As origens do debate entre o social e o econômico

Comentário ao post “Os caminhos do desenvolvimento – 1

Esse debate entre o social e o economico é velho de cem anos, nasceu após o fim da Grande Guerra de 14-18 e deu origem ao Estado socialmente protetor da massa, que já era o fascista italiano e o nazista alemão, depois da Segunda Guerra veio o welfare state completo, não estamos fazendo rigorosamente nada de novo na face da terra.

O bolsa familia ou programas equivalentes já foram aplicados em larga escala no New Deal, com a diferença que a ética protestante americana dava dinheiro para sobreviver mas exigia trabalho, qualquer que fosse, do beneficiario. Seis milhões foram empregados nos anos 34 e 35 para varrer parques e estradas, enquanto recebiam um salario nesses empregos inventados por razões sociais e não economicas.

Lula não inovou apenas priorizou, deu prioridade a alguns aspectos do social mas não ao mais importante, a educação fundamental que continua péssima no Brasil, com um dos professores mais mal pagos do mundo. Temos 300.000 estudantes de pedagogia mas a maioria já declarou em pesquisa recente que não pretende lecionar. O Governo  investiu demais em universidades federais, construindo o teto antes do piso, ensino universitario não é prioridade, o fundamental é que é o que precisa de atenção e investimentos.

Hoje existem travas importantes ao investimento privado no Brasil, mesmo o investimento estrangeiro é muito menor do que poderia ser, a burocartização e a judicialização da economia brasileira, uma visão anti-empresarial no MP, nos Tribunais de Contas, no IBAMA, no INCRA, na FUNAI, nas agencias reguladoras fez diminuir muito o fluxo de investimentos nas areas produtivas. O fim das licitações de areas para pesquisa de petroleo cessou esse importante fluxo, medida puramente ideologica anti-economica.

A expressão “economia falida” na Europa e EUA é pedestre, de bar de batidas. Alguns Tesouros nacionais estão ruins mas não todos, a Alemanha, a Holanda, a Dinamarca, a Noruega, a Finlandia, a Polonia, a Suiça, a Austria não estão nada falidas. As grandes empresas europeias como a Unilever, a Siemens, a Bayer, a Shell, a Nestlé, a Basf, a Glaxo, a Aventis, a Michelin estão com os cofres cheios. A mesma coisa nos EUA onde há

trilhões de dolares nos fundos de investimentos em fundos liquidos a procura de onde investir e empesa solidas e de burras explodindo como Exxon, Procter & Gamble, Pfizer, Boeing, Caterpillar, Johnson & Johnson. Em economia como dizia Hischmann, é preciso analisar, distinguir, ver o detalhe e o todo, o que mata qualquer visão economica é o pensamento vulgar que nada enxerga e simplifica o que é complexo.


Luis Nassif

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