A Bolívia cai na real

A coluna “Banho de Realidade na Bolívia”, de Sérgio Leo, no “Valor” do dia 14 (clique aqui) comprova o que qualquer mente não ideológica sabia no início das escaramuças de Evo Morales. Tratava-se de um ímpeto inicial, movido em parte pela exploração ancestral da Bolívia, em parte pelas eleições constituintes e, em parte, pela inexperiência de quem acaba de chegar ao poder.

Agora, passado o porre inicial, Morales cai na real e vai se tornar cada vez mais pragmático. O Brasil entrará no próximo tempo mantendo as boas relações com a Bolívia enquanto, prudentemente, busca alternativas ao gás boliviano.

Pergunto: o que teria acontecido se o Brasil tivesse partido para a retaliação? Ter-se-ia um governante inexperiente e, também, isolado e desesperado. Graças ao bom senso na condução da crise boliviana, nenhum dos interesses do país deixou de ser defendido, e não se fechou a porta aos bolivianos. A diplomacia brasileira conseguiu manter sua posição histórica de mediadora de conflitos no continente.

Luis Nassif

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