As tensões sociais na Europa

Do Estadão

Europeus tomam as ruas das capitais em atos contra a crise

Na França, Grécia e Espanha, no Reino Unido e no Leste Europeu, milhões de pessoas repudiam ajuda a bancos e pedem proteção contra demissões

Jamil Chade, GENEBRA

Milhões de pessoas tomaram as ruas das principais capitais europeias em protesto contra a crise econômica e as demissões em massa anunciadas nas últimas semanas. Na França, sindicatos calculam que 2,5 milhões de pessoas se reuniram ontem na maior manifestação dos últimos 20 anos no país. A greve foi a primeira realizada por causa da recessão em uma das maiores economias do mundo. No Reino Unido, Islândia, Bulgária e Grécia os protestos se proliferaram, provocando violência.

Luis Nassif

37 Comentários

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  1. Essas ajudinhas trilionárias
    Essas ajudinhas trilionárias aos coitadinhos dos empresários e banqueiros vão acabar provocando uma segunda queda da Bastilha…

  2. Creio que ser sete o
    Creio que ser sete o principal motivo que levaram os principais governos liderados pelos EUA a romperem rapidamente com o livre mercado.

    Com o livre mercado, a depress:ao seria a única forma de se corrigir os exageros cometidos, onde o confronto social seria inevitável e portanto colocando em risco a continuidade do próprio sistema capitalista.

  3. Concordo com o Sílvio Torres,
    Concordo com o Sílvio Torres, isso ainda pode acabar em mais uma “revolução francesa”. Só que dessa vez iriam cair banqueiros e não governos.

  4. Seria o início de uma nova
    Seria o início de uma nova era se tais greves se avolumassem, diante da intransigência ou mesmo do desespero das decisões dos governos social-democratas carcomidos mundo afora, desembocando em uma revolução socialista na Europa. Os EUA seriam incapazes de iniciar uma contra-revolução, uma vez que estão decadentes. Assim, as condições necessárias e suficientes para tal estão satisfeitas. Partindo dos países centrais, legitimar-se-iam movimentos revolucionários em escala global e, por conseguinte, a humanidade, como um todo, ascenderia a um novo patamar de desenvolvimento social jamais visto.

  5. A imprensa golpista
    A imprensa golpista brasileira torce para a crise chegar aqui com força.
    A aposta é que assim facilitam a coroação do Imperador José Serra em 2010.
    O que essa mídia vendida parece não levar em conta é que se a crise entrasse forte aqui em Pindorama, o resultado poderia ser convulsão social aguda.
    As grandes revoluções, como, por exemplo, a Queda da Bastilha e a Revolução Russa, aconteceram em momentos de grave crise.
    O PiG está apostando todas as suas fichas na crise. O preço a pagar pode ser alto, bem alto.

  6. Um cidadão comum trabalhador
    Um cidadão comum trabalhador ouviu dizer que há uma grande crise. O porque se deve “aos derivativos” e ao mercado desregulado (mas não era isto que era pregado desde Roberto Campos _ Antes a liberalização, na economia, é claro, depois a democracia_ e que todos os economista pediam?).
    Conclusão: perda do emprego.
    Solução: espere até a crise terminar.
    Como sustentar a família: espere que nossas providências para recuperar os bancos deem resultado, se der certo….

  7. Quando Marx formulou a teoria
    Quando Marx formulou a teoria da luta de classes e, com isso, estabeleceu as bases essenciais do materialismo dialético-histórico, a necessidade histórica da passagem do capitalismo ao comunismo tornou-se uma conclusão irreprochável. Talvez por ter ficado abismado com o próprio caráter original e consistente de suas teses, o que acontece com todo aquele que persegue insistentemente uma ideia que julga universalmente, tenha ele se precipitado com o inevitável colapso do capitalismo, ao formular a equivocada “lei da taxa de lucro declinante”. Fora isso, esse determinismo intransigente do pensamento marxista (q

