A proposta Afif

Guilherme Afif Domingos e Hélio Zylberstajn escrevem na seção Tendências e Debates da Folha, para explicar sua proposta trabalhista.

É tema delicado e cercado de preconceitos – de lado a lado. Mas, para criticar a proposta, é preciso entendê-la.

O quadro que se tem hoje é de incerteza em relação ao tamanho da crise. No começo do ano, é possível que ocorra uma onda de desemprego.

Mas o tamanho da crise é uma incógnita. Se for menor do que se espera, é possível que três meses depois as empresas se dêem conta de que não teriam precisado reduzir seus quadros. E voltarão a contratar.

Todos perdem com essa incerteza. As empresas pelos custos trabalhistas da dispensa, pelo investimento que terá que fazer no treinamento dos novos funcionários e na reconstrução do ambiente corporativo.

Os funcionários pela dispensa, em um momento em que o mercado está amplamente desfavorável. Depois, no caso de recuperação do mercado, pelo fato de ter que competir com outros candidatos à sua vaga.

A proposta é simples.

Através de acordos coletivos (isto é, sancionados pelos sindicatos da categoria), suspende-se temporariamente o contrato de trabalho. Os direitos trabalhistas continuam assegurados, para o caso da suspensão ser definitiva. O trabalhador vai para casa com seguro-desemprego garantido. Se encontrar outro emprego, troca. Se não encontrar, aguarda passar a borrasca e, caso o céu se torne azul de novo, terá o seu de volta. Se a borrasca não passar, o contrato será rescindido com todos os direitos assegurados.

Como a proposta será referendada em acordo, caso o sindicato considere que será desfavorável, simplesmente a rejeitará.

Comentário

Vamos aos riscos objetivos dessa proposta.

O risco maior será as empresas incluírem nessa suspensão temporária mais trabalhadores do que o necessário.

Tipo: tenho 100 funcionários. Acho que, depois da paradeira do primeiro trimestre, ficarei com 90. Mas aproveitarei a flexibilização para suspender o contrato de trabalho de 30, já que o início do ano é meio parado.

Mas, aí, têm os sindicatos para contrabalançarem.

Por Tiago

Nassif,

Já que vc está falando em riscos objetivos, acredito que o principal é a chance de se mostrar ineficaz. A saída da crise virá com a retomada da confiança. Este é um assunto exaustivamente debatido aqui mesmo.

Ocorre que uma proposta como esta não resgatará a confiança, especialmente dos consumidores. Ao contrário. O sujeito que perde o emprego, tenderá a restringir ainda mais os seus gastos. É a boa e velha propensão marginal a consumir em ação.

O Dani Rodrik publicou uma proposta interessante: benefício fiscal em troca de garantia de empregos. Clique aqui.

Evidente que a situação lá é muito mais grave. Mas o pano de fundo é o mesmo. Retomar a confiança.

106 Comentários

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  1. É tudo muito simples:
    É tudo muito simples: aproveitamos a incerteza e tentamos ganhar um pouco mais ao invés de enxugar os gastos, dedicar-se a produzir bens d
    e forma mais sustentável à sociedade. A idéia é fácil: cortem-lhe as cabeças.

    fonte:http://www.gestaosindical.com.br/nacional/materia.asp?idmateria=2036

    Demissões

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou ontem empresários que estão demitindo trabalhadores. Em entrevista no Itamaraty, ele não escondeu a decepção com Roger Agnelli, da Vale, por demitir 1.300 funcionários e reclamou de setores que cobram medidas do governo como contrapartida para manterem os postos de trabalho no País. “Nenhum empresário tem motivo para mandar qualquer trabalhador embora. Nenhum”, disse.

    As críticas de Lula aos empresários, as primeiras desde o agravamento da crise financeira, foram feitas logo depois de almoço com o presidente cubano, Raul Castro. Lula criticou a proposta apresentada por setores empresariais para que o governo pague seguro-desemprego a trabalhadores que tiverem salários suspensos temporariamente. “Acho muito engraçado. Uma parte dos empresários poderia pagar (os trabalhadores) com os lucros que acumulou.” Lula afirmou que o governo não deixará de assumir a responsabilidade de cuidar dos trabalhadores, mas avaliou que a situação da economia não é motivo para demissões. “Todo mundo está preocupado com essa crise e todos nós, empresários, governo e trabalhadores, temos de ter como prioridade a parte mais fraca da cadeia, para que esta não seja prejudicada.” O presidente relatou que conversou sobre as demissões com o presidente da Vale, Roger Agnelli, e com o diretor Demian Fiocca. “Eu falei para eles: se a cada momento, num sinal de crise, porque a China não fez uma encomenda, vocês mandarem gente embora, a economia fica muito vulnerável.”

    “A Vale é uma empresa muito grande e muito rica.” Lula disse que Agnelli e Fiocca informaram que as demissões não ocorreram por causa da crise. “A explicação que eles me deram é que mandaram embora trabalhadores que já estavam previstos de serem mandados embora por conta de uma mudança, de uma inovação administrativa que eles fizeram. Vamos ver.” Em entrevista publicada pelo Estado no domingo, Agnelli defendeu “medidas de exceção” para o mercado de trabalho. E disse que apresentou a proposta para Lula.

    Lula disse que o governo não irá propor a suspensão temporária dos contratos de trabalho nem se intrometer nas negociações entre patrões e empregados, mas confirmou que está “pronto” para intermediar as conversações. “Se em alguma situação os trabalhadores quiserem a participação ou a intermediação do governo, nós estaremos prontos”, afirmou. “Mas achamos que esse problema é dos trabalhadores e empresários. Não é uma coisa do governo.” Ele contou que sindicatos o procuraram para que o governo levasse à frente um projeto de redução de jornada de trabalho.

    “Eu falei para eles que saíssem às ruas, fizessem um abaixo-assinado e entrassem com um projeto de lei de iniciativa popular porque é a melhor a solução”, disse. “Não fiquem esperando que o governo faça tudo.”

  2. Que tal se os empresários
    Que tal se os empresários diminuissem sua margem de lucro?

    Só no Brasil a rentabilidade é tão alta…a custo de que?

    Poderia enumerar N motivos, isso só na área de TI.

  3. Este Afif não se emenda
    Este Afif não se emenda mesmo.Como falar em negociar e quem quiser que não aceite?Quem já negociou com a faca no pescoço sabe muito bem o que é isso.
    O verdadeiro intuito desta gente é transferir os ônus para o governo.Só querem o bônus.
    Durante todo o mandato do presidente Lula a política econômica do governo possibilitou grandes lucros aos empresários.Agora que a marola ainda nem chegou ao país eles já estão pensando em passar seus custos para toda a sociedade?
    Está na hora do presidente Lula colacar o pese do Estado em cima desta gente,retirando incentivos aqueles que demitirem,apertando a fiscalização em cima de empresas sonegadoras e de proprietários destas empresas.
    Não dá mais para esta gente querer se beneficiar constantemente,como se o país estivesse pronta a sempre os servir.São sempre os mesmos.São os atrasados da elite de São Paulo,notadamente,a elite paulistana ligada a FIESP.
    Aos trabalhadores nunca faltou bom senso e,sempre o maior sacríficio ficou com eles.Agora não deixarão de dar sua contribuição quando chamados.Mas,propostas como a deste Afif tem que ser encaradas como terrorismo puro devem mercer o repúdio da sociedade.Este cidadão está tentando ganahr ou ganhar.Se o trabalhadores não aceitarem,a demissão os espera e,aí,a grande mídia,surfará deliciosamente contra os sindicatos e contra as centrais sindicais.
    Este é mais um golpe político contra o país travestido de pseudo boas intenções.Que não nos deixemos enganar.

  4. Ô Nassfi, coluna dessa
    Ô Nassfi, coluna dessa largura não dá, é desconfortável pra ler. Por que meus comentários sobre o novo formato não são publicados?

    São publicados. Solicito que você coloque a observação na nota sobre op Blog, para podermos juntar todas as observações.

  5. A síntese da proposta é a
    A síntese da proposta é a seguinte: os empregados devem abrir mão de seus direitos em benefício do dono do capital.

    Marco, pode-se e deve-se criticar a proposta. Mas essa crítica sua não procede.

  6. Nassif,

    Afif não tem nem
    Nassif,

    Afif não tem nem traz nada de novo. Parece aquele filme O Retorno da Múmia. Como trabalhador, considero inaceitável qualquer proposta de redução de direitos.

    Mas a proposta é isso mesmo. Quem considerar inaceitável, não aceite. E o comentário poderia prescindir da agressão.

  7. O seu Afif nao é do comércio?
    O seu Afif nao é do comércio? Pergunta para ele se aceitam a seguinte proposta:

    “Vendam as mercadorias e durante 3 ou 4 meses a gente suspende o pagamento. Depois se a coisa melhorar, a gente comeca a pagar… se nao, devolve.”

    Incentiva o comercio e a industria e nao precissa demitir ninguém.

  8. Nassif

    Deixa ver se entendi,
    Nassif

    Deixa ver se entendi, um trabalhador ganha R$1.500,00, vai pra casa com seguro desemprego ganhando R$415,00 durante 4 meses até as coisas ficarem mais claras para os empresarios (com promessa de voltar com emprego garantido ganhando os mesmos R$1.500,00)?
    CONTA OUTRA SR.AFIF, será uma ótima oportunidade para os empresário fazerem uma LIMPA nos altos salarios. vc não acha?.

  9. Sempre nos diziam que o
    Sempre nos diziam que o emprego com carteira assinada no Brasil não crescia devido aos excessos dos direitos dos trabalhadores. Só foi termos alguns anos consecutivos de crescimento econômico para vermos que não é bem assim. E olha que não foi nenhuma brastemp o crescimento econômico dos últimos anos.
    Em resumo, o empresariado não faz nenhum sacrifício e só o trabalhador perde. É a velha chantagem: ou os direitos trabalhistas ou o emprego.
    Só espero que as centrais sindicais acordem e não deixem esse sonho do empresariado (que não é novo) prosperar.

    Seu colega do IG, José Paulo Kupfer, trata do mesmo tema no post:

    http://colunistas.ig.com.br/jpkupfer/2008/12/19/quem-paga-o-pato/

  10. Nassif, se entendi bem a
    Nassif, se entendi bem a proposta, adianta-se ao trabalhador o seguro desemprego. Me desculpe, mas é só mais uma forma de “socializar” prejuízos. Depois, se consolidada a demissão, o seguro desemprego será pago novamente ou o trabalhador terá que se virar com o Fundo de Garantia? Se se pagar o seguro desemprego pela segunda vez, os recursos não sairão das empresas? Desculpe minha ignorância no assunto, mas acredito que os empresários estão querendo “financiar” seu capital de giro com a precarização do trabalho. Gostaria de sugerir que o caminho fosse outro. Que tal pressionar os bancos para que reduzam seus lucros para baratear o crédito? Além disso, quem me garante que o proposta do Afif não seja o primeiro passo para extinguir com a CLT por MP num eventual governo Serra (Deus nos livre desse fardo!). Desculpe, mais uma vez, por minha ignorância. Forte abraço.

