As razões que barraram avanço dos corredores econômicos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Joaquim Aragão (foto) fala das necessidades e os obstáculos em torno do financiamento de projetos de infraestrutura na TV GGN Nova Economia

Joaquim Aragão, professor da Universidade de Brasília (UnB). Foto: Valter Campanato/ABr

O debate em torno da integração nacional não é necessariamente novo, uma vez que o empresário Eliezer Batista chegou a traçar um projeto nesse sentido que esbarrou na falta de conhecimento político – mas também se pode dizer que questões econômicas tiveram algum impacto.

O tema, inclusive, é foco do estudo de Joaquim Aragão, professor associado do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental (ENC) da Universidade de Brasília (UnB), que discorreu sobre o assunto no programa GGN Nova Economia desta quinta-feira (24/03).

“A gente vem investigando o financiamento de infraestruturas e estudado muito, digamos, financiamento público, financiamento privado, concessão. E a gente vem apontando para a necessidade de ampliar o quadro em que esses financiamentos realmente se dão, principalmente pela lógica de inserção de coordenação de investimentos ao longo de corredores”, diz Aragão.

Segundo o professor da UnB, essa foi uma visão que Batista tinha pensado e, com base em suas ideias, se tentou estruturar os eixos nacionais de integração de desenvolvimento no plano nacional, e também no plano sul americano com a iniciativa de integração regional da infraestrutura sul-americana (IIRSA).

Fuga dos governos para concessões

Segundo Joaquim Aragão, a proposta de corredores não deu certo por uma série de razões, mas ela está sendo praticada em diversos países emergentes – como a Índia (que tem um programa avançado nesse sentido) e o Sudeste Asiático.

No caso brasileiro, o governo está sujeito ao chamado “espartilho fiscal – e ideológico, inclusive”, e as autoridades têm priorizado contratos em forma de concessão. Porém, Aragão afirma que os modelos de concessão possuem uma série de limitações por sua baixa resiliência a mudanças.

“Hoje em dia, cada mês é uma turbulência – ou seja, essas concessões que envolvem projetos de 30 anos não são resilientes a mudanças, até porque o ambiente em que ele vive é um ambiente também caótico, de cadeias fragmentadas, altamente ineficientes, e aí a gente vai tropeçando de uma crise para outra e a gente não consegue estruturar”, explica.

“Os projetos de infraestrutura, de duplicação, de aeroportos, de rodovias, e tudo dependendo seja da parte privada seja por parte publica que se realize o aumento de fluxos com crescimento econômico, e como garantir isso? Na verdade, isso só é garantido materialmente pelos efeitos multiplicadores econômicos e fiscais que tem de ser conhecidos, levantados, e efetivamente captados”, diz o professor da UnB.

Veja mais a respeito do tema na íntegra da TV GGN Nova Economia. Clique abaixo e confira!

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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