  8. Quando Marx formulou a teoria
    Quando Marx formulou a teoria da luta de classes e, com isso, estabeleceu as bases essenciais do materialismo dialético-histórico, a necessidade histórica da passagem do capitalismo ao comunismo tornou-se uma conclusão irreprochável. Talvez por ter ficado abismado com o próprio caráter original e consistente de suas teses, o que acontece com todo aquele que persegue insistentemente uma ideia que julga universalmente, tenha ele se precipitado com o inevitável colapso do capitalismo, ao formular a equivocada “lei da taxa de lucro declinante”. Fora isso, esse determinismo intransigente do pensamento marxista (que talvez ele mesmo, se tivesse tido mais tempo, como afirmou Paul Sweezy, teria pensado melhor a respeito), o caráter espontâneo e contingente das mudanças sociais e econômicas está presente no mesmo. Assim, a humanidade se vê diante de dois caminhos: continuar em um mundo, o capitalista, claramente decadente e atrasado, ou tomar as rédeas de sua história e construir um novo mundo: não-capitalista, quiçá comunista.

  9. Se alguém fizer uma pesquisa
    Se alguém fizer uma pesquisa aqui no blog do Nassif verá que o nosso blogueiro publicou em um post um comentário meu em que eu fazia um alerta sobre as manifestações da Grécia que estavam se espalhando em países centrais do capitalismo.
    A história definitivamente não acaba somente pela vontade de um Fukuyama qualquer. Os atores são heterogêneos, com interesses heterogêneos. O pensamento único sempre foi uma farsa. O risco é o radicalismo de todos os lados envolvidos. É necessário acompanhar tudo isso de perto e com muita atenção. Como dizia um falecido amigo meu, o mundo não é para principiantes.

  10. Seguro desemprego tem tempo e
    Seguro desemprego tem tempo e acaba. Quando acabar quem sabe o que vai acontecer? Estamos só no começo. Bem lembrada a Bastilha. Enquanto a miséria permeava a maior parte da população, a nobreza escorada no governo era só festa. Quem viver verá.

  11. Nassif,

    Essas nuvens negras
    Nassif,

    Essas nuvens negras já estavam se formando no horizonte há algum tempo. A prosperidade européia ocidental do pós-guerra foi fruto de uma maior – e tardia – integração dos países da região que no plano interno combinavam políticas desenvolvimentistas acrescidas dos mecanismos da social-democracia que permitiram um represamento maior dos recursos decorrentes do capitalismo – mas que pela vez deles, sem a intervenção estatal tenderiam a se esgotar.

    A integração comercial seguida do mais bem sucedido plano de equiparação regional da história moderna, permitiu que países como Portugal e Espanha se desenvolvessem, mediante empréstimos a fundo perdido, verbas de toda natureza e mais tarde o uso de moeda forte.

    O negócio estancou no momento que as economias motores da região travaram devido a mudança da conjuntura mundial – o fim da guerra fria e a globalização – seguida de um erro, ao meu ver, muito grave, que foi a inclusão de mais países no bloco (que de 15 passou para 25 membros).

    Somando os fatores do desaquecimento das maiores economias com a inclusão dos países do leste europeu, os países mais pobres do ocidente se viram há alguns anos com problemas; apesar da Irlanda e da Espanha terem se saído bem, Portugal e Grécia sentiram um impacto e se mostraram ainda muito dependentes do motor europeu que lhes faltou.

    Daí você soma isso a essa crise e são justamente a Grécia e Portugal a pagar o maior pato na Europa Ocidental. Claro, a França que há anos patina já acusou o golpe. O Reino Unido que passava por um período de crescimento razoável, também levou um impacto severo por causas muito semelhantes as dos EUA: Falta de regulamentação financeira.

    O caso da Islândia é, no entanto, o mais grave. É preciso lembrar que o país sequer faz parte da zona do Euro e está fora do contexto europeu. O fato é que o país virou uma espécie da paraíso neoliberal nos últimos anos com uma desregulamentação das mais violentas do mundo que alimentaram uma bolha incrivelmente ilusória; olhem que o país estava aparentemente bem, chegando nos últimos anos a pontear a tabela de IDH, mas tudo não passava de uma bolha e quando tudo isso estourou a economia do país derreteu.

