Economia em colapso: acaba-se 50 anos de austeridade pelo livre mercado

Para reconstruir a economia deve-se mudar o paradigma, não o da especulação da última metade do século passado. Veja o seminário ao vivo do Instituto Schiller

A economia em colapso não vai se recuperar: a Conferência do Instituto Schiller traça um novo paradigma

Enviado por Rogério Mattos

 

Esqueçam os jargões técnicos sobre o que significa o preço negativo do petróleo, fato inédito na história. Isso é só um indício que a economia globalizada, bursatilizada, da City de Londres e de Wall Street, onde a maioria das pessoas viveu sua vida adulta e que entrou em colapso em todas as nações transatlânticas ante a imposição de medidas de quarentena e saúde publica, não voltará ao normal. Acabou-se a rodada de 50 anos de austeridade em beneficio do livre-mercado.

Os que insistem agora que querem “reiniciar a economia” não poderão fazer reviver o setor de petróleo de xisto, por exemplo. O setor aeroespacial não voltará tão cedo. O setor de construção comercial e residencial não sera reativado imediatamente e o setor automotivo se reativará somente em parte. A lista é quase infinita: os 5 trilhões de dólares impressos pela Reserva Federal e prometidos aos bancos de Wall Street, da Citu de Londres, de Frankfurt e Tóqui, esses 5 trilhões emprestados aos bancos de investimento, aos fundos especulativos e aos fundos de ativos privados para resgatar seus ativos que não tem nenhum valor, como os derivados do preço do petróleo, todas essas operações hiperinflacionárias tornam impossível que se possa reativar a economia real; ja não pode coexistir essa bolha hiperinflacionária com a economia real.

Como alguém pode falar de “reabrir a economia” e não dizer nada do imenso resgate de 5 trilhões a Wall Street? Como essa pessoa pode se queixar que o Congresso tenha aprovado 2 trilhões como ajuda a empresas e aos assalariados, sem mencionar que grande parte desse pacote é para respaldar o resgate de Wall Street e dos fundos especulativos? De uma maneira ou outra, tudo vai para Wall Street.

Para reconstruir a economia é necessário um novo paradigma, não o da especulação e do sistema globalizado da última metade do século passado. É necessário aprender os planos do grande economista Lyndon LaRouche. LaRouche rechaçou esses planos de globalização e austeridade desde que a City de Londres o criou ao obrigar o dólar a deixar o padrão ouro em agosto de 1971. LaRouche prognosticou que essa política de mais e mais austeridade, década após decada, desencadearia pandemias.

A causa dessa crise pandêmica não e um país, nenhum dirigente e nenhum vírus; é a falta de preparação nos últimos cinquenta anos do sistema de especulação da economia de cassino, falta de preparação para salvar vidas e enfrentar grandes ameaças à vida humana.

LaRouche conhecia a causa econômica do progresso na era de Franklin Roosevelt e de John F. Kennedy, antes de aparecer esse cassino baseado em câmbio flutuante.

Para sair dessa depressão, a economia tem que ser “reiniciada” com toda sua capacidade de progresso, como fez Roosevelt, para ser conduzida de acordo com as Quatro Leis de LaRouche. A primeira dessas, a restauração da lei Glass-Steagall para separar os bancos de Wall Street e da City de Londres, estancaria imediatamente o resgate de 5 trilhões pretendido pela Reserva Federal. A segunda, a instituição de um banco nacional hamiltoniano em todos os países, proporcionaria o crédito necessário para a reconstrução econômica. Esta pode se iniciar como um ato de ágape: a construção de um novo sistema de hospitais e de saúde pública em todas os países em desenvolvimento. Isso talvez possa salvar bilhões de vidas agora ameaçadas pelo Covid-19; mas, com um sistema de saúde universal, estaríamos preparados para qualquer coisa que aconteça.

A conferência do Instituto Schiller será transmitida pela internet neste final de semana, 25 e 26 de abril, pelos portais LaRouchePAC e Schiller Institute a partir das 11 horas da manhã, horário de Brasília. A transmissão será feita em inglês com tradução simultânea ao espanhol, pela plataforma Zoom, e o acesso deve ser solicitado ao email [email protected]. As perguntas aos palestrantes poderá ser feita através de: [email protected] e [email protected].

Redação

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