tambem o operario tem o direito de trabalhar onde bem entende. No caso o operario é o medico
Quer ter em casa, contrate um medico ou parteira que queira lá atuar. Em hospitais só medicos ou medicos com participação de obstetriz
Por falar em marcha, vivemos num pais militarizado, como este povo gosta de Marcha
Parteiras tradicionais
Juliana, há uns dois anos entrevistei – para um projeto pessoal – uma parteira tradicional de Goiás e uma enfermeira-obstetra e professora na UnB sobre a profissão de parteira e todo o contexto sócio-cultural. Segue abaixo. Abraços,
http://dicionariodeoficios.blogspot.com.br/2011/11/p-parteira.html
esteria
Nao entendi o que a cezariana tem a ver com o capitalismo.
Quanta paranóia.