    Muitas economias européias orientais estão sentindo um vendaval – principalmente os bálticos. As ex-RSS que em grande parte dependem da exportação de hidrocarbonetos são as mais afetadas. Rússia e Ucrânia estão vivendo um momento muito grave internamente.

    Enfim, isso vai ser um teste de fogo para a União Européia e para os países do leste Europeu que recentemente adeiriram ao capitalismo e vinham se recuperando bem do impacto dos anos 90. Acho que por lá as coisas vão esquentar mais do que nos EUA.

  12. Ja no Brasil, sindicato
    Ja no Brasil, sindicato nenhum reclama quando OS GOVERNOS do Brasil e de Sao paulo dao uma “ajudinha” de uns 4 bi (ou foi mais?) pras montadoras e, mesmo assim, estas demitiram funcionarios.

    Alheio a crise, o BNDES deu uma “forcinha” pra VCP comprar a Aracruz.
    Se a VCP nao pendurar a “forcinha” na conta do “ZE BEDEU” ta otimo.
    Ate agora, nenhum sindicato se manifestou contra este negocio, no minimo, “nebuloso”.
    Ate o Antonio Ermirio, que sempre tem opiniao pra tudo da AIDS as viagens espaciais, esta estranhamente quieto.

    Agitados mesmo, so o pessoal do Forum Social. Tambem com os 150 milhoes de “ajudinha” oficial, tristes e que nao iriam ficar.

  13. “O caso da Islândia é, no
    “O caso da Islândia é, no entanto, o mais grave. É preciso lembrar que o país sequer faz parte da zona do Euro e está fora do contexto europeu. O fato é que o país virou uma espécie da paraíso neoliberal nos últimos anos com uma desregulamentação das mais violentas do mundo que alimentaram uma bolha incrivelmente ilusória”:

    Sim, mas olhe o que aconteceu com paises com riquesas e populacao de negros nesse meio tempo…

    Alguem viu o que aconteceu com a Angola?

  14. Essa explosão era previsível.
    Essa explosão era previsível. Emir Sader afirma que “o fundamental não tem preço – diz um dos lemas melhores do FSM. Enquanto o neoliberalismo e o seu reino do mercado tentam fazer com que tudo tenha preço, tudo se venda, tudo se compre, ao estilo shoping-center, o FSM se opôs desde o seu começo a isso, opondo os direitos de todos ao privilégio de quem tem poder de compra, incrementando sempre mais as desigualdades.”

    A violência surge onde as desigualdades se intensificam e o espaço de diálogo se restringe. Mesmo os ditadores do antigo Império Romano, ao limitarem a palavra, sabiam que deveria ser oferecido ao povo não somente o “Circenses” (o circo) mas também o “Panis” (o pão).

    Os novos donos do poder ignoraram essa antiga sabedoria, pensando que tudo se resolveria apenas com o “Circenses”. O artigo de Jamil Chade prova que eles estão muito enganados.

    “Panis et Circenses” também é o título de uma das mais belas canções brasileiras que já ouvi. Trecho (2):

    “Mandei plantar
    Folhas de sonho no jardim do solar
    As folhas sabem procurar pelo sol
    E as raízes, procurar, procurar…

    Mas as pessoas da sala de jantar
    São ocupadas em nascer e morrer…”

    Notas:

    (1) http://www.viomundo.com.br/denuncias/carta-maior-a-midia-mercantil-e-o-forum-social-mundial/

