A redução da taxa Selic pelo Banco Central terá como único efeito positivo reduzir o serviço da dívida pública. E nada mais. O problema é o fato de ser apresentado, pelo Banco Central, como alternativa ao Quantitative Easing, a emissão de moedas para injetar liquidez na economia.
Um dos problemas sérios na economia brasileira é o conhecimento de manual, de economistas sem nenhuma capacidade de utilizar a teoria como uma ferramenta de busca de resultados. Política econômica é basicamente a arte de encontrar soluções para os entraves ao desenvolvimento.
A crise econômica brasileira tem dois desafios claros:
- Políticas que garantam parte da renda dos trabalhadores.
- Políticas que garantam a sobrevivência e a empregabilidade especialmente das pequenas e micro empresas.
Este é o desafio central.
O que faz o Banco Central? Despeja recursos nos bancos comerciais. E os recursos não fluem para as empresas por uma razão simples: na crise atual, não se tem a menor ideia sobre que empresas sobreviverão. Com tal grau de risco, os critérios para a concessão de crédito aumentam exponencialmente. E só sai dinheiro para empresas sólidas, grandes.
Se o canal de crédito está totalmente entupido, redução de Selic ou liberação de compulsório não terão a menor eficácia sobre a economia. A cada semana que passa, sem solução, são milhares de CNPJs liquidados, pressão sobre o isolamento social dos estados, adiando a retomada da normalidade.
A estratégia racional de retomada é óbvia:
- Preserva-se parte do poder aquisitivo dos trabalhadores e parte do funcionamento das empresas.
- Quando a economia começar a retomar, as empresas que foram poupadas, os empregos que foram preservados, significarão desafogo rápido para a retomada dos negócios.
É por isso que cresce, em setores não-dogmáticos, a proposta de emissão monetária, para efeito de financiamento dos desempregados, das empresas e das obras públicas.
O ciclo do dinheiro é o seguinte:
O governo injeta dinheiro na economia, através da emissão ou da liberação de compulsório para os bancos, ou de resgate dos títulos públicos. Os três movimentos equivalem a emissão de moeda. A diferença é que a emissão monetária não implica em custos para o Tesouro. O dinheiro vai para o setor privado e volta na forma de impostos ou de compra de títulos públicos. Assim como pode emitir títulos, o governo pode emitir moedas para se financiar.
A diferença é que, quando emite títulos, o governo cria dívida remunerada. Quando emite moeda, cria dívida não remunerada.
O único limite é o aquecimento da economia, podendo levar a movimentos inflacionários. Com os três instrumentos, o movimento é o mesmo: reduzem-se as emissões monetárias, enxuga-se dinheiro do mercado através de tributos, colocação de títulos e recolhimento do compulsório.
É evidente que não se pode tratar a emissão monetária como o remédio universal. Fosse assim, a emissão monetária poderia substituir até a arrecadação fiscal. E tanto a política fiscal quanto a dívida pública teriam papel apenas para monitorar os juros internos. Não é o caso.
De todo modo, tem-se um paradoxo nesse país irracional.
A Teoria Monetária Moderna é praticamente ignorada nos debates públicos, de uma opinião pública e midiática extraordinariamente presa a ideias passadas. Por outro lado, até agora não saiu um estudo rebatendo de forma sólida os argumentos levantados por seus defensores.
Mais cedo ou mais tarde, no entanto, a realidade se imporá. Será impossível sair da recessão dentro dos limites do monetarismo estreito de Paulo Guedes.
A manutenção de Bolsonaro e Guedes está cobrando uma conta imensa do país. Daqui a alguns anos haverá consenso sobre a destruição inédita perpetrada por ambos. Não servirá de consolo para os que morrerem pelo caiminho.
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Esse movimento de redução da Selic tem a ver com a transferência da poupança dos brasileiros para o mercado de ações? E aí daqui um tempo a bolsa tem um soluço e os “tubarões” do mercado financeiro se apossam da poupança dos brasileiros como aconteceu nos Estados Unidos em 2008?
