Saiba usar a internet para compras online

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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O comércio eletrônico, a cada dia, vai superando marcas em milhões de usuários. É um volume considerável de pessoas e, a cada festa onde as compras são a tônica, e o Dia das Mães se aproxima, as vendas batem recordes em cima de recordes. Que a facilidade existe, ninguém duvida, mas os problemas também, principalmente para os consumidores que ficam afoitos na hora de comprar.

Na mesma medida em que crescem as compras via comércio eletrônico, as reclamações também têm um salto expressivo nessas épocas. Como cuidados e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém, observe algumas medidas necessárias para não passar o Dia das Mães em branco (de presentes) e vermelho (de raiva).

As reclamações mais expressivas referem-se à demora da entrega, ou não-entrega, do produto. O Procon, a cada duas reclamações de compradores online, uma tem ligação direta com a não observância de prazos ou a não-entrega de produtos apesar de pagos. Como o problema está relacionado com logística, o ideal é que se tenha um prazo mais confortável até o  Dia das Mães, por exemplo, para que não se veja sem o produto. Tenha em mente que nestas datas o acúmulo de pedidos é muito grande.

Ao escolher seu produto e finalizar a compra, verifique se o site de compras é seguro. Quando vai para a tela de pagamento, o “http” deve se tornar “htpps”, que significa que os dados serão criptografados e você estará seguro. Além disso, o desenho de um pequeno cadeado é o outro indicativo de segurança na transmissão de dados.

Entrega de produto em desacordo com a oferta é problema recorrente. Diante disso, o ideal é que se imprima a tela com a promessa, para que tenha elementos em caso de descumprimento de qualquer detalhe. Bom ter em mente que, em caso de defeito ou avaria do produto a troca é direito seu, e o custo do frete fica a cargo da empresa.

Outro detalhe importante, em caso de compras online, é a questão do “direito de arrependimento”, que permite ao consumidor a devolução do produto à loja em até sete dias após o recebimento sem necessidade de justificativa. Sites internacionais são um problema diferente. Como o direito do consumidor não é um tópico comum a tantos países, as reclamações podem ser problemáticas e não será possível aplicar as leis brasileiras.

 

Pendências

Compras coletivas na mira dos órgãos de defesa do consumidor

Já há algum tempo, os representantes dos maiores sites de compras coletivas, Peixe Urbano, ClickOn, Groupon e Clube do Desconto, se reuniram com o Procon-SP e com a Câmara Brasileira do Comércio Eletrônico, buscando soluções para reduzir o índice de reclamações sobre as intermediações realizadas com descontos. As empresas se comprometeram a firmar parceria com a fundação, bem como abrir canais de atendimento como forma de diminuir os problemas nesses períodos de compras mais pesadas. Além disso, os participantes se dispuseram a solucionar os problemas que apareçam mais rapidamente.

Os sites apontam o crescimento rápido do setor e a adequação das empresas como um dos pontos fracos, que será trabalhado com empenho. Um detalhe importante, neste acerto coletivo, além do SAC, será a confecção, junto com a entidade de defesa, de uma cartilha de orientação ao consumidor sobre as compras coletivas.

 

Serviço

Acerte os pontos, para prevenir problemas

– Em caso de compras em comércio online, imprima tudo: do descritivo do produto ao pagamento. Lembre-se de anotar o número do pedido.

– Antes de fechar o negócio leia as condições para entrega do produto, desde disponibilidade até entrega rápida.

– Em sua análise de custo deve constar os valores cobrados pela entrega.

– Compare os preços e condições de vários sites de comércio online, bem como marcas diferentes para um mesmo tipo de produto. Leia o descritivo do produto e procure mais dados no site do fabricante, para saber se é exatamente o que quer.

– Saiba qual é a política de privacidade do site antes de preencher seus dados, principalmente no quesito armazenamento e manipulação de informações.

– Preços muito baixos precisam ser acompanhados de uma análise do site que os oferece. Se não tiver certeza de que é um site sério, não faça a compra, pois pode ser um site falso e você vai oferecer todos os seus dados para um golpista.

– Se não houver um canal de comunicação viável para utilizar em caso de necessidade, não faça a compra. Se o site de compras não tem SAC ativo a via-crucis para conseguir solucionar o problema vai ser muito mais árdua, e provavelmente vai necessitar de uma ajuda de órgão de defesa do consumidor.

– Computadores públicos ou de desconhecidos não são recomendados para realização de compras de qualquer espécie.

– Site seguro é fundamental na hora de fechar o negócio. Observe se a página muda de “http” para “https” e se um pequeno cadeado aparece no link ou na barra inferior. Esses elementos indicam site seguro, ou seja, você não corre risco de ver seus dados em mãos indevidas.

– E, muito importante, informe-se se o site recebe muitas reclamações e se, após reclamado, resolve os problemas rapidamente. Lojas virtuais são, as vezes, ótimos vendedores, mas são péssimos no relacionamento com o consumidor reclamante. Olho vivo nesses itens.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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