    (2) http://letras.terra.com.br/marisa-monte/26831/

  15. O socialismo real (ou
    O socialismo real (ou capitalismo de estado) não deu certo. O neoliberalismo demonstrou-se incapaz de se auto-regular (tem hífen ou agora é com dois erres?), exingindo uma participação ativa e direta do estado, outrora tão abominável, para salvar o capitalismo de um desastre maior e imprevisível.
    Um capitalismo administrado é possível? Após superada a crise, não é provável que surjam outras tatchers e regans incensando o mercado? Como alcançar eficiência numa economia não capitalista?
    A acumulação do capital coloca os seres humanos, independe da classe a que perteçam, como objeto de um sujeito insaciável: o capital. Não é a irresponsabilidade dos gestores o motor principal das crises, é a própria lógica da acumulação que é responsável pelo que há de positivo e negativo no modo de produção atual.
    O mundo pós-capitalista não é algo que exista potencialmente esperando apenas uma revolução proletária para existir em ato. A superação do capitalismo é apenas uma possiblidade e, como tal, é dependente da vontade e consciência dos atores sociais.
    Por isso, revoltar-se contra uma situação de crise e os efeitos dela não abre, necessariamente, uma via para a revolução. Muito pelo contrário, pode ser apenas a busca de novas formas de organização do mercado que garantam a perpetuação da acumulação (até a próxima crise).

  16. É impressionante o grau d
    É impressionante o grau d alienação e d incapacidade d análise da mídia grande ocidental em relação à isto tdo, alguns exemplos:
    a preparação do exército americano p/o enfrentamento d motins internos, assim como os debates em torno da eventual aplicação da Lei Marcial nos EUA dependendo dos rumos da crise; a situação deplorável da populações em Gaza, Congo e Zimbabwe e do grau d falência do Estado Mexicano, entre vários outros assuntos, há meses circulam na Internet através dos blogs e pequenas matérias em vídeos documentários independentes (principalmente via YouTube) e o q se vê, c/raras exceções, na maioria da mídia impressa e na maior parte do tempo nos telejornais é d “um me engana q eu gosto” q já não engana tantos qto em passado não tão remoto…

  17. “Um levantamento publicado no
    “Um levantamento publicado no NY Times mostra que, apesar da crise, Wall Street pagou mais de 18 bilhões de dólares em bônus para empregados do mercado financeiro em 2008.” AZENHA
    O POVO DEVE IR ÀS RUAS.
    Mudando um pouco de assunto:
    HOLOCAUSTO: Câmara de Gás era para Desinfetar, diz cardeal lefebvriano.
    Bispo lefebvriano, da Fraternidade Pio X,Don Floriano Abrahamowicz, disse que as câmaras de gás serviam para desinfetar. E a sua postura anticristã não parou aí. Sustentou que o número de 6,0 milhões de hebreus exterminados é meramente simbólico, pois, quando se fala em genocídio, sempre há exageros.

  18. Nassif,
    Existem previsões
    Nassif,
    Existem previsões bastante sombrias sobre o desemprego em 2009. É uma crise econômico-social muito grave. Mesmo assim está me surpreendendo a reação dos trabalhadores. Pensei que o enfraquecimento dos partidos de esquerda europeus afetariam eventuais mobilizações das massas. Acho que menosprezei o instinto de sobrevivência do trabalhador que o impele para a confrontação com os liberais quando estes ameaçam seus salários, atitude esta que independe de direção político-partidária. Parece ser o “espontaneísmo das massas” novamente em evidência, ainda que organizações de esquerda tradicionais participem destas mobilizações.

  19. Uma coisa é um movimento
    Uma coisa é um movimento socialista na Venezuela, no Brasil ou na Bolívia, outra coisa, radicalmente mais contundente, é um movimento de mesma natureza nos países europeus. Não faço muita menção aos americanos, pois esses sempre reafirmaram, e o próprio Obama deu o aval recentemente, de que persistirão em seu modelo social evidentemente decadente e excludente. Assim, acho muito improvável que os mesmos liderem movimentos de massa, como estão ocorrendo na União Européia.

