Jornal GGN – Um mês após receberem ameaças de morte de um desconhecido, os integrantes da Ocupação Esperança, em Osasco, que foi iniciada em 23 de agosto, resolveram se dividir para garantir a segurança do local. Para assegurar a integridade física das 1.200 pessoas que moram no assentamento, os coordenadores de área se dividiram para fazer a ronda no terreno, que possui mais de 48 mil metros quadrados.
De acordo com Helena Silvestre, moradora da ocupação e integrante do Luta Popular, os moradores se revezam para supervisionar o terreno e os barracos, que foram numerados para facilitar a identificação dos habitantes. Além disso, os sem-teto tiveram de montar uma rede de energia elétrica improvisada para iluminar o terreno e, desta forma, facilitar a visualização de invasores. “Nós decidimos permanecer, e não há ameaça que faça que a gente retroceda, porque o que estamos lutando aqui é um direito que já foi conquistado às custas de muitas vidas”, enfatiza.
Outro ameaça sofrida foi um incêndio no topo do terreno, que não é ocupado pelos sem-teto por ser considerado área ambiental. De acordo com uma das coordenadoras da comunidade, Gláucia Araújo Neves, o ato criminoso ocorreu durante uma assembleia dos moradores feita na entrada da ocupação. Para impedir que as chamas se espalhassem por todo o terreno, os próprios moradores tiveram de apagar as chamas.
Veja a videorreportagem:
http://youtu.be/cX4aGKcDAso width:700 height:394
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Em minha cidade Canoas, ouve
Em minha cidade Canoas, ouve diversas ocupações de terrenos na década de 1980 e 1990,hoje menos de 10% dos invasores originais ocupam os terrenos.
Ficam os que realmente necessitavam, o resto é feito de oportunistas.
Talvez lutar por estes 10% já seja o bastante para justificar a relativisação da propriedade.