Bastidores da Comissão Nacional da Verdade serão publicados online

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Documentos, áudios, entrevistas, vídeos e arquivos que embasaram a pesquisa da CNV serão digitalizados em agosto
 
 
Jornal GGN – A Comissão Nacional da Verdade vai disponibilizar todos os documentos que originaram o relatório final de investigação dos crimes cometidos pelo Estado durante a ditadura do regime militar brasileiro, de 1964 a 1985. Presencialmente estarão no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro. Mas também serão digitalizados para a internet, a partir de agosto deste ano.
 
O relatório final já encontra-se disponível online, com 1100 documentos anexados. O arquivo concluiu que 377 agentes do Estado, muitos já mortos, atentaram contra direitos humanos, pela tortura, desaparecimento forçado e terrorismo. Apenas registrados nos livros pela Comissão, foram identificados 434 cidadãos mortos ou desaparecidos pelos regimes no período.
 
Agora, não só a conclusão, mas todo o processo de pesquisa estará disponível para a população. São documentos que embasaram as investigações e as decorrências (descrições, áudios, relatórios) das entrevistas e diligências realizadas pela CNV, incluindo comissões estaduais da verdade instaladas por todo o país. 
 
O acervo inclui testemunhos de vítimas e familiares, depoimentos de agentes do Estado, fotografias, vídeos de audiências públicas, registros de diligências, laudos periciais, plantas, estruturas militares usadas na repressão e livros sobre o tema, além de documetnos da cooperação com governos da Argentina, Alemanha, Chile, Estados Unidos e Uruguai. 
 
A expectativa é que o primeiro lote com 6 mil arquivos esteja digitalizado a partir do dia 15 de agosto, no site do banco de dados do Sistema de Informações do Arquivo Nacional (http://www.an.gov.br/sian). O segundo lote, com mais materiais, sobretudo os vídeos e áudios, será disponibilizado a partir do dia 27 de agosto.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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