    Em todo o caso, não é muito difícil aceitar o fato de que a vanguarda revolucionária sempre esteve ou estará nos países ditos desenvolvidos, em especial, França, Alemanha e Inglaterra. Uma vez que eles detem savoir-faire nas mais diversas áreas, eles deverão ser os irradiadores da democratização dos meios de produção necessários para restabelecer o desenvolvimento econômico global rumo ao comunismo. O Brasil, por exemplo, citado acima, tal como ocorria na Rússia pré-sovíetica, não tem acúmulo de conhecimento técnico-científico aplicado suficiente (é necessário muito mais do que biocombustíveis) para alavancar um processo de transformação global. Afinal, de um jeito ou de outro, nosso savoir-faire não é nosso, mas oriundo dos países centrais. Pois tudo o que sabemos ou vem de fora, isto é, das multinacionais e, portanto, dos países desenvolvidos, ou o que produzimos intelectualmente faz parte de uma longa cadeia produtiva de pesquisa global, partes diversas na mesma, onde o todo só é plenamente enxergado ou tem unidade real quando visto dos países centrais. Além disso, a legitimação de uma revolução mundial seria inquestionável se irradiada de um país capitalista avançado.

    O capitalismo, no Brasil, não é ainda suficientemente maduro em seu bojo. O fato de fazer aviões não quer dizer nada, uma vez que boa parte de nosso parque industrial não se ocupa de bens de produção, os quais são essenciais para o desenvolvimento acelerado não só do modo de produção capitalista, mas de toda e qualquer forma econômica superior, como é o caso do comunismo vindouro.

  20. O povo daqui fica torcendo
    O povo daqui fica torcendo pra que o mundo desenvolvido se acabe, nem se dando conta de que o Brasil nunca conseguiria sobreviver ao debacle mundial.

    Acham que o comunismo é a solução de tudo, mas se esquecem que o comunismo é incapaz de gerar recursos para sustentar o seu próprio sistema. O comunismo sabe muito bem como distribuir a pobreza, nunca a riqueza

    Na história moderna a democracia e o capitalismo venceram a guerra contra o comunismo. Os problemas enfrentados hoje, não são defeitos inerentes ao capitalismo, mas distorções que podem e serão superadas.

    Apesar de toda a torcida contra….

  21. Contador,

    Acho que ninguém
    Contador,

    Acho que ninguém quer que o mundo desenvolvido se acabe e todos aqui, a meu ver, a despeito de algumas posições claramente jocosas, estão profundamente preocupados. Bem, parece-me que você não sabe distinguir A de B. Nem vou entrar em uma discussão aprofundada, pois “não devemos falar com quem não quer ouvir”. Ainda assim, respeito a sua posição, ainda que infundada. Mas aqui vai uma frase de Kant a respeito do tema democracia, que você brada retumbantemente. “A democracia constitui necessariamente um despotismo, uma vez que estabelece um poder executivo contrário à vontade geral. Sendo possível que todos decidam contra um cuja opinião pode diferir, a vontade de todos não é, então, a de todos, o qual é contraditório e oposto à liberdade”

    Depois de Marx, diríamos, democracia nos moldes capitalista, isto é, excludente, fajuta, aparente, restrita, mentirosa! Não é o capitalismo que sustenta a democracia, mas o contrário; só não sabemos até quando.

  22. Meus amigos, vamos rezar
    Meus amigos, vamos rezar porque só resta rezar. É fato que o Brasil poderá sobreviver sozinho se a coisa engrossar demais por lá. Um líder que todo o povo entenda, poderá conservar o país com uma certa serenidade. Enquanto eles lá, estão pensando mesmo que acabou alguma coisa e que é preciso botar outra coisa no lugar. E não é pouca coisa não. Meus amigos reaças quando gozavam de mim com o “fim do comunismo”, eu dizia prá eles: -É, foi ruim, mas esperem só quando acontecer o fim do capitalismo! Eu estava brincando, mas acertando. Agora, só devemos esperar que esta coisa não termine em guerra, e só vejo uma liderança mundial capaz de evitar isso e impor a saída que, realísticamente, usando o poder dos mesmos princípios de dignidade e solidariedade humana que foram tão açoitados durante a era neo-liberal,
    possa fazer o mundo pousar em uma estrutura nova que venha a garantir a paz e a tranquilidade entre as nações do mundo. Essa liderança se chama Barak Houssein Obama.

