Jornalista ainda é ameaçado sobre caso Riocentro, 26 anos depois

Por Luciana Pombo, em seu blog

Ditadura em tempos de democracia?
 
Na semana passada, o jornalista José Carlos Sucupira esteve em Brasília para depor no Ministério Público (MP) federal sobre o Caso Riocentro, afinal ele ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo em 1988 quando fez uma matéria para o JB.
 
Sucupira ajudou com muitos documentos a elucidar ainda mais o caso. No entanto, a grande preocupação é com a segurança dele no Paraná. Exatamente por isto, uma comissão de 12 deputados federais e dois Senadores foram até a Polícia Federal (PF) para pedir proteção ao companheiro. As notícias são de que até hoje, ele ainda é ameaçado por fazer o que fazemos todos os dias – mexer com os poderosos, falar a verdade.
 
Em pleno ano de 2014, a Direita reacionária sabe que por trás do Riocentro existem coisas ainda mais perturbadoras e que ainda estão sendo mantidas em sigilo.
 
A PF não garantiu nenhum tipo de proteção, a não ser que haja mais algum tipo de ameaça ou perigo. Mas não é tom de perigo as ameaças anteriormente feitas?

 
Conheça algumas informações sobre o caso:
 
O MP no Rio de Janeiro denunciou seis pessoas por crimes de homicídio doloso, associação criminosa armada e transporte de explosivo no atentado a bomba no Riocentro, em 1981, durante a realização de um show para comemorar o Dia do Trabalho. Outros nove suspeitos de envolvimento foram identificados, porém não foram indiciados por já terem morrido. “Se fosse uma tentativa de homicídio comum, por exemplo, já teria prescrito. Mas nesse caso, não há prescrição por se tratar de um ataque sistemático do Estado contra a população. É imprescritível”, explicou o procurador Antônio Cabral.
 
O órgão federal requereu à Justiça pena de 36 anos e seis meses de prisão para o general reformado Newton Araújo de Oliveira e Cruz, que confessou, em depoimento ao MP, que teve conhecimento do atentado antes da execução, e 36 anos de prisão para o também general reformado Nilton Cerqueira. A mesma punição foi solicitada em relação ao ex-delegado Cláudio Antônio Guerra e ao coronel reformado Wilson Luiz Chaves Machado. Para o major Divany Carvalho Ramos e o general Edson Sá Rocha, foram pedidas penas de um ano de prisão e dois anos e seis meses de prisão, respectivamente.
Redação

3 Comentários

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  1. Tortura, a mancha que não se lava mas se leva.

    Nenhum peixe graúdo das torturas foi sequer julgado. O STF considerou legal a Anistia, embora ela tenha sido votada até por senadores biônicos da Ditadura. Mais ilegal do que isso, só as penas de formação de quadrilha do Joaquim. Consertando, não conheço e nunca ouvi falar que sequer um peixe miúdo tenhado sido indiciado por tortura no Brasil. Notórios torturadores como Brilhante Ustra continuam soltos. No mínimo, como comandante suprema das Forças Armadas, Dilma Roussef deveria tê-lo expulso com desonra do Exército e cancelado sua pensão alimentícia. Se Hitler estivesse vivo, não porque seria velhinho que deveria ficar em liberdade. Se encontrado vivo, deveria ser enforcado, após um justo julgamento onde os jurados fossem parentes dos seis milhões de judeus exterminados pelo III Reich.

  2. Prêmio Esso de Jornalismo

    Na verdade quem ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo no caso Rio Centro foi, Antero Luiz Martins Cunha.

    Copiado é colado: –

    Antero Luiz Martins Cunha é jornalista carioca ganhador de dois prêmios. Um de seus prêmios de jornalismo é por sua mais famosa matéria que é a do atentado do Riocentro, que está na íntegra reproduzida no livro Dez Reportagens que Abalaram a Ditadura, organizado por Fernando Molica.

    Hoje, Antero Luiz segue como advogado, no Rio de Janeiro.

     

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