O síndico ideal é o que conhece o condomínio e tem metas

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Quando as eleições para síndicos acontecem, e nos dois primeiros meses do ano são bem comuns, normalmente o condomínio vai eleger alguém que represente a comunidade por um período de dois anos. Segundo José Roberto Iampolsky, diretor da Paris Condomínios, a eleição para síndico é muito importante, pois nomeia-se um gestor, e sua atuação vai impedir prejuízos financeiros ou mesmo desvalorização de imóveis.
De acordo com Iampolsky o síndico ideal é aquele que conhece o condomínio e tem um plano de metas para realizar coisas como barateamento de condomínio, investimentos, melhorias para valorização do imóvel. Ainda no perfil ideal está a comprovação de que o candidato tem tempo e disponibilidade para cumprir suas funções e se relacionar com os moradores. É claro que, dentro deste perfil, o conhecimento das rotinas administrativas é ideal, além de “boa vontade em aprender, ouvir, servir e conciliar”, afirma o profissional.
Na outra ponta, a que representa o rol das qualidades indesejáveis, está a figura do condômino com “grande ego”, o tal dono da verdade, ou mesmo do perdulário. Na contramão do gastador, o tipo que não quer gastar nada também é contraproducente. É preciso equilíbrio entre os dois. Síndicos ausentes por exigência de suas profissões, que muito viajam ou com carga de trabalho excessiva, também não resolvem o problema.
Iampolsky lembra que o papel do síndico é representar e defender o condomínio, seja em questões trabalhistas, inadimplência de unidades ou gestão. É o síndico quem vai explicar e orientar moradores, portanto precisa saber ouvir e buscar soluções adequadas ao coletivo. Para que essas relações possam se estabelecer, a participação do condômino em assembléias deixa de ser importante para se tornar fundamental. Se o morador não conhece os seus pares não poderá decidir, definir ou mesmo votar com consciência. E se reclamar é fácil, mais fácil ainda é viver em harmonia.

Assembléia: o canal correto de soluções

Toda e qualquer discussão sobre pontos comuns do edifício precisam ser discutidos em assembléia. Questões como melhorias, animais, vagas em garagem ou mesmo funcionários devem passar pelo crivo comum, e essas reuniões são canais certos para isso. Iampolsky aponta os 5 Cs de problemas nos condomínios: cano, cachorro, criança, caloteiro e carro. A brincadeira tem sua razão de ser, pois são esses problemas que mais discussões levantam, e precisam estar ajustadas em termos de coletivo, com previsão em ata e, se possível, no regimento interno. A confiança no síndico eleito é fundamental, bem como do Conselho Fiscal que acompanhará o passo-a-passo de sua atuação. A participação acaba por permitir a eleição de síndico com plano de metas, que ajuste obras que valorizem o imóvel e promovam a qualidade de vida.

 

 

Treinamento
Pela portaria ou garagem

O treinamento periódico de funcionários e o debate constante sobre segurança nos condomínios são fatores que facilitam a proteção do conjunto de moradores e seus bens. Além da relação entre moradores e funcionários, o capitão da Polícia Militar, José Elias de Godoy, orienta que se faça a integração com órgãos de segurança pública, de forma a possibilitar a criação de bolsões de segurança, isto é, com a soma de esforços pode-se eliminar a incidência de delitos.
Todos devem entender o motivo das medidas e ações preventivas, e acatá-las. No caso de equipamentos de segurança, a simples aquisição e instalação não resolvem o problema, e o treinamento de funcionários e a constante atualização nos procedimentos de segurança são fundamentais para o efetivo uso e proteção.

 

Serviço
Dicas úteis

Para funcionários:

· Conhecer condôminos.

· Abrir portão observando antes se há risco de invasão.

· Ter os números de telefones de emergência dos condôminos.

· Obedecer as regras de segurança e trabalho.

· Aprender a utilizar corretamente os equipamentos de segurança.

· Lista de telefones emergenciais (polícia, bombeiros, etc).

· Checar dados dos prestadores de serviço.

· Na chegada de visitantes estranhos, atender do lado de fora e só deixar entrar após autorização de quem de direito.

· Comunicar ao síndico, bem como ao zelador e à administradora, todo e qualquer evento de risco dentro do condomínio.

Para síndicos e administradores:

· Promover treinamento periódico de funcionários.

· Fazer campanhas de conscientização sobre segurança inclusive solicitando a ajuda de órgãos de segurança.

· Promover interação entre pessoas do condomínio, o que facilita a criação de códigos para emergências.

· Integração com condomínios vizinhos para criação de bolsão de segurança.

· Elaboração de normas claras para serem observadas por funcionários e moradores.

· Envolver condôminos para que participem das assembleias.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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