  11. Se não houver armadilhas
    Se não houver armadilhas nessa proposta e realmente não forem afetadas as garantias trabalhistas, o acordo pode ser mesmo melhor do que a simples demissão. Porém, se durante o período de suspensão, o trabalhador encontrar outro emprego (porque há empresas contratando), ele terá direito à multa e ao FGTS? Se não for assim, o acordo é uma fria…além de passar aos cofres públicos e aos trabalhadores o ônus de uma crise gerada por especuladores.

    E esses riscos de demissões atingem apenas alguns segmentos da indústria, não? Tenho dois irmãos trabalhadores em fábricas e, pelo que me consta, mal vão parar entre Natal e Ano Novo porque estão lotados de trabalho.

  12. Suspensão da democracia por
    Suspensão da democracia por seis meses.Parece, que esse é o mote da “campanha”, para salvar as vacas que começam a emagrecer. E , qual será a proposta quando atingirem gorduras opulentas?

    Participação no lucros. Não seria uma belíssima contrapartida para ser negociada?

  13. Nassif,

    o tema de fato é
    Nassif,

    o tema de fato é delicado. Não creio que faltem boas idéias e propostas para o problema. A questão e o impasse ficam por conta da desconfiança. Há um pé atráz por parte dos trabalhadores que considero plenamanete justificado.

    Já estive pequeno empresário. No auge a empresa chegou a ter 20 funcionários. Micro né? Mas creio que serve de exemplo: negociávamos tanto nas vacas magras como nas gordas para que fosssem mantidos a empresa e os empregos. Abria o livro caixa para os funcionários e íamos avançando até chegar a um acordo possível, isto é, que fosse no mínimo razoável para ambas as partes.

    Agora digamos que estivesse eu na qualidade de representante da empresa, comprando automóveis caros, construindo mansões, aplicando mal os recurso da empresa ou costumeiramente fizesse uso das crises para levantar vantagens… Eles, os funcionários, confiariam em mais uma proposta minha?

    Nem bem havia começado a ameaça de desemprego e a Vale demite 1300 funcionários. Notícia de primeira página na imprenssalhona. Logo em seguida surge por parte do dirigente desta empresa a proposta ” de mdidas de excessão”. Pergunto: mas a Vale não estava sendo polida pela mesma imprensalhona como exemplo do acerto da privatização? Vendida na bacia das almas sim, mas não era para tornar-se exemplo do que é capaz o neolivre mercado?

    Portanto Nassif, negociar é possível e desejável, mas com a justa desconfiança que perpassa os experientes (em serem passados para tráz) e sofridos brasileiros, quem estará à altura de conduzir esta questão?

    Em tempos: em priscas e ingênuas (de minha parte) eras doei ouro para o bem do Brasil.

  14. Em situações de crise, para
    Em situações de crise, para que todos paguem um pedacinho proporcional da conta, só existe uma saída : PACTO.

    Como o trabalhador não tem voz no Brasil, o Governo tem que ser a sua voz e, sentar com os órgãos empresariais para dividir as contas.

    É simplório achar que as Centrais Sindicais e Sindicatos defendem os trabalhadores. A CUT e Força Sindical são exemplos claros do trabalhismo no Brasil – são parasitas do Estado ou dos Empresários – nunca defenderam os trabalhadores. Todos os líderes trabalhistas, ou se tornaram políticos para defesa própria ou estão em fase embrionária. Como exemplos temos o Luis Marinho , Paulinho , Medeiros e seus comparsas – são lideranças do EU.

    Assim, o momento por que passamos é de um grande pacto : Governo X Empresariado.

  15. Creio que proposta como esta
    Creio que proposta como esta revela a magnitude dos acontencimentos que estão sendo ignorados pelo COPOM, principalmente se considerarmos que até seembro de 2008 o crescimento do PIB se aproximava de um ritmo de 7% ao ano.

    No Brasil e no Mundo estamos observando uma queda da atividade econômica, principalmente nos principais mercados consumidores.

    O COPOM já percebeu, ainda que tardiamente, que os desdobramentos da crise financeira internacional foi suficiente para derrubar bruscamente a atividade econômica no Brasil., mas ainda não compreendeu a sua magnitude.

    Mas tudo indica que o COPOM ainda não percebeu que manter o atual nível dos juros da selic irá aprofundar ainda a queda da atividade no Brasil.

    Diferente do que vem afirmando os membros do COPOM e principalmente o presidente do BACEN, Henrique Meirelles, a economia internacional vinha de um forte de crescimento do PIB, puxado pela economia americana. E apesar de um forte e brusca queda dos juros americanos desde do terceiro trimestre de 2007, promovida pelo FED a economia mundial continua marchando em direção a recessão.

    A recessão que se está tentando evitar é tão grande que foi preciso abandonar os principios do liberalismo econômico, no EUa e no mundo.
    E o hoje no mundo apenas os membros do COPOM ainda defendem os princípios do liberalismo econômico, e tem o monetarismo como principal ferramenta de conbate a inflação no Brasil.

    A cada dia vai ficando claro que apenas medida monetárias são seráo suficiente para evitar a recessão, que além de derrubar os juros da Selic a quase zero, será fundamental o uso da política fiscal para estimular a ferramenta, mas sem uma brusca redução dos juros da selic não só não será possível como o efeito de um estimulo será praticamente nulo, diante do elevado juros da Selic na economia brasileira.

  16. Nassif, me decepcionei um
    Nassif, me decepcionei um pouco com sua análise. Segundo a proposta, durante o tempo em que o empregado estiver com o contrato suspenso, ele teria direito ao auxílio-desemprego. Em outras palavras, isso significa que a empresa fica com o empregado em “stand by”, mas o governo é quem paga a conta. Você deveria ter incluído essa questão em seu comentário. O empresariado, em momentos de crise, sempre corre para os braços do Estado. Isso tem que acabar. Desde a crise do café, passando pela crise do petróleo, até os dias atuais, é sempre a mesma ladainha: Estado mínimo para o trabalhador e Estado máximo no auxílio ao capital. Sei de seu viés desenvolvimentista, que aspira a uma social-democracia, mas justamente por isso, você não deve e não pode ser inocente em suas análises. Mais do que ninguém, você deveria saber que na disputa patrão-empregado, em tempos de crise, o empregado representa o lado mais fraco. Pense a respeito e, se eu estiver equivocado, por favor me corrija.

  17. Na mosca, Nassif!! As coisas
    Na mosca, Nassif!! As coisas podem ser simples. É só querer….senão, já pensou, em tempos obscuros assim ainda corrermos o risco de termos trabalhadores com boinas em seus sindicatos, a la Walessa, clamando por solidariedade?….Porque da maneira que temos nosso CLT, baseada na Carta Del Lavoro, Italiana e facista, corremos riscos de se ter qualquer coisa quando se trata da relação trabalho e remuneração no Brasil, menos algo que fomente empregos e produção.

  18. “É tudo muito simples” os
    “É tudo muito simples” os direitos do trabalhador são suspensos e os lucros garantidos. Os empresários realmente são homens preocupados com seus lucros. Podem me chamar de jurássico.

  19. são os mesmos que criticam o
    são os mesmos que criticam o governo pelo aumento dos gastos públicos que querem jogar para o governo os gastos trabalhistas das empresas com a crise. é muita cara de pau.

  20. Por que é tão difícil as
    Por que é tão difícil as pessoas perceberem que esse tipo de intrasigência atrapalha a elas mesmas? Uma coisa é discordar dos termos (i.e. “a proposta não está boa o suficiente”). Outra é entender que qualquer negociação é ruim, que é má por princípio. Ora, é óbvio que depende da contrapartida. O diálogo patrão-empregado não precisa ser reduzido a esse maniqueísmo infantil. Nem todo chefe quer prejudicar o funcionário.

    Ah, se aprendêssemos que o diálogo é muito mais frutuoso que o confronto…

  21. Esta é uma proposta
    Esta é uma proposta totalmente irracional. Com esse pensamento os neoliberais provocarão uma crise econômica no Brasil, independentemente do governo arcar ou não com os custos para manter o nível de atividade econômica. Não é dessa forma que a economia funciona. Foi com essa idéia que as economias de planejamento centralizado faliram. É uma completa idiotice. O mercado tem de funcionar a seu modo para que as ações de governo possam surtir efeito. É a partir dos problemas criados pelos agentes econômicos que o governo pode encontrar a solução, quando possível. Este problema que o Afif está tentando criar é insolúvel para o sistema capitalista e para o governo, qualquer que seja o grau de intervenção do governo. A economia tem uma dinâmica própria que não pode ser alterada por decisão de governo ou por vontade da iniciativa privada. Somente a sociedade como um todo pode definir os rumos de uma economia, implementada pelo mercado e regulada pelo Poder Público. Assim, somente há possibilidades de sucesso nas mentes doentias dos neoliberais. A prática e criticas Keynesianas provaram e comprovaram que as idéias de Say estão erradas. Burrice tem limite. Uma crise econômica no Brasil de hoje criaria um caos social incontrolável, por décadas. O brasileiro de hoje sabe e tem consciência de que é possível uma economia prospera e eqüitativa, desde que as idéias neoliberais dos expropriadores de plantão sejam eliminadas. Sem pacto ético não haverá amanhã mercado e economia no Brasil.

  22. E quando a empresa lucrar?
    E quando a empresa lucrar? Será que os patrões/empresários irão dividir o lucro?

    Isso é papo pra boi dormir. E o pior – o ônus de tudo é do governo. Isto é, o brasileiro/contibuiente que, mais uma vez, paga a conta.

  23. Finalmente a cricrise vai
    Finalmente a cricrise vai chegar ao Brasil. Devem estar delirando na media paulista!

    A “medida” eh uma maneira de legalizar o que ja eh artificial desde o comeco, as “despedidas em massa”, que serao contabilizadas politicamente, isso eh, pra provar que O Brasil Esta Em Cricrise, e que terao efeitos internacionais devastadores.

    Isso eh, as industrias perdem “ganhos” ficticios por causa da cricrise e os trabalhadores perdem empregos legais.

    O raciocinio mais basico e elementar: se existe crise porque os brasileiros pagam os juros que pagam?

    Tem gente mentindo pra populacao, e nao sao poucos. A propria “previsao” de “crescimento” brasileiro ta com cara enorme de golpe. Vindo do bc nao eh de se esperar menos.

