Ditadura argentina vigiava Jango e brasileiros “subversivos”, diz documento apresentado à CNV

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – Parentes do ex-presidente João Goulart entregaram à Comissão Nacional da Verdade (CVV) um documento que, segundo eles, comprova que Jango era vigiado pela Operação Condor, da ditadura argentina.

O documento traz que o 3º Exército solicitou ao governo fronteiriço que monitorasse as atividades do ex-presidente e de outros “subversivos brasileiros na República Argentina”, reforçando, assim, a suspeita de que João Goulart morreu assassinado pela ditadura. A carta data de 24 de março de 1976.

De acordo com o filho de Jango, João Vicente Goulart, o documento é importante para tirar outras dúvidas sobre o que diz a nossa história. “Este documento nos ajuda a rever a história do Brasil. Vemos muitas informações distorcidas que dizem que a operação não existiu. Para nós, o documento caracteriza que o ex-presidente era, sim, vigiado pela Operação Condor”, disse.

Oficialmente, João Goulart teve sua morte registrada por ataque cardíaco. “Há uma parte da sociedade brasileira que não conhece esta história. E o documento mostra, para que não haja dúvidas de que estes fatos aconteceram, é que houve uma conexão repressiva coma Argentina, mesmo antes do golpe militar naquele país”, afirmou a integrante da CNV, Rosa Cardoso.

João Goulart governou o Brasil de 1961 até ser deposto pelo golpe militar de 1964. A família acredita que Jango foi envenenado.

Com informações de EBC.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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