Um erro recorrente nas análises de mercado é considerar que o investidor estrangeiro tem a mesma percepção de taxa real de juros (taxa nominal menos inflação) que o investidor doméstico.
Hoje algumas análises atribuem a desvalorização do real à fuga de dólares motivada pelo receio de aumento da inflação interna.
Nada a ver.
A moeda do investidor em dólares é… o dólar. Ele entra no país com o dólar a R$ 1,70, digamos. Aplica a 12% ao ano. No final do processo, resgata a aplicação e converte pela cotação do dólar no dia. Se estiver abaixo de R$ 1,70, ganha mais um pouco (porque poderá levar mais dólares pelo mesma aplicação). Se estiver acima, perde. Pouco importa o avanço do IPCA, IGPM e quetais.
Seria importante que os jovens repórteres não entrassem no terrorismo de suas fontes de atribuir todos os males da economia à queda de meio ponto (!) da Selic e ao fantasma de uma inflação que só existe em sua imaginação.
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