  24. Acho perigosíssimo suspender
    Acho perigosíssimo suspender direitos trabalhistas, ainda mais num momento como este.

    Até agora, nenhuma indicação que haverá crise de grande porte aqui no Brasil. Então, acho que antecipar este tipo de proposta só serve aos interesses dos empresários.

    Não há nada de bom nesta proposta para os trabalhadores.

    Aliás, mais uma demonstração de que de keynesiano o Serra não tem nada. Nem proposta, nem histórico.

  25. E QUM PAGA O SUPERMERCADO, O
    E QUM PAGA O SUPERMERCADO, O CONDOMÍNIO, A CONTA DE LUZ DO “TECNICAMENTE DESEMPREGADO”?

    É sempre assim. A cada crise, lideranças empresariais aproveitam a brecha para falar em “flexibilização de direitos trabalhistas”.

    Eufemismos à parte, o que se quer é liberdade para demitir com o mínimo de custos – de preferência, sem nenhum custo.

    Em bom português, propõe-se que o patronato demita sem gastar com direitos trabalhistas, o Estado conceda uma esmola e, depois, quem sabe, o “tecnicamente desempregado” e a empresa que o demitiu se encontrem por aí.

    Como o trabalhador irá pagar suas contas neste período (e nos subseqüentes”…) é um mistério.

    Sabe-se apenas que não existe no País supermercado, escola ou repartição pública que alivie o orçamento do cidadão que porte um crachá escrito “tecnicamente desempregado”.

    Teve o mérito de chamar a coisa pelo nome: “medidas de exceção”, nada mais apropriado num momento em que os brasileiros relembram os 40 anos do AI-5.

    Logo se percebeu que a quartelada antitrabalhista dispunha de farta munição.

    É o que se depreende da proposta da equipe de Guilherme Afif Domingos, secretário do (Des) Emprego e Relações do Trabalho do governo tucano de São Paulo.

    LEIA +
    http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/

  26. O José Paulo Kupfer fez o
    O José Paulo Kupfer fez o comentário mais acertado até o mometno, no meu ponto de vista, dêm um lida no blog dele.

  27. primeiro um comentário
    primeiro um comentário off-topic: Se o Zé Alencar quer algo para convencer o Lula a mudar o BACEN, dêem uma olhada no ranking da taxa de juros da CIA (esse é de dezembro de 2007) – deve ter uma distorção ou outra, mas, acredito, espelha muito bem a realidade – estamos fazendo um papel ridículo:

    https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2208rank.html

    Quanto às garantias trabalhistas, eu insisto… Não é uma maneira inteligente de se garantir o bem-estar social… Só é bom para quem já tem salário alto e já está empregado. E mesmo assim, olhe lá…

    O negócio é ter uma cobertura social abrangente por parte do Estado, com o mínimo de oneração sobre o emprego e estímulo ao empreendimento e também ao consumo… É assim que a coisa tem que funcionar.

  28. Creio que a crise que se
    Creio que a crise que se anuncia deve ser mais longa do que prevista na proposta de Guilherme Afif Domingos, principalmente considerando as prováveis ações do COPOM ao longo de 2009, se mesmo o poderoso FED derrubando bruscamente os juros americanos por mais de um ano até chegar a zero não está conseguindo estimular a economia e muito menos reverter as expectativas dos agentes econômicos. é preciso lembrar que os EUA e a a CHINA vinha em um forte ritmo de crescimento do PIB.

    Os EUA não conseguiu evitar a recessão e nem afstar o risco de uma depressão. A China que vinha crescendo acima de 12% ao ano, mesmo reduzindo os juros e aumentando o compulsório tudo indica que ritmo da economia vai diminuir para menos de 7% ao ano.

    Uma Política monetária que corte os juros da em 0,25% nominais a cada 45 dias e um COPOM visivelmente que não compreende as dimensões da atua crise econômica internacional, mesmo passado três meses da quebra de importante instituição financeira americana, não só não conseguirá evitar a recessão como acelerará o processo em direção a uma recessão profunda da ecomnomia brasileira.

    Creio que melhor que suspender os contratos por três meses, seria uma medida de mais longo prazo de 1 ano a anos, com participaçãp das empresas, trabalhadores e governo.

    Seria permitir a redução da jornada de trabalho em 20%, sendo que 24 dias seria pagos pela empresas(dias trabalhados e folga remunerada) o restante dos dias do meses seriam pagos pelo seguro desemprego.

    Desta forma um seguro desemprego de 4 meses, 120 dias poderia ser usado por 20 meses.

    As empresas que utiliza-se o acordo não poderia pagar dividendos, e os empregados deveriam depositar 4% dos salários no FGTS

    Se estabeleceria um seguro desemprego de 2% dos salários, sendo 1% das empresas e 1% dos empregados, para todos empregados público e privado.

  29. absurdo! Mais uma vez querem
    absurdo! Mais uma vez querem que o trabalhador pague pelo que não fez. A burguesia aproveita uma crise para tentar emplacar sua agenda derrotada nas urnas. A flexibilização não irá conter desemprego algum, mas abrir caminho para o avanço dos empresários contra os direitos trabalhistas.
    Toda hora que tento ler os comentários o micro aponta “é preciso cancelar o scritpt senão o computador pode travar”.

  30. Nassif,

    A parte mais fraca
    Nassif,

    A parte mais fraca tambem e a parte e mais forte. E a que faz a economia girar.
    E todas essas medidas visam ampliar as incertezas, e como ja disse: a engrenagem esta comecando a girar ao contrario e para reverter, levara muito mais tempo que esse periodo de 3 meses. O que sinto e vejo aqui em UK e que levara um tempo de 2 anos, mas o Brasil ainda tem margem para que a crise nao se alastre tanto como esta se desenhando.
    Os EUA ja abaixaram em 88% (para .25% a.a) sua taxa de juros e UK 60% ( para 2% a.a) e o Brasil ainda tem 13.75% a.a , o pais ainda poderia baixar os juros em 30 a 50% a Selic que manteria um retorno ainda maior que estes dois paises, portanto nao haveria fuga de dolares. So especulacoes como ja ha.
    O Brasil tem mercado mas nao tem poder aquisitivo, isso pode e deve ser mudado a partir dessa crise. Nao falo em dobrar o salario , mas em dar uma aumento significativo. Imagina se ao inves do governo disponibilizar bilhoes para empresas e bancos emprestarem o governo aumentasse o salario para uns 600 reais, quanto de dinheiro seria injetado no mercado? Como a populacao reagiria?
    Ao emprestar para os bancos o governo continua nao pondo dinheiro para circular no mercado. O dinheiro ja estava na maos das financeiras, nao estava no comercio. Pois todo mundo estava com acesso muito facil e muita gente que ganhava ate mil reais comprou carro, moto e casa comprometento boa parte de seu salario, essa parte nao circulou no comercio e hoje essa gente vai perder seu emprego e nao vai pagar esse financiamento, e ai?? Sem falar nos cartoes de creditos…
    Entao nao vai adiantar o governo dar $ para banco pois ninguem no ano que vem vai entrar em divida, esse dinheiro continuara parado.

    PS. Nao e o caso desse artigo, mas acho muito sem proposito quando falam/comentam em flexibilizar as leis trabalhistas e dando como exemlo paises desenvolvidos, mas esquecem que o salario “minimo” nesses paises sao 5 vezes maior que o brasileiro.

  31. Eu sou em favor da mais
    Eu sou em favor da mais completa liberdade nos contratos de trabalho negociados entre sindicatos democráticos e empregadores. Não entendo a leis trabalhistas brasileira. Há quem realmente entende?

    Curiosamente, como estrangeiro com a formação de classe que tenho, eu sinto muito simpatia pelas propostas do tucanato às vezes.

    Algumas fazem sentido, merecem debate, são feitas no espirito de avançar o bem público, e implementadas não levariam necessariamente ao apocalipse.

    Sou basicamente um liberal (sem o “neo”) progressista. Ser EUAnidense e socialista é muito dificil para quem cresceu lá durante a guerra fria, isolado do mundo real pela manta mágica da mídia, mais mercados razoavelmente livres com justiça social, juntos, porque não?

    Só que não aguento a cara deles, nem a fala deles.

    Assim, foi realmente necessaria responder à veemência exagerada das críticas tachando os mesmos críticos de nazistas?

    Não foram os nazistas que inventaram as técnicas de propaganda pelo qual ficaram famosos. Fomos nós, norte-americanos, quando inventamos mercadologia e a mídia de massas. O Goebbels aprendeu conosco.

    Puxa, Nassif, agora Fausto de Sanctics é Nazista, e segundo o FHC o PT é Nazista … e se não libere esse meu comentário, Nassif, será porque o Sr. é nazista!

    E na Folha de S. Paulo, o Imperador do Brasil, esse tal de Bragança: “Eu, seguidor de Plinio Corrêa de Oliveira, não sou nazista!”

    Eu tambem não sou nazista. Dúvido que quem críticou as proposta dos dois tucanos fossem nazistas, até se utilizassem sofismas nos seus argumentos.

    Tenho, confesso, algumas tendências nassifistas.

  32. É claro que os empresários
    É claro que os empresários estão preocupados com seus lucros. Iriam preocupar-se com quê? O problema sobre o qual nós, trabalhadores, temos que pensar é se a proposta nos interessa, ou não. Eu leio, releio, e não consigo ver na proposta nada que seja inconveniente para o trabalhador. Os direitos trabalhistas ESTÃO ASSEGURADOS. Se houver demissão, o patrão tem que pagar tostão por tostão, tudo direitinho, nos conformes. Que raio de direito estaríamos perdendo? Estaríamos, isto sim, adquirindo o direito de gozar do salário desemprego numa situação que atualmente não é contemplada pela lei.

    Se eu fosse negociar, tentaria incluir uma cláusula que “zera” o seguro desenprego em caso de demissão efetiva. Ou seja, seis meses adicionais de salário, para procurar outra colocação.

    A proposta é excelente.

  33. Acho que a proposta tem
    Acho que a proposta tem méritos. Mas, o “seguro desemprego” teria de ser pago pela empresa. Já que a empresa continua tendo o empregado à disposição para chamar de volta assim que quiser, não está certo que eu (e os demais contribuintes brasileiros) pagaguemos o salário deles.

  34. QUEM PAGA O PATO?

    Tudo bem
    QUEM PAGA O PATO?

    Tudo bem que os americanos estão quase despejando dinheiro de helicóptero e já inundaram a economia, principalmente o setor financeiro, com trilhões de dólares do contribuinte, sem contrapartidas. Mas a ajuda às montadoras de veículos, que, finalmente, saiu nesta sexta-feira, tem regras e modos que deveriam ser lembrados e elogiados.

