Jornal GGN – A arrecadação de impostos e contribuições federais no mês de maio ficou em R$ 91,5 bilhões, de acordo com dados divulgados pela Receita Federal. A queda é 4,03% em relação a maio de 2014, descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A arrecadação foi a menor para o mês desde 2010, em valores corrigidos pelo mesmo índice, quando foi registrado R$ 86,1 bilhões.
Com o resultado de abril, a arrecadação federal no acumulado do ano soma R$ 510,117 bilhões, com queda de 2,95% também descontada a inflação pelo IPCA. Segundo o Fisco, a redução da arrecadação é decorrente da redução de 21,33% no mês de maio e de 7,44% no acumulado do ano na arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), tributos que refletem a dinâmica da economia no setor produtivo. Em maio, a maioria dos tributos registrou queda real no período com destaque para o Imposto sobre Importação (-11,74%), Cofins (-5,14%) e CSLL (-19,98%).
Outro fator foram as desonerações tributárias, que totalizaram no acumulado do ano R$ 47,1 bilhões – só em maio, o impacto das desonerações na arrecadação foi de R$ 8,838 bilhões, contra R$ 8,111 no mesmo mês do ano passado. Influenciaram ainda no período de dezembro a abril, como fato gerador da arrecadação em maio, o saldo negativo da produção industrial de 5,7%, a queda na venda de bens em 5,15%, e o recuo no valor em dólar das importações de 23,17%. A massa salarial, no entanto, registrou crescimento de 6,17%.
Para diminuir os custos das desonerações, a equipe econômica está revertendo parte dos benefícios fiscais concedidos nos últimos anos para aquecer a economia ante a crise iniciada em 2008. No Congresso Nacional, deve terminar hoje a votação que muda as regras de desoneração da folha de pagamento de 56 setores da economia. Esta é a última proposta do governo sobre o ajuste fiscal encaminhada à apreciação do Congresso.
(Com Reuters)
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