Vera Venturini : o risco deve ser garantido por uma Legislação transparente e rigorosa. Aliás como já existe e protege os Investidores. Veja se os milhares de Fundos de Pensão Estrangeiros tiveram alguma restrição em comprar ( a mamata) das Empresas Brasileiras Privatizadas? A Poupança e Garantia Financeira e Previdenciária de NorteAmericanos e Europeus está na propriedade de Vale do Rio Doce, Telebrás, Telesp, Eletropaulo, Eletrobrás, Sabesp., Petrobrás, Embraer,…Enquanto a POUPANÇA BRASILEIRA está totalmente Garantida pelo Estado Brasileiro em FGTS e Cadernetas de Poupança que rendem menos que a inflação. É a Pátria da Surrealidade. O Estado Brasileiro confisca ditatorialmente o SEU DINHEIRO e devolve menos que pegou. E ainda acreditamos que o ESTADO está garantindo Nosso Investimento e Poupança?! Somos Inacreditáveis !!!! Selic, Dólar, Respeito aos Contratos, Risco Brasil, Preço do Petróleo, Garantia Jurídica,…(Mirian Leitão se esbaldou !!) tudo “baboseira” para manter o cabresto e a rédea no Povo Brasileiro. Um bilhão de desculpas para manter Lucratividade absurda e extorsiva de Monopólios e Oligopólios Estrangeiros, Preços Inflacionados, Salários Castrados,…ou seja a DESCULPA PERFEITA para a Manutenção da Indústria da Miséria destes 90 anos. Pobre país rico. 40 anos de NecroPolitica Redemocrática. Mas de muito fácil explicação. MARINHO PERES
“A Teoria Monetária Moderna é praticamente ignorada nos debates públicos, de uma opinião pública e midiática extraordinariamente presa a ideias passadas. Por outro lado, até agora não saiu um estudo rebatendo de forma sólida os argumentos levantados por seus defensores.”
Nassif deve estar se referindo a estudos em publicações internacionais. Em países que possuem moedas que são reserva de valor internacional, de fato o limite para expansão monetária atual é bastante largo e por isso bastante aceito na comunidade internacional. Em âmbito brasileiro porém,a coisa muda. É mais que conhecido o movimento de especulação contra a moeda nacional, daí a impossibilidade de ter esse tipo de política monetária aqui. Só seria possível com estrito controle de entrada e saída de capitais internacionais, o que me parece ser um outro tabu muito mais difícil de ser quebrado.
Ora, tudo isso teria lógica se houvesse um ministro da economia, não há…..o que existe são aves de rapina cravando os dentes nos recursos do Estado…..com as benesses da mídia porcorativa e mafiosa…….a preocupação maior da turma é privatizar tudo o mais rápido possível, e “arrecadar” um trilhão (cifra que é o verdadeiro fetiche anal da galerinha)….e todos vendem a trolha como a única saída para o país……ou seja, dar bastante dinheiro para os abutres tirando dos trabalhadores, funcionalismo e aposentados, os inimigos…..
Vera Venturini : o risco deve ser garantido por uma Legislação transparente e rigorosa. Aliás como já existe e protege os Investidores. Veja se os milhares de Fundos de Pensão Estrangeiros tiveram alguma restrição em comprar ( a mamata) das Empresas Brasileiras Privatizadas? A Poupança e Garantia Financeira e Previdenciária de NorteAmericanos e Europeus está na propriedade de Vale do Rio Doce, Telebrás, Telesp, Eletropaulo, Eletrobrás, Sabesp., Petrobrás, Embraer,…Enquanto a POUPANÇA BRASILEIRA está totalmente Garantida pelo Estado Brasileiro em FGTS e Cadernetas de Poupança que rendem menos que a inflação. É a Pátria da Surrealidade. O Estado Brasileiro confisca ditatorialmente o SEU DINHEIRO e devolve menos que pegou. E ainda acreditamos que o ESTADO está garantindo Nosso Investimento e Poupança?! Somos Inacreditáveis !!!! Selic, Dólar, Respeito aos Contratos, Risco Brasil, Preço do Petróleo, Garantia Jurídica,…(Mirian Leitão se esbaldou !!) tudo “baboseira” para manter o cabresto e a rédea no Povo Brasileiro. Um bilhão de desculpas para manter Lucratividade absurda e extorsiva de Monopólios e Oligopólios Estrangeiros, Preços Inflacionados, Salários Castrados,…ou seja a DESCULPA PERFEITA para a Manutenção da Indústria da Miséria destes 90 anos. Pobre país rico. 40 anos de NecroPolitica Redemocrática. Mas de muito fácil explicação. MARINHO PERES