    Para pegar o dinheiro, a GM e a Chrysler terão de apresentar um programa de reorganização de seu negócio. Até o fim de março, terão de mostrar o caminho das pedras para reduzir seus débitos em dois terços, e entabular negociações com a central de trabalhadores na indústria automobilística, para cortar salários e definir condições de emprego e trabalho.

    Em resumo, socorro com dinheiro público, só com o compromisso simétrico de todos os entes envolvidos – acionistas, executivos, trabalhadores.

    Aqui, a proposta que surgiu até agora para enfrentar a redução do nível de atividades, patrocinada pelo governo Serra (o governador está mudo, mas seu secretário de emprego e relações do trabalho, Guilherme Afif Domingos, topou ser o mestre-sala da proposta e não se pode acreditar que não tenha combinado com o chefe), prevê um golpe na legislação trabalhista, a demissão na prática de trabalhadores, sem o pagamento de seus direitos, e o ônus para o governo de manter os “temporariamente” desocupados com uma extensão do salário-desemprego.

    Em resumo, acionistas e executivos se beneficiam do socorro público e os trabalhadores pagam a conta. Depois, tem gente que não entende como o Brasil é um dos campeões mundiais de concentração de renda.

    Fonte: Blog José Paulo Kupfer

  35. Acho que mesmo a pelegada que
    Acho que mesmo a pelegada que milita nos sindicatos brasileiros não aprovariam uma proposta absurda destas , de qualquer forma os empresários estão tentando aproveitar a suposta crise para reduzir beneficios do trabalhador e certamente sentirão que já massacraram demais a classe e a revolta sera incontrolável.

  36. Joao Vergilio,

    é excelente
    Joao Vergilio,

    é excelente de que ponto de vista? abrir um precedente sem contrapartida alguma. a contrapartida é garantir emprego? nos anos 90 o discurso era de que quem tava empregado deveria dar graças ao padim pade ciço por assim estar,. não havia pacto, nem concessão. Agora quem tem q flexibilizar é o trabalhador? para mim é uma medida disfarçada e pretensamente conjuntural para alimentar a perda progressiva dos trabalhadores.

  37. Não concordo com a idéia de
    Não concordo com a idéia de que a proposta é excelente. O risco apontado por Nassif existe e é claro.
    Vejo 2 aspectos nesta questão:
    1) Se é para flexibilizar conforme proposta apontada, um teto máximo de quantidade de trabalhadores poderiam entrar nesse esquema. Ex: 5% do total da folha. Esta seria uma maneira de tentar se defender de colocarem um número “abusivo” de trabalhadores dentro do acordo.
    2) Toda empresa tem uma meta de Lucro operacional e e Lucro Liquido estimada em orçamento. Uma proposta seria de fato, diminuir a perspectiva de Lucro. Comunicar os acionistas e buscar melhorá-lo ao longo do ano.

    É engraçado como uma crise se presta à justificar a falta de criativade, competência e ainda o terrível medo de anunciar aos acionistas que se lucrará menos.

    O item 2, é uma proposta para o Brasil, como deve ser ! diminuir os lucros para garantir empregos e o dinamismo da economia.

    Saudações

  38. Ontem assistindo a entrevista
    Ontem assistindo a entrevista do Delfin Neto no Canal Livre da Band, ele reafirmou que crescimento basicamente depende do otimismo da sociedade, de que nada adianta o governo colocar bilhões na economia se o consumidor não estiver disposto a consumir e o empresário não estiver disposto a investir. Concordo plenamente.
    Esse tipo de discussão sobre suspensão temporária dos direitos trabalhistas
    pode é trazer uma crise que até o momento se revela apenas como desaceleração do crescimento.
    Que Lula continue incentivando o público a consumir e que Mantega mantenha o otimismo (com ações) no crescimento de 4%. Eles estão no caminho certo.

  39. Afif faz parte de um governo
    Afif faz parte de um governo que passou 8 anos no poder sem dar reajuste aos funcionários públicos(fhc). Quando os empresários lucram é deles. Qualquer risco, quer dividir com o empregado. Isso é uma amostragem do que virá se Serra for presidente.OLHO VIVO MINHA GENTE ! ! !

  40. Perda de tempo, manobra
    Perda de tempo, manobra diversionista, jogar para a platéia.

    Acirramento inútil de ânimos.

    Nada do que se fizer irá minimizar a devastação a ser imposta à população.

    Por favor, surpreendam-me provando que estou errado.

  41. Na minha opinião, deve-se
    Na minha opinião, deve-se achar um meio que não repasse o ônus para o estado. Apelar para seguro-desemprego, beneficiando principalmente as grandes empresas, muitas das quais fizeram remessas grandes de capital para o exterior, a fim de socorrer suas matrizes eu não acho justo. Para quem tem uma empresa pequena, como é meu caso, o sindicato nunca fará este tipo de acordo.

  42. Tenho uma contra-proposta. Já
    Tenho uma contra-proposta. Já que o objetivo é evitar o desemprego e adotar medidas que os economistas chamam de “anticíclicas” para que a economia brasileira sofra menos com a crise, proponho aumentar a multa por demissão para 100%. Provisoriamente, é claro, como na proposta dos empresários. Até que as incertezas sejam dissipadas. Assim, os empresários pensariam duas vezes antes de demitir alguém e, mesmo que demitisse, o dinheiro do FGTS seria usado para comprar casas, montar um pequeno negócio, comprar automóveis e outros bens de consumo, movimentando, assim a economia e gerando empregos. Simples, não é? Pois é…diante de tantas opiniões e propostas estapafúrdias, eu -que não entendo nada do assunto (Economia) – também quero dar meus pitacos. Não parece lógico?

  43. Ricardo Queiroz Pinheiro,

    Na
    Ricardo Queiroz Pinheiro,

    Na minha opinião, temos que pensar no assunto com absoluta objetividade. Vem uma crise por aí. Logo. Provavelmente irá estourar em nosso colo já no primeiro semestre do ano que vem. Muita gente ficará sem emprego, e será dificílimo arranjar colocação. Muitas empresas irão fechar. A idéia da proposta, se não estou enganado, é criar uma espécie de pára-choque funcionando de ambos os lados. Dar um respiro de seis meses para que trabalhadores e empresários possam tentar se recompor, e retomar as atividadas ali adiante, quando a crise tiver passado (se é que vai passar).
    Onde é que você vê os direitos do trabalhador feridos? Eu não consigo entender. O ponto essencial é o seguinte: se o trabalhador for mesmo demitido, lá adiante, recebe TUDO a que teria direito aqui atrás. Tudo. Nem uma centavo a menos. Onde é que está a perda?
    Não podemos mais continuar raciocinando assim, ao velho estilo. A proposta é de um empresário? Poderia ser até do Reinaldo Azevedo. O que nós temos que fazer é sentar e examiná-la com cuidado, sem preconceitos.
    Qual é a alternativa? Fazermos uma passeata na porta das empresas gritando que a luta continua? Parar a Avenida Paulista? Não adianta nada, Ricardo. As demissões irão acontecer de um jeito ou de outro por um motivo muito simples – a grana vai minguar. É simples assim. O que a proposta do Afif faz é abrir uma possibilidade de que elas não aconteçam.

  44. Nassif, boa tarde.

    Gostaria
    Nassif, boa tarde.

    Gostaria de não ser leviano, mas acordo de empresário com sindicalista é feito por debaixo da mesa.
    Todo ano é a mesma coisa em reunião de acordo coletivo… Os trabalhadores fazem a pauta, o sindicalista faz aquele discurso inflamado, sobe para fazer a reunião com os patrões e desce falando baixinho, que só conseguiu 20% da pauta. E ainda volta fazendo terrorismo, dizendo que se não aceitarmos o acordo imediatamente o processo vai para a justiça… vai demorar muito… podemos perder o que já conseguimos…
    Enfim… O sindicalista recebe uma graninha para aprovar acordos trabalhistas de interesse das empresas. Só acredito em reunião de sindicato/empresa se for transmitida ao vivo pela rede Globo.

  45. Antônio Arles,

    Sua proposta
    Antônio Arles,

    Sua proposta é só uma provocação, eu sei. Mas, se me permite, vou tomá-la um pouquinho a sério, pois sei que, no fundo, você a toma um pouquinho a sério também. Vou até fazer com que ela fique um pouquinho mais radical, está bem? Eu estabeleceria a penalidade de 100 chibatadas para o empresário que demitisse em período de crise. A sua idéia, Antônio, é que, por temor ao açoite, o empresário não demitiria ninguém. Tiraria o dinheiro do colchão e continuaria pagando seus funcionários, mesmo sem estar vendendo coisa nenhuma para ninguém. A possibilidade que você talvez esteja esquecendo de considerar é a de o empresário não ter dinheiro nenhum. Aí, meu querido, tudo que ele poderá fazer é tentar fugir da polícia. Se não fugir, o bumbum vai ficar em carne viva, não tem jeito. O detalhe – e é isto que você não consegue perceber – é que o bumbum vermelho do empresário não alivia a situação de um desempregado. Você só conseguirá criar um outro problema, sem ter resolvido o anterior.

  46. Ao ler pela primeira vez esta
    Ao ler pela primeira vez esta coluna com os comentários, percebi que ainda há muita gente olhando o mundo por um funil…..o maior problema deste país é a corrupção…..na minha opinião os direitos trabalhistas devem ser reduzidos sim, mas não para que o trabalhador perca….ao invés dele custar o dobro e mais um pouco para a empresa, poderia receber um valor maior de salário e a empresa recolher uma parte para o governo, mas o governo fazer a sua parte com esse valor….o que vemos hoje é a eterna luta…de um lado os empresários querendo se manter num mercado maluco como o do Brasil, do outro os sindicalistas, que ao meu ver pouco querem saber dos funcionário, mas sim usar os sindicatos como uma escada para entrar na política e fazer parte da panela…

  47. Acho a proposta relativa.
    Acho a proposta relativa. Para pequenos empresários esta proposta pode ser boa para não perder o investimento em qualificação de mão de obra, caso tenha que demiitir e recontratar posteriormente. A crise afeta mais a capacidade de produção de pequenas empresas.
    No caso das grandes empresas, a mão de obra qualificada que tem capacidade de multiplicação fica retida e em stand-by, para posteriormente ser acionada no momento de alta de produção.
    Ou seja, quem perde menos é a grande empresa, na maioria delas multinacional.