  23. Meus queridos, vou explicar
    Meus queridos, vou explicar uma coisa a vocês sobre o capitalismo. Quando Adam Schimit, depois de viajar pelas cidades italianas e compreender o funcionamento do mercado e suas relações com os governos, voltou e propôs suas teses de um mercado mais livre do governo, e que isto possibilitaria a riqueza das nações, ele não estavo falando para um auditório de idealistas. Estava falando para pessoas que poderiam e iriam por em prática suas conclusões. Mas ele pensava, e daí vem a importancia do puritanismo, que os exessos do mercado seriam contidos por uma rigorosa vigilancia do comportamento através da religião e de um código derivado de comportamento, que impediria os exessos por outra autoridade, nem governamental, nem de mercado. O liberalismo econômico e o puritanismo são irmãos siameses. Por isso é que até hoje, os signos puritanistas são fundamentais nos EUA. Se o capitalismo se cevava na exploração, é porque confiava na dignidade puritana dos homens para que não passassem de certos limites. Isto acabou. Daí o inevitável fim do capitalismo//liberal/anglo saxônico.

  24. Nassif: Me explica porque
    Nassif: Me explica porque tantos trilhoes para os bancos, se eles tem dado a demonstração de não saber administrar esse dinheiro. Lembro de uma frase de “Antonui Hernirio de Morais” que seria melhor mil pequenas hidrelétricas que uma Itaipu, Ele dizia que colocar todos os ovos numa cesta só era perigoso. E por que essa insistencia de colocar tantos trilhoes em meia duzia de cestas desses banqueiros trambiquerios. Para eles não perderem o dinheiro deles e sim o dinheiro dos menos favorecidos?

  25. Meus queridos, vamos deixar
    Meus queridos, vamos deixar os mosquitos de lado, nessa hora grave, e vamos nos concentrar em nosso presidente da república, (coisa difícil para os do sul, mas eles não têm nenhuma alternativa confiável) o nosso Lula, para que elepossa navegar com todas as forças de sua energia e com toda a inteligência que Pernambuco lhe deu, entre os rochedos monstruosos de Sila e Caribdes, sem deixar que a nau encoste nas agulhas fatais do mar revolto.

  26. Seria o início de uma nova
    Seria o início de uma nova era se tais greves se avolumassem, diante da intransigência ou mesmo do desespero das decisões dos governos social-democratas carcomidos mundo afora, desembocando em uma revolução socialista na Europa. Os EUA seriam incapazes de iniciar uma contra-revolução, uma vez que estão decadentes. Assim, as condições necessárias e suficientes para tal estão satisfeitas. Partindo dos países centrais, legitimar-se-iam movimentos revolucionários em escala global e, por conseguinte, a humanidade, como um todo, ascenderia a um novo patamar de desenvolvimento social jamais visto.

    >>> isto foi piada ???

  27. “princípios de dignidade e
    “princípios de dignidade e solidariedade humana que foram tão açoitados durante a era neo-liberal, possa fazer o mundo pousar em uma estrutura nova que venha a garantir a paz e a tranquilidade entre as nações do mundo. Essa liderança se chama Barak Houssein Obama”

    Obama esta cercado de sabotadores. Sao todos espioes de alguem, sao todos lobistas de alguems, todos com multiplos donos. Ta todo mundo de rabo preso. E note, primeiro, que nem perto estou de discordar com voce, e segundo, que os bilionarios que cercavam Bush ainda teem muito a “oferecer” aos EUA.

  28. Alexandre Fabian,

    Não tive a
    Alexandre Fabian,

    Não tive a intenção de fazer uma piada, mas isso depende muito de quem lê. Mas em que sentido seria uma piada? Eu adoro quando alguém me questiona. Por favor, refute-me.

