Muito interessante a reportagem deste domingo na Folha. No caderno Mercado, sob o título:
Novas máquinas ajudam o produtor a atender demanda internacional e aumentam a projeção de colheitas futuras
Infraestrutura de transportes e câmbio desfavorável limitam lucros e impedem aumento da produção
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me2404201106.htm
Neste blog mesmo, por várias vezes, tenho encontrado opiniões que, versando, a maioria das vezes, sobre a nossa perda de competitividade em exportações de manufaturados, alegam ser nossas exportações, fortemente apoioadas em commodities agrícolas e agropecuárias, de baixo valor agregado.
Não concordo. Conheço tecnicamente muito pouco sobre o assunto, mas o que eu tenho visto por esse interior à fora em termos de atividade agrícola e agropecuária tocadas de modo empresarial, pricipalmente nas cooperativas e nas indústrias de tratores e implementos, bem como na de silagem, me mostram uma realidade bem diferente.
Realidade que me levou ao título deste post. “Indústria Agrícola”, ou indústria agropecuária.
A atividade e os volumes agriícolas e agropecuários que tenho visto envovolvem tantas áreas da engenharia e da tecnologia que não me parece mais que o termo agricultura descreva claramente o que eu tenho visto.
Agricultura era o que meu avô, tios e seus vizinhos praticavam e praticam até hoje. Alguns, como no caso do meu avô com uma enxada na mão, outros mecanizados.
Mas repare no texto abaixo, um estrato da reportagem em questão. Repare nos valores dos dos equipamentos e compare-os com os equipamentos industriais. Em que ficam a dever?
Que não se pense que se trata de caso isolado, exemplar, o caso retratado é, na minha experiência, a regra. As fazendas de porte médio, hoje em dia, têm capital econômico incorporado compatível aos de indústrias. Donde, falar em baixo valor agregado não faz muito sentido.
O problema, outra vez, está na infra-estrutura de transporte e portuária. Creio que aí está a nossa área prioritária para investimentos estatais.
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