  48. Caro João Vergílio,
    em
    Caro João Vergílio,
    em primeiro lugar, tire o acento. Meu nome é como no original latino, Antonio, sem acento. Fico revoltado quando alguém põe acento no meu nome como se eu já não tivesse um. Costumo comer os olhos de quem coloca acento no meu nome(rs). Acho que os castigos físicos propostos por você inviabilizam minha proposta. A questão que coloco é distributiva e não punitiva. O empresário que quiser – e puder – que demita. Isso serve até para eliminar “os riscos objetivos da proposta”, como colocou o Nassif. Se não tiver dinheiro para pagar a multa, que o empresário aposte no câmbio, invista em papéis podres ou esses estratagemas todos da chamada “engenharia financeira” que pode ser traduzida como jogatina ou sonegação de impostos. Não era assim que eles faziam até bem pouco tempo para aumentar seus lucros? Chegou a hora de usar essa “eficiência de gestão” toda para garantir empregos e garantir a renda dos trabalhadores. Mas chibatadas não acho legal não. O máximo que conseguiríamos é aumentar a fabricação daquelas almofadas infláveis em forma de câmara de ar que as pessoas usam quando têm hemorróidas. Pensando bem, pode ser um caminho interessante…(rs)
    Forte abraço.

    PS: desculpe por toda essa ironia. Mas é que tenho que rir para não chorar diante de tanta cara-de-pau de certos – e não todos – empresários.

  49. Ai que saudades eu tenho dos
    Ai que saudades eu tenho dos tempos em que a escravidão existia . Esse é o pensamento de muitos dos empresários e de alguns governadores de Estado. Se pudessem votariam na volta da escravidão . Para estes , é o melhor sistema . Pena que a escravidão acabou , diz esses empresários.

  50. A proposta em si não é ruim,
    A proposta em si não é ruim, mas dado o histórico do proponente – não do Afif apenas, mas do que ele representa – o ceticismo e a cautela são mais do que justificáveis.

    O tema dos “excesso de direitos trabalhistas” como disse o Marcos, não passa de uma falácia. Em tempos normais, de crescimento econômico, as empresas contratam com registro em carteira, mas basta uma queda na atividade econômica para o tema voltar à pauta.

    Poderia haver uma negociação como a proposta, mas levando em consideração alguns critérios adicionais:
    1- Apenas a partir do momento que houvesse sinais inequívocos de uma crise de grande porte e longa duração. Até agora não é isso que estamos vendo.
    2- A suspensão teria validade de 3 meses, quando, então, voltaria a ser discutida com os trabalhadores uma extensão por igual período, caso a crise permanecesse.
    3- Os direitos trabalhistas seriam intocados, para evitar demissões em massa visando futuras contratações sob novas normas em que os direitos trabalhistas seriam diminuidos.
    4 – A proposta deveria contemplar a contrapartida de participaçõa nos lucros obrigatória. Não é justo a empresa apropriar-se de todo o lucro durante a bonanza e querer compartilhar com os trabalhadores apenas os prejuizos na época das vacas magras.
    5- O pacto deve ser monitorado pelo governo, e deve prever sanções severas ao empresário que utilizar de expedientes para tirar proveito da crise, como os que você alertou em seu comentário. Sindicatos não são confiáveis hoje em dia.

    Esses e outros critérios de regulagem e controle deveriam ser discutidos amplamente antes de qualquer mudança nas normas. O empresariado brasileiro é altamente predatório, todos estamos fartos de ver empresas quebrarem mas seus donos preservarem seus patrimônios, aqui ou fora do país. Não podemos permitir que isso aconteça. O empresário tem que estar convencido que se quebrar a empresa ele quebra junto.

  51. Depois destes dados, mais do
    Depois destes dados, mais do que nunca é necessário aguardar os sinais inequívocos da crise que mencionei no comentário anterior.

    UOL
    Desemprego atinge menor taxa em dez anos, diz pesquisa
    (Texto atualizado às 11p0)

    A taxa de desemprego caiu de 13,4% em outubro para 13% em novembro, percentual mais baixo desde janeiro de 1998. Em novembro do ano passado, o índice marcou 14,6%.

    Os dados são de pesquisa da Fundação Seade e do Dieese (Departamento Intersindical de Pesquisas Socioeconômicas) divulgada nesta segunda-feira.

    Previsão de inflação em 2008 se aproxima do teto da meta
    Para 2009, Banco Central prevê inflação de 4,7%
    BC aumenta para 5,6% previsão de alta do PIB em 2008
    Lula: indústria de defesa no Brasil está desmontada

    Em todas as seis regiões pesquisadas houve queda de outubro para novembro, com destaque para Belo Horizonte (de 9% para 8,3%), Porto Alegre (10,6% para 10,2%) e Recife (18,9% para 18,2%).

    Na região metropolitana de São Paulo, a taxa teve uma leve queda, de 12,5% para 12,3%, ficando no menor patamar desde fevereiro de 1995. Se considerados apenas meses de novembro, o desemprego na cidade e arredores é o mais baixo desde 1992.

    Foram criadas 33 mil vagas na região de São Paulo em novembro, enquanto entraram no mercado de trabalho apenas 13 mil pessoas. O resultado foi uma saída de 20 mil trabalhadores da condição de desempregados.

    A pesquisa de desemprego da Fundação Seade e do Dieese é realizada nas regiões metropolitanas de Distrito Federal, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo.

  52. O lucro da Vale em 2008 deve
    O lucro da Vale em 2008 deve ficar próximo de 30 bilhões de dólares. Os bancos vem batendo recorde nos seus lucros nos últimos 5 anos, pelo menos. A maioria das empresas brasileiras tem acumulado lucros. O setor automobilístico experimentou crescimento expressivo nos últimos anos. O crescimento de produção e vendas das montadoras no período de 2007 e 2008 deve ser superior a 50% sobre 2006. E o Afif, o Nassif e outors ifs querem que o governo pague a conta de uma desaceleração diante da imensa crise mundial? Sim, desaceleração. É o que estamos assistindo, mesmo diante de um grande desastre na economia mundial. Esse governo que, contra tudo e contra todos, termina o seu sexto ano trazendo a dívida pública de 65% para cerca de 36% do PIB, com crescimento de cerca de 6% este ano, com recorde de desemprego, recorde de vendas em todos os setores, um belo trabalho realizado no ensino superior, fim de 90% nos buracos nas estradas (não se vê mais reportagens sobre isso), enfim, pra terminar, 30 milhões de brasileiros deixando o nível da miséria, esse governo é convidado a pagar a conta, enquanto os empresários que lucraram muiiiiiiito nos últimos anos vão passar férias em Paris ou New York? É essa sua proposta, NAFIF? Lhe proponho um exercício de ficção: Fosse o Aécio Neves, o queridinho da imprensa, o presidente do Brasil, no final de seu sexto ano, com todos os resultados: Como ele seria tratado? Mago? Gênio? o Einstein da administração? Santo? Deus????
    Bom Natal caro Nassif…

  53. Nassif, você parece
    Nassif, você parece ingênuo… E quanto aos trabalhadores que não tem sindicatos bem organizados para se defenderem? Sem uma resposta clara a esta questão, a proposta é inaceitável. Esse laissez-faire num dos mercados de trabalho mais injustos do mundo, o brasileiro, nada mais é que tentar aproveitar a crise para emplacar mais retiradas de direitos… Acho que você não é ingênuo…

    Sou o que, então?

  54. Antonio

    Desculpe-me, antes
    Antonio

    Desculpe-me, antes de mais nada, pelo circunflexo intrusivo.

    Quanto à proposta, creio que ela é neutra do ponto de vista distributivo. Ela dá seis meses de fôlego às empresas, só isso. O dinheiro da rescisão continua sendo pago, se for o caso. Esse é o ponto.
    Para evitar maracutaia, há mil expedientes. Aumentar a multa rescisória, por exemplo. Ou proibir o uso do mecanismo mais de uma vez com o mesmo funcionário dentro de um período de tempo. E por aí vai. A idéia central é boa.

    Abraço

  55. não sou economista, sou uma
    não sou economista, sou uma pessoa comum que está assistindo a avalanche de gentes comprando e comprando (as filas nos caixas estão grandes)….

    Os empresários e comerciários estão usando abusando de uma crise norte americana, que não chegou aqui, definitivamente, para aumentar preço de tudo, alèm de mandar os seus funcionários embora para contratar mão de obra barata.

    E, se, por ignorânicia a minha avaliação estiver errada, estou com o post do FLIC, logo abaio…. os empresários poderiam diminuir os preços para diminuir o prejuizo DA CRISE DA ONÇA…

  56. Também fiquei decepcionado
    Também fiquei decepcionado contigo Nassif.
    Penso que o Kupfer está correto.

    As grandes empresas e as transnacionais – que aliás fizeram gigantescas remessas de lucros em 2008 aproveitando o câmbio hipervalorizado – precisam é se adaptar a outro modelo…

    Esta proposta Afif-Serra é a cara do modelo moribundo… tem é de se livrar do modelo e tascar o pau na máquina.

    É autoflagelo econômico assistir o capital e eventualmente até o Estado tentarem resolver problemas provisórios de fluxo de caixa das empresas / queda provisória da demanda “flexibilizando” a CLT, isto é, na base do corte de empregos/massa salarial.

    Quem é que não sabe afinal, que a saída da crise é exatamente preservar os empregos e garantir aumento da massa salarial, fortalecendo o mercado interno?

  57. Não é espantoso que os
    Não é espantoso que os primeiros a pular fora do barco do dogmatismo neoliberal sejam os próprios “cabeças de planilha”, como você os chama, Nassif?

    Pois não seriam as expectativas racionais dos tais agentes econômicos suficientemente racionais para não darem um tiro no próprio pé ao desbaratar as próprias operações?

    E é essa a racionalidade exigida do indivíduo, às vezes pelo dedo em riste de empresários, de políticos, exigindo que aumente a própria “empregabilidade” em entrevistas, reportagens, editoriais e discursos políticos?

    Esta proposta está na contra-mão de tudo o que está acontecendo no mundo neste momento.

    Em uma crise gestada na liberalização e desregulamentação das finanças, deveria ser claro que mais uma forma de liberar as corporações de obrigações e responsabilidades só traria mais problemas.

    O tempo da “agilidade” do capital “eficiente” que traz o “resultado ótimo” foi-se, junto com praticamente todos os bancos de investimento.

    Entre a promessa do pirlimpimpim macroeconômico e as garantias trabalhistas, acredito que o somos mais bem servidos com o FGTS, o aviso prévio.

    … a bem da verdade, esta proposta vai contra também o que está acontecendo hoje no Brasil mesmo, que aliás, da última vez que verifiquei, também faz parte do mundo:

    “Desemprego no Brasil cai ao menor nível em 10 anos” ou algo assim:

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u482304.shtml

  58. Nassif,
    Já que vc está
    Nassif,
    Já que vc está falando em riscos objetivos, acredito que o principal é a chance de se mostrar ineficaz. A saída da crise virá com a retomada da confiança. Este é um assunto exaustivamente debatido aqui mesmo.
    Ocorre que uma proposta como esta não resgatará a confiança, especialmente dos consumidores. Ao contrário. O sujeito que perde o emprego, tenderá a restringir ainda mais os seus gastos. É a boa e velha propensão marginal a consumir em ação.

