As discussões da dívida dos EUA

Da Folha

Casa Branca insistirá em acordo amplo sobre o deficit

Para líderes republicanos, corte de US$ 4 tri proposto pela Casa Branca é inaceitável devido a alta de impostos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, afirmou que o presidente Barack Obama tentará chegar ao “maior acordo possível” nas negociações sobre a dívida pública americana.

O governo tenta aumentar o teto de seu endividamento, hoje em US$ 14,3 bilhões, para poder tomar novos empréstimos. Em troca, a Casa Branca propõe reduzir o deficit público em US$ 4 trilhões num período de dez anos.

Se a elevação do teto não for aprovada até 2 de agosto, os EUA, com seu Orçamento estourado, poderão declarar calote, fazendo os juros dispararem e deteriorando a situação econômica mundial.

AsdeAs declarações de Geithner foram uma resposta às do presidente da Câmara, o republicano John Boehner, anteontem. O deputado afirmou que desistiria da negociação por um pacote maior e procuraria fechar um menor, com cortes de US$ 2 trilhões.

Boehner vinha enfrentando dura oposição entre os republicanos em razão do aumento de impostos proposto pelos democratas “”partido de Obama”” como um dos itens do acordo mais amplo.

Segundo o secretário do Tesouro, o maior problema das negociações tem sido a insistência dos republicanos em que as medidas para reduzir o deficit incluam apenas corte de gastos públicos, e não elevação dos tributos.

O líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, argumenta que o acordo de larga escala, nos termos em que é proposto pela Casa Branca, é inviável.

“O governo diz que o pacote maior vai requerer grande aumento de impostos em uma situação econômica que já é extraordinariamente difícil, com desemprego de 9,2%. Nós achamos uma péssima ideia”, disse McConnell.

Ontem à noite, nova reunião entre democratas e republicanos na Casa Branca não fez a negociação avançar. Outro encontro foi marcado para hoje, e Obama dará entrevista coletiva pela manhã. 

Luis Nassif

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