Alimentação e transportes puxam IPCA-15 em março

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) subiu 0,73% em março, ficando perto da taxa de 0,70% apurada em fevereiro, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com isto, o IPCA-E (IPCA-15 acumulado nos meses de janeiro, fevereiro e março) foi de 2,11%, acima da taxa de 2,06% referente ao primeiro trimestre de 2013. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 5,90%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (5,65%). Em março de 2013, a taxa havia sido de 0,49%.

Enquanto o índice de fevereiro teve como destaque o grupo educação, cuja alta de 6,05% refletiu os reajustes praticados no início do ano letivo, a prévia da inflação em março foi pressionada pelos grupos alimentação e bebidas, que foi de 0,52% em fevereiro para 1,11%, com 0,27 ponto percentual (p.p.) de impacto, e por transporte, que passou de -0,09% para 1,22%, com impacto de 0,23 p.p.. Juntos, os grupos responderam por 68% do índice do mês.

A pesquisa de março mostrou que vários alimentos chegaram ao consumidor com preços mais altos do que no mês anterior, especialmente o tomate (28,53%), a batata-inglesa (14,59%), as hortaliças (12,72%), os ovos (3,07%) e as frutas (2,05%). na avaliação regional, o aumento mais expressivo foi visto em na região metropolitana de Porto Alegre, onde o grupo alimentação e bebidas aumentou 1,85%, seguido por São Paulo (1,44%) e Curitiba (1,42%). Por outro lado, os resultados mais baixos foram registrados em Recife (0,17%) e Salvador (0,13%).

No grupo transporte, os itens de maior influência foram tarifas aéreas (de -20,36% em fevereiro para 27,08% em março), tarifas de ônibus urbano (de 0,38% para 1,51%) e etanol (de 0,28% para 3,89%). A alta de 27,08% nas tarifas aéreas as levou à liderança no ranking dos principais impactos no IPCA-15 do mês, detendo 0,11 ponto percentual. No caso dos ônibus urbanos, refletiu a variação de 7,14% apropriada no Rio de Janeiro em decorrência do reajuste de 9,00% em vigor desde 08 de fevereiro. Quanto ao etanol, a alta de 3,89% teve reflexo sobre a gasolina, que foi para 0,26% após a queda de 0,02% em fevereiro.

Além dos alimentos e dos transportes, o grupo dos artigos de vestuário também apresentou aceleração na taxa de um mês para o outro, indo de -0,68% para 0,19%. Já os demais grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram variações abaixo daquelas registradas em fevereiro: Habitação (de 0,64% em fevereiro para 0,44%), Artigos de Residência (de 1,17% para 0,60%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,75% para 0,46%), Despesas Pessoais (de 1,79% para 0,78%) e Comunicação (de 0,17% para -0,66%).

Dentre os índices regionais, os maiores foram os de Brasília (1,26%) e Rio de Janeiro (1,24%). Em Brasília o destaque foi a alta de 51,65% nas passagens aéreas, que, com peso de 1,62%, causou impacto de 0,84 ponto percentual. A taxa do Rio de Janeiro foi pressionada pelo resultado do ônibus urbano (7,14%), que refletiu o reajuste de 9,00% em suas tarifas a partir de 8 de fevereiro, além do item empregado doméstico (3,45%). O menor índice foi o de Recife, onde os alimentos consumidos no domicílio tiveram queda de 0,12% em março.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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