    O Dani Rodrik publicou uma proposta interessante: benefício fiscal em troca de garantia de empregos.

    http://rodrik.typepad.com/dani_rodriks_weblog/2008/12/a-proposal-employment-linked-tax-incentives-1.html

    Evidente que a situação lá é muito mais grave. Mas o pano de fundo é o mesmo. Retomar a confiança.

  59. O pessoal aqui acha que
    O pessoal aqui acha que empresário é do mal e merece arcar com todos os custos da crise. Do mal é quem cobra juros muito alto, sacrificando o povo.

  60. Na verdade o que espero de um
    Na verdade o que espero de um governo trabalhista em um período de crise é algo como dobrar a multa sobre o FGTS em caso de demissão, aumento do tempo de pgto do seguro desemprego, redução da jornada de trabalho para 36 hrs/semana sem redução do salário. E tudo isso sem nóia porque “provisório”… só por uns 12 meses.

    Aí inverte o jogo.

    O capital que vá procurar os sindicatos para propor e negociar alternativas neste período de restrição de demanda… não precisa pagar os custos da redução da jornada imediatamente por ex… pode começar a pagar daqui a 6 meses.

  61. Nassif, esta proposta é um
    Nassif, esta proposta é um absurdo. Apesar da mediação dos sindicatos, há um risco muito mais elevado em sua implementação, o de que os direitos sejam revogados em definitivo sem que os empregos sejam garantidos. Há tempos as empresas defendem a supressão dos direitos como forma de se elevar ou garantir o nível dos empregos. O problema é que em vários países em que tais políticas foram implementadas, isto não se verificou. Vide a Argentina da década passada. Após o sucesso inicial do plano Cavallo, verificou-se que o emprego não se elevara. Segundo a interpretação dos policy makers, a queda do emprego, apesar do contexto favorável, se devia à existência de uma série de legislações que tornavam os salários reais rígidos à queda. Em 1993, a legislação trabalhista passou por uma reforma a fim de flexibiliza-la. Instituiram contratos de trabalho mais flexíveis (várias modalidades de contratos temporários) e com direitos reduzidos. Nos anos seguintes, o emprego caiu de forma vertiginosa e com piora das condições de vida dos trabalhadores. Só se beneficiaram os trabalhadores com níveis de escolaridade maiores. Mediante o insucesso das medidas, entre 1998 e 2002, a reforma trabalhista argentina foi completamente revogada.

    A Argentina sequer é um caso isolado. Desde a década de oitenta, vários países passaram por reformas semelhantes. O caso inglês foi um marco ao flexibilizar as leis trabalhistas e conseguir elevar o emprego durante a era Tatcher. Nos demais países que seguiram a proposta de flexibilização, seja na Europa ou nos países latino americanos, nenhum teve o mesmo sucesso em elevar o emprego. Contudo, mesmo na Inglaterra, o que se verificou foi uma piora incondicional das condições de vida dos trabalhadores.

    Diante destes fatos e do atual contexto, a proposta Afif é, ao meu ver, anacrônica e parcial. Anacrônica porque recorre à velhas soluções em um contexto que exige novas idéias. E parcial porque aceita em demasia os anseios do empresariado, ávidos por reduzir seus custos de produção. No meu entendimento, uma proposta para superar a conjuntura desfavorável passaria por uma ação integrada entre as pastas responsáveis pelo emprego, pelo planejamento, pela fazenda, pela indústria e comércio e, por fim, pela agricultura a fim de sustentar a demanda efetiva. Por outro lado, deveria haver um esforço maior do governo para sustentar o crédito na economia. Assim, tanto as expectativas de demanda quanto a preferência pela liquidez poderiam ser normalizadas, estabelecendo condições para que o crescimento da economia possa se manter acelerado.

  62. O interessante é que quem
    O interessante é que quem puxa a proporsta de flexibilizaçãoé o “CEO” da Vale pirateada, quero dizer, privatizada. Parece que a Vel deixou de ser eficiente nas mãos privadas. Qual o fundamento de se privatizar uma das duas maiores empresas do país, sempre lucrativa, se é pra demitir milhares de trabalhadores quando o discurso da direita à esquerda é ‘gerar empregos’? Dá muita raiva dos privatizadores.
    De resto, é luta de classes “no chão da fábrica”, o resto é conversa. Mesmo que a crise seja até agora fantasia do PIG, a burguesia usa mesmo uam crise simulada pra tentar cortar direitos trabalhistas. Começa-se assim. Comendo pelas bordas.

    Nassif, além dos comentários mais recentes virem no topo para ficar melhor, também concordo com o leitor que disse que os textos estão largos demais. Também acho que mais estreitos etalvez em fonte um pouco menor ficam melhor para leitura.

  63. Vamos deixar claro o dinheiro
    Vamos deixar claro o dinheiro do F A T não é do Governo e sim dos Trabalhores , as Centrais vão ser contra a essa Proposta de discursão porque sempre acharam que o F A T é deles para fazer a grandes qualificação profissionais que não coloca ninguem no mercado de trabalho que tem um monte de fantasma e vamos mais longe os grandes centro de atendimentos ao trabalhador que serve de cabide de emprego para seus cabos eleitorais .São contra mais cadê as suas propostas , redução de jornada de trabalho , bandeira esta que foi abandonada a anos , tirar do empresario os seus lucro obtidos utopia . eu gostaria de ver |Proposta de quem é Contra a Unica que existe até o momento.

  64. Na verdade, o álibi da
    Na verdade, o álibi da flexibilização trabalhista está escamoteada no processo politico de enfraquecimento do governo LULA e com isso ajudar o crescimento da candidatura SERRA.
    Utiliza-se da crise, para imprimir uma jogada politica.
    LULA CUIDADO COM O SERRA E SEUS PESSOAL…

  65. A proposta se resume ao
    A proposta se resume ao seguinte: durante três meses os salários dos trabalhadores suspensos serão pagos pelo Estado. As empresas se eximem de pagar salários e também não têm os custos de demissões. O trabalhador, aparentemente, não perde, ganha: fica em casa recebendo sem trabalhar. O Estado arca com o ônus da folha do seguro desemprego inflacionada. Dúvidas: 1) O seguro desemprego terá o mesmo valor do último salário? 2) Se o trabalhador conseguir outro emprego terá de pedir demissão (e abrir mão da indenização)? 3) Depois de três meses, a situação não melhorando, as empresas terão caixa para bancar as demissões ou vão pedir prorrogação ou isensão? A proposta é claramente uma proposta empresarial, ou seja, que beneficia o capital.

  66. O acordo que o Afir e o
    O acordo que o Afir e o Agnelli estão propondo é bem simples: os empresários entram com a guilhotina e os trabalhadores entram com a cabeça…

    Esses empresários são tão burros que nem percebem que se demitirem funcionários, reduzirem salários, etc, estarão contribuindo para aprofundar a crise, pois é claro que ao ganhar menos, os trabalhadores irão consumir menos e, com isso, as vendas no comércio cairão, as empresas produzirão menos e isso irá gerar mais demissões… e o círculo vicioso continuará sabe-se lá até quando.

    O que precisamos, agora, é de mais investimentos, de mais salários, e não de menos.

  67. Proposta válida, porém fora
    Proposta válida, porém fora de hora. Há muitas outras que poderiam entrar em pauta. É como ter um automóvel ainda novo que começa a apresentar problemas mecânicos e resolve-se encostá-lo na garagem e comprar um zero. Na minha visão, as propostas devem ser de cunho participativo, e não defensivo.

  68. Nassif,

    É o seguinte meu
    Nassif,

    É o seguinte meu amigo. Isso é puro oportunismo para se tirar proveitos das leis trabalhistas visando única e exclusivamente o lucro.

    E não digo isso por preconceito, não. Isso é visível na empresa em que trabalho.

    Creio que para se falar em reforma trabalhista, tem-se que antes efetivar a reforma tributária. Essa, o tal do Serrágio não quer nem ouvir falar.

    A estratégia aí é bastante simples: o governo não abre mão de nada, muito menos os pançudos empresários nacionais. Estamos falando dos grandes, não dos pequenos que não possuem representavidade nenhuma. Então qual a solução proposta? Vamos arrancar a martelada com MP aquilo que a reforma trabalhista não faz avançar.

    Ou seja, querer jogar nas costas dos assalariados mais essa conta da crise. Às favas com a hipocrisia demo-tucana. Por que demo-tucana? Porque tá na cara que essas hipocrisias só pode sair desse puleiro.

    Retirar direitos alegando risco de emprego é o mesmo que alegar legítima defesa em extermínio em massa.

    Sinceramente. É muita peroba dessa corja

  69. Caramba Nassif, como é que
    Caramba Nassif, como é que nínguém nesse mundo entende que a empresa não tem a obrigação de manter todo mundo em período de crise?

    Que país de esquerda fanática é esse em que quase todo mundo acha que é obrigação da empresa usar os lucros passados pra manter os funcionários agora?

  70. Prezado jornalista Luis
    Prezado jornalista Luis Nassif
    Permita-me discordar seriamente dessa arapuca.

    1) Nem todos os sindicatos têm força. Aliás, a maioria não tem. Ainda mais depois que o PT virou partido “normal”, que não atua fortemente nas lutas populares. Uma proposta dessas seria um verdadeiro massacre social para a maioria das categorias profissionais.

    2) Qualquer redução de direitos ou ganhos de trabalhadores resultará numa diminuição do consumo. E isto é totalmente indesejável nesse momento. Ao contrário, precisamos estimular o consumo.

    3) O neoliberalismo derreteu junto com Wall Street. Essas propostas de surrupiar direitos dos trabalhadores já foram moda no século passado. Foi assim que a concentração de renda aumentou violentamente no Brasil.
    Será que Afif e Agnelli estão com saudades dos tempos da ditadura?

    Conclusão: propostas desse naipe só poderia vir dos Senhor Afif Demo. E do Senhor Roger Agnelli, que pensa que é o dono da Vale do Rio Doce, mas é só um funcionariozinho.

    Contraproposta:

    1) manter os direitos trabalhistas e aumentar a participação dos trabalhadores nos lucros das empresas, retroativos aos últimos dois anos, para estimular o consumo.

    2) redução da jornada de trabalho SEM redução de salário, para reduzir o desemprego e aumentar o consumo.

    3) pesadas multas para as empresas que demitirem. O valor das multas será revertido em crédito para pessoas de baixa renda para compra de casa própria, estimulando a construção civil.

  71. Contra-proposta…continuação
    Contra-proposta…continuação:

    4) reverter parte dos lucros da empresa na melhoria da educação e qualidade de vida dos funcionários.

    5) redução da margem de lucro para manutenção dos empregos e da própria empresa.

    6) criação de bancos populares estaduais para injeção direta de capital de giro a pequenas e médias empresas.

    abraços

  72. No Brasil atividade de risco
    No Brasil atividade de risco não é empreender é ser empregado…

    Até as incertezas são transferidas.

    Agora, quando tudo vai bem… é preciso muito esforço para arrancar uns trocados…

    Tá certo…

  73. chuif… comentário
    chuif… comentário barrado… mas tudo bem, eu escrevi basicamente a mesma coisa que metade dos outros comentaristas.

    Só me resta a dúvida: eu escrevi palavrão, ou ainda estou pagando o comentário que eu fiz há uns meses, de que deveria haver um GPS com a voz do Maluf, que exaltasse as obras que ele construiu e mudasse o nome de algumas, como “complexo viário minha mãe”?

  74. Esse assunto de
    Esse assunto de flexibilização das leis trabalhistas é o mair golpe que se quer dar no trabalhador. A proposta de suspender o contrato de trabalho do empregado por um determinado tempo, no qual ele passaria a receber seguro desemprego, a pergunta que não quer calar, o trabalhador que ganha por exemplo R$ 1.500,00 mês, quanto vai receber de seguro desemprego? Este valor vai pagar as contas que o Lula mandou fazer, comprem!! financiem!! etc.
    Por acaso, os empresários também vão assumir compromissos como, não viajar para a Europa, trocar de carro importado, dar um carro para o filho(a) que foi aprovado no vestibular de USP, Unicamp?
    Vamos deixar de balela, a realidade é simples como dois mais dois são quatro, não cinco como canta Caetano Veloso, quando as coisas ficam ruins para o empresa, a primeira coisa que o empresário brasileiro faz, e passar a não recolher impostos, descapitalizar a empresa, passar tudo para o caixa 2, mandar os empregados embora e o que sobrou comam como brioches.

  75. Nassif, talvez você seja
    Nassif, talvez você seja apenas descuidado ou talvez não tenha muita solidariedade com a parte mais fraca do mercado de trabalho… Mas a verdade é que você preferiu ignorar a questão sobre os trabalhadores menos organizados, que são a maioria da força de trabalho no Brasil… Um esquecimento talvez conveniente… Mas renovo a pergunta:
    COMO OS TRABALHADORES QUE NÃO TEM SINDICATOS BEM ORGANIZADOS E SEM O DEVIDO AMPARO LEGAL PODEM NEGOCIAR COM OS SEUS PATRÕES ALGUMA CHANCE DE SUCESSO?

    Mauro, trabalhadores sem sindicatos pertencem à parte fraca da economia. Em geral não dispõe sequer de contratos de trabalaho. São trabalhadores de pequenas empresas ou de regiões mais atrasadas. Para eles, a proteção da leil. Para os setores organizados, a possibilidade de negociação.

  76. COMO OS TRABALHADORES QUE NÃO
    COMO OS TRABALHADORES QUE NÃO TEM SINDICATOS BEM ORGANIZADOS E SEM O DEVIDO AMPARO LEGAL PODEM NEGOCIAR COM OS SEUS PATRÕES COM ALGUMA CHANCE DE SUCESSO?

    Claro que não. Nesse caso o acordo não seria homologado, presumo.

  77. Nassif, acredito que a
    Nassif, acredito que a proposta ficaria menos intolerável se pudéssemos separar as categorias mais organizadas, com sindicatos fortes, das categorias e setores menos organizados, completamente distantes da proteção sindical. Para as categorias mais organizadas poderia se conceder a possibilidade de negociação e para as menos organizadas a proteção legal. Mas o problema é o seguinte. Como determinar quais as categoria mais e as menos organizadas?

  78. 1-Não existe possibilidade de
    1-Não existe possibilidade de um acordo sem que estejam
    sentados na mesma mesa Trabalhadores/Empresários/Governo.-
    2-Um Presidente com mais de 70% de aprovação popular
    e com sólida formação sindical e que ainda gosta de dar palpite até em
    escalação de time de futebol.-
    3-Será que não há sugestão mais prática do que pedir
    para o povo sair gastando?

  79. Nassi,

    O papel do Governo é
    Nassi,

    O papel do Governo é proteger o emprego e diminuir a insegurança. Colocar na mesa de negociação os direitos dos trabalhadores, num pais onde o desemprego tá na faixa dos 13%, não é uma boa. Achei a proposta do Tiago interessante. Que tal uma redução, de forma temporária, dos impostos referentes ao emprego, em contra partida compromisso de não demissão por parte das empresas?

  80. Nassif,

    Não podemos crer que
    Nassif,

    Não podemos crer que o abismo de desigualdades de dimensões continentais, existente em nosso país vá ser resolvido do dia para a noite, com soluções self-service.

    Reformas estruturais são necessárias e numa democracia, onde o radicalismo que fere os direitos individuais representa um passo atrás.

    Isso demora a ser feito, mas acima de tudo as pretensas soluções neo-liberais demos-tucanas não podem ser uma opção, pois que são eles mesmos os legítimos representantes das oligarquias e seus desejos mesquinhos e egoístas.

    Na área econômica o governo do PSDB nos deixou uma herança maldita de empresas privatizadas cujo dinheiro ninguém sabe onde foi parar, os juros de que tanto eles mesmos reclamam eram até mais altos, o endividamento público e privado altíssimos e uma moeda maquiada de forte, mas sem lastro efetivo o que sem planejamento em longo prazo demonstraria toda sua podridão, porém, isso só aconteceria depois de pilhado todo o patrimônio Estatal por meio das privatizações.

    Agora, querer importar uma crise que não é nossa, diariamente, de forma ininterrupta, com mensagens midiáticas para se produzir pânico e esfacelar a mecânica da nossa economia para propor soluções também importadas e que não se adequam à nossa realidade é pura imoralidade.

    Nassif, não é possível aventar quaisquer possibilidades de negociação racional no clima de incertezas prevalescentes. Você há de concordar. Eles não são ingênuos, muito menos você ou qualquer de seus leitores que se pautam por boas informações.

    abraços

  81. Caro Nassif,

    James Risen: O
    Caro Nassif,

    James Risen: O Futuro de Obama.
    (Uma entrevista que todo jornalista deveria ver, auto analise crítica assim, são poucos na mídia.)

    E o Lula ainda não disse a que veio nessa crise

    Tal qual a “Proposta do Afif”, não tem originalidade nenhuma, é outro retrovisor do que os neocons discuti lá, imagem e semelhança do império, e os neocons daqui adapta e põe no mercado como balão de ensaio, na maioria das vezes cola.

    http://blogln.ning.com/profiles/blogs/james-risen-o-futuro-de-obama

    Sds,

  82. Nassif,

    Na prática, a
    Nassif,

    Na prática, a proposta acarretará o seguinte:
    – Economia de despesas para os empresários, que deixariam de arcar com verbas rescisórias;

    – Aumento de despesas para o governo, em função do incremento no número de parcelas máximas de seguro desemprego (passaria de 5 para 10), além do aumento do número de concessões, em função da criação de mais um fato gerador para a concessão do benefício;

    – Risco de coação para que o trabalhador aceite a suspensão contratual, fato que já ocorre dentro das regras atuais, (ex. PROCESSO TRT/SP Nº 00829.2001.461.02.00-3 – 4ª TURMA, disponível na internet);

    – Risco para o trabalhador de que as suspensões contratuais virem rotinas, sob constantes argumentos de crises (gerais ou setoriais);

    – Risco de que as empresas incluam na suspensão temporária mais trabalhadores que o necessário para enfrentar um crise;

    – Perdas financeiras para os trabalhadores. Que contarem com pelo menos dois anos de emprego, conforme os cálculos a seguir:

    a)Salário base: 685,06
    b)Verbas Rescisórias: 2.361,94
    c)Saldo FGTS: 1.370,12 +188,96(verbas resc.)
    d)Multa: 548,05 + 75,58(verbas resc.)
    e)Seguro Desemprego: 548,05
    f)Parcelas a receber: 2.740,24
    g)Total: (b+d+f) = 5.725,81
    f) Proposta Afif: 10 x 548,05 (seg. des.) = R$ 5.480,48
    h) Prejuízo = 245,33

    Obs: De acordo com o Anuário dos trabalhadores, o tempo de permanência médio no emprego, dos assalariados nas Regiões Metropolitanas e no DF é de 69 meses.

  83. Também tenho propostas:

    Para
    Também tenho propostas:

    Para empresas privadas

    – rendimentos de acionistas e proprietários (juros sobre o capital, bonificações etc) reaplicados integralmente

    – presidentes, diretores, conselheiros e demais altos executivos: retirada mensal simbólica de R$ 1,00. O restante (inclusive valores correspondentes a benefícios indiretos e mordomias) aplicado na empresa na forma de investimento (via compra de ações etc.)

    – demais funcionários transformados em acionistas (vide sistema existente na Promon e em outras empresas com política semelhante) que aplicariam na empresa suas sobras de caixa e, ao mesmo tempo, teriam maior motivação para trabalhar.

    Para setor público, estatal e paraestatal

    Presidente e ministros – salário simbólico de R$ 1,00. Como dispõem de outros benefícios como residência etc., o valor relativo a salários não faria falta.

    governadores e seus secretários – idem

    prefeitos e seus secretários – idem

    senadores, deputados e vereadores – salário também simbólico de R$ 1,00. Dispõem de outros benefícios como residência etc., o valor relativo a salários também não faria falta.

    – presidentes, diretores, conselheiros e demais altos executivos de empresas públicas e assemelhadas: retirada mensal simbólica de R$ 1,00.

    Membros do Judiciário (juízes, promotores etc) com ganhos totais (incluindo mordomias) superiores a R$ 5.000,00 – retirada simbólica também de R$ 1,00

    Demais funcionários dos três poderes (em todos os níveis e tipos de atividade) – retirada mensal limitada a R$ 5.000,00

    Os valores não retirados seria aplicado em um fundo de investimento para financiar obras e atividades produtivas e renderia o mesmo que a caderneta de poupança.

    Duvido que receberia apoio!

  84. Creio que no capitalismo não
    Creio que no capitalismo não cabe outra solução,não tem mercado demiisão, se a queda é temporária é necessário segurar a mão-de-obra, pois pode faltar no processo de recuperação.

    A escolha não está entre a função social dos empresários ou não.
    A escolha esta entre manter os altos lucros do setor financeiro com os juros da dívida pública ou manter o ritmo de crescimento do mercado interno reduzindo os juros da dívida pública para permitir uma ação anti-cíclica do estado no Brasil.

    Com juros sendo reduzido a 0,25% a cada 45 dias ou 1% nominal a cada 6 meses, não haverá recuperação de mercado nenhum no Brasil, e sim aumento da dívida pública em função da queda de arrecadação de impostos e taxas e do auemnto do desemprego.

    O fato é que a atual crise demonstrando que os exageros do mercado precisam ser corrigidas por uma ação do estado.
    Foi justamente o que o COPOM deixou de fazer ao longo de 2008, quando o incentivou o mercado a derrubar o dólar para R$ 1,55.

    Por várias vezes foi alertado que uma forte queda do dólar iria provocar uma forte correção no momento seguinte, colocando em risco o controlte da inflação no Brasil.

    Antes de qualquer coisa no Brasil, precisamos corrigir a Política Monetária, e a atual crise financeira internacional exige uma correção brusca na Política Monetária, ou profunda recessão que faça o que o COPOM não quer fazer, para manter os enormes lucros do setor financeiro com a rolagem da dívida pública, principalmente agora que se anuncia uma forte retração do crédito no Brasil.

  85. “Quem considerar inaceitável,
    “Quem considerar inaceitável, não aceite.”

    Acho muito descompromissada tal afirmação.

    Todos sabemos que muitos sindicatos são operados por paus-mandados de patrões.

    É muito simples agir como Pilatos, deixando pessoas deliberadamente ou por omissão, a tal risco.

    A vida com seus custos, para os trabalhadores, não vai aliviar por estarem eles desempregados por causa da crise…

  86. O que fica claro com estas
    O que fica claro com estas propostas de redução de direitos é que, na cabeça de MUITOS empresários, direitos trabalhistas estão sobrando, e sempre estarão. É como espinha de peixe atravessada na garganta – não tem como eles esquecerem. É só lembrar da tragédia que seria a aprovação da emenda 3, no início do ano, uma verdadeira bomba de neutrons detonando a CLT. Qualquer coisa que sejam obrigados a fazer e que esteja fora da esfera da absoluta necessidade acaba classificada como luxo / desperdício / prejuízo. Sei que há muito funcionário mau-caráter, até por experiência própria, que “força a barra” para “se dar bem” em cima de falhas dos patrões, mas mandar o rebanho para Auschwtiz para acabar com o berne é má-fé. Cíclica e recorrente, diga-se de passagem.

  87. depois que li esse comentário
    depois que li esse comentário na folha, mesmo sem ter lido o primeiro, busquei uma resposta possível. Acho que essa resposta, por mais que nos debrucemos sobre as questões trabalhistas e as circunstâncias do momento, deverá ser buscada na nossa história de desigualdades sociais. Isto é, fundamentalmente, na falta de confiança que os trabalhadores tem dos empresários, da chamada elite cruel, denominação do mino carta. Dessa desconfinça/crueldade, talvez a dificuldade da formação de um verdadeiro pacto social, que é uma luta do governo lula e que deveria ser de todos.. Acreditar nesses senhores conservadores é bastante difícil. Simplesmente porque ele sempre mamaram nas tetas do governo e essa sugestão deles poderia ser mais uma dessas mamatas: o empresário retira seus custos e faz o governo (o povo) pagar (seguro desemprego…Essa desconfiança é então a chave do problema. E confiança se adquire na prática, com ações, no diálogo…

  88. O fato é que o erro na
    O fato é que o erro na condução da Polítca Monetária e não a crise internacional está provocando está situação.

    Caso o COPOM tivesse reduzido os juros da selic e controlado o crescimento do crédito com o aumento do compulsório e o do IOF, não estaríamos nesta situação. muito pelo contrário.

    Persisitir na atual Política Monetária de juros da Selic extremamente elevados ao llongo de 2009, não iremos lamentar as oportunidades perdidas, mas sentir as dores do inferno do desemprego e da recessão.

    Uma grande redução dos juros agora, com certeza não irá mudar a queda da atividade econômica no primeiro semestre de 2009, mas permitirá ao Governo do Presidente aumentar os investimentos a protenção social para iniciarmos a recuperação no segundo semestre de 2009.

    Os EUA reduziram os juros em 5% nos últimos doze meses, a europa já reduziu os juros em 2%, e apesar disso não estão conseguindo evitar a recessão, o longo período de crescimento econômico, que os membros do COPOM alegam como causa de não haver necessidade de reduzir os juros da selic no Brasil, de nada adinatou para a Europa, Eua e para a China.

  89. Creio que as demissões estão
    Creio que as demissões estão ocorrendo não pela queda da atividade econõmica no Brasil, ainda é muito cedo para este tipo de reação.

    O que ocorre e que olhando´para o futuro e para a atual condução da Política Monetário de juros extremamentes elevados, nada indica que pode haver algum tipo de recuperação na economia brasileira.

    O FEd e Tesouro america não estão conseguindo segurar o titmo de atividade, e agora a Chian da sinais claros que também não conseguirá manter o ritmo da atividade econômica anterior a quebra de uma importante instituição financeira americana, principalmente em função dos recursos de que dispõe as Autoridades Monetária nos eUA, Europa,Japão, China estçao se esgotando.

    E aqui no Brasil onde em tese haveria um grande espaço para a Política Monetária e Fiscal, em função do grande ajuste realizado pelo Governo do Presidente Lua, mas o COPOM dá fortes sinais de que irá preferir manter os ganhos do setor financeiro, mandando o resto da sociedade para o inferno do desemprego e da recessão.

  90. Além do seguro-desemprego, há
    Além do seguro-desemprego, há pagamento adicional durante o período de suspensão do contrato de trabalho?

    Se não houver, a empresa apenas adiará a indenização. Ou, ainda, apenas deixará de arcar com tal custo na hipótese de ser necessária a contratação meses depois.

    Assim como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) defende, em nome da crise, a postergação do recolhimento de tributos e reivindica mais linhas de crédito, alguns representantes do comércio, também em nome da crise, parecem querer instituir a base móvel de mão-de-obra.

    O argumento de que sindicatos podem se opor não é razoável, dada a fragilidade, em regra, das entidades ante o poder patronal. Não fosse assim, não teríamos tantos trabalhadores na informalidade, eufemismo para a ilegalidade.

  91. Vcs notem como sao nossos
    Vcs notem como sao nossos empresarios e industriais principalmente a FIESP ha quantos anos (desde o segundo ano do atual governo) esse segimento vem tendo lucros fantasticos um ano apos outro…ate mesmo comitivas de industrais vem acompanhando o presidente em sua visita a dezenas de paises viabilizando negocios e fechando acordos em todos os ramos de atividades.

    Mas como a crise teve origem nos bilhoes de dolares gastos pelo sr Bush em uma guerra sem pé nem cabeça..(admitido pelo proprio.. pois nao se encontrou nenhuma arma quimica no iraque e nem no afeganistao) …logo consequentemente estourou a maquiagem de algumas empresas americanas que originou o rastilho de polvora que todos nos acompanhamos atraves da imprensa somado com as eleiçoes americanas , onde o atual vencedor ja declarou que tudo vai retornar a normalidade dentro de tres meses apos sua posse.

    Mas nossos empresarios nunca gostaram de dividir , nunca gostaram de promover nada, salvo seus lucros fabulosos e espetacuares.

    nossos empresarios e industrias (FIESP) sempre foram assim , isso nao e nenhuma novidade.

    desde o plano cruzado (Sarney) a poderosa FIESP ate emsmo promoveu o boicote de varios produtos nos supermercados visando a alteraçao de alguns para ganhar mais e mais e mais…..só nao lembro se tbm promoveram demissoes ..isso realmente nao lembro .

    os sindicatos por sua vez caminahm a passos de cagado ..ja deveriam estar promovendo ha tempos a reduçao da jornada de trabalho…se ja estivessem trabalhando a pulso junto ao congresso…isso ja teria sido aprovado.

    hj muitos trabalhadores mesmo com a (suposta) crise …estariam em maior numero contratados…a distribuiçao de renda masi equitativa…e a poderosa vale do rio doce nao estaria barganhando moeda de troca com o governo federal em detrimento de um arranjo administrativo tomado por eles.

    tudo isso e lamentavel…isso e ruim pra todos os lados…empresarios, industrias e trabalhadores…em pleno mes de dezembro as pessoas ja ficam preocupadas no que pode acontecer nos meses de janeiro/fev/março/2009…que nem começou.

  92. É sempre assim, quando as
    É sempre assim, quando as grandes empresas faturam milhoes de dolares ou ate bilões o povo brasileiro não fica com nem uma fatia do lucro, mas quando a crise pega nos temos que pagar a conta. Um absurto!

  93. Esta proposta me cheira a
    Esta proposta me cheira a mineirice (eu também sou mineiro) pois dá com uma mão, a esquerda, e deixa preparada a outra para pegar tudo.
    Certo está que há uma pequena vantagem para o trabalhador, mas esta vantagem poderá resultar numa grande perda no futuro onde os direitos trabalhistas duramente conquistados sejam considerados peças arcaicas possíveis de ser eliminadas.

  94. L. Nassif,

    Feliz Natal para
    L. Nassif,

    Feliz Natal para você, sua família e aos nossos amigos leitores.
    Grato pela oportunidade de fazer parte de um dos melhores blogs do país.

    Abraços ,
    Fernando César

    ps: concordo com a opinião do sr. Divaldo, mineirinho sagaz!

  95. Pelo que lí no Valor de 23/12
    Pelo que lí no Valor de 23/12 (Para BC, crise pode levar inflação à meta
    Alex Ribeiro, de Brasília), a crise veio para ajudar o BC cumprir sua meta de inflação.

    Se o BC com sua política de juros, impede o ministério da fazenda fazer uma política fiscal, no fundo o governo está batendo cabeça e o país não sairá rapidamente da crise.

    A posposta AFIF, do jeito que está joga o peso da crise nas costas dos trabalhadores. Não venha com essa que os sindicatos combaterão abusos. A maioria dos trabalhadores não tem sindicatos fortes, muitos são controlados pelos empregadores. E mesmo setores com sindicatos “fortes” , como os bancários, há muitos abusos por parte dos empregadores e quando o sindicato é acionado, nada acontece (já fui bancário e sei como isso funciona).

    O país poderia acertar um pacto social parecido com o dos países nórdicos, em que o Estado assume os custos da flexibilização do mercado de trabalho.

    Mas duvido que os empresários vão concordar com o grande aumento do custo fiscal para (mais gastos com o seguro desemprego). Estamos num país em que a classe média (com emprego) e empresários chamam de vagabundo aqueles que estão usufruindo o seguro desemprego.

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