  29. Virgulino,

    Essa sua
    Virgulino,

    Essa sua explanação do modo capitalista de sobreviver à la Weber não tem qualquer fundamento. Adam Smith formulou as suas teses muito influenciado pelo empirismo do grande filósofo inglês David Hume.

    “Se o capitalismo se cevava na exploração, é porque confiava na dignidade puritana dos homens para que não passassem de certos limites. Isto acabou. Daí o inevitável fim do capitalismo//liberal/anglo saxônico.”

    É exatamente o oposto: o capitalismo não conhece barreiras e é capaz até de mercantilizar a religião. Ele toma posse de tudo aquilo que é mais sagrado e necessário. Ou você acha mesmo que as pequenas comunidades americanas do sul (muitas deles, escravagistas e racistas até o talo) importam-se com o bom convívio global e com a livre iniciativa de todos? Não! Nada é capaz de conter os avanços dos tentáculos do capital a não ser aqueles que, juntamente, desejam e buscam os meios para a construção de um novo modo de vida; que não o capitalista.

    Assim como o Boris Casoy acha que o problema do Brasil é a quantidade de partidos comunistas, pois, para ele, somente um louco, hoje em dia, acredita no comunismo, eu digo que é justamente por haver pessoas como ele, que acreditam fielmente na eternidade do capitalismo, isto é, um retrógrado e reacionário, que o Brasil e o mundo não ascende a um novo patamar de vida em sociedade.

  30. Eu me divirto.
    Os mesmos
    Eu me divirto.
    Os mesmos frouxos de riso que me causam o blog do esgoto com seus artigos e comentaristas surreais e absurdamente anti-lulistas, me causam aqui certos espectros saídos do século XIX e limiar do século XX, pregando o advento triunfal do comunismo e exaltando os seus antigos e novos profetas.

  31. Algumas reflexões alienígenas
    Algumas reflexões alienígenas , em Inglês.

    “Jefferson said it better than I could:

    “I believe that banking institutions are more dangerous to our liberties than standing armies. If the American people ever allow private banks to control the issue of their currency, first by inflation, then by deflation, the banks and corporations that will grow up around [the banks] will deprive the people of all property until their children wake-up homeless on the continent their fathers conquered. The issuing power should be taken from the banks and restored to the people, to whom it properly belongs”

    That is the crux of it. If we, as a people, cannot regain our control of money, we will always be beholden to the government. If we have a money supply that is independent of government, than we can be free. Until then, we are just trying to get by. ”

    “Wealth brings with it its own checks and balances. The basis of political economy is non-interference. The only safe rule is found in the self-adjusting meter of demand and supply. Do not legislate. Meddle, and you snap the sinews with your sumptuary laws. Give no bounties: make equal laws: secure life and property, and you need not give alms. Open the doors of opportunity to talent and virtue, and they will do themselves justice, and property will not be in bad hands. In a free and just commonwealth, property rushes from the idle and imbecile, to the industrious, brave, and persevering.

    So the men of the mine, telegraph, mill, map, and survey,– the monomaniacs, who talk up their project in marts, and offices, and entreat men to subscribe: — how did our factories get built? How did North America get netted with iron rails, except by the importunity of these orators, who dragged all the prudent men in? Is party the madness of many for the gain of a few? This speculative genius is the madness of few for the gain of the world. The projectors are sacrificed, but the public is the gainer. Each of these idealists, working after his thought, would make it tyrannical, if he could. He is met and antagonized by other speculators, as hot as he. The equilibrium is preserved by these counteractions, as one tree keeps down another in the forest, that it may not absorb all the sap in the ground. And the supply in nature of railroad presidents, copper-miners, grand-junctioners, smoke-burners, fire-annihilators, &c., is limited by the same law which keeps the proportion in the supply of carbon, of alum, and of hydrogen.

    There is in all our dealings a self-regulation that supersedes chaffering. You will rent a house, but must have it cheap. The owner can reduce the rent, but so he incapacitates himself from making proper repairs, and the tenant gets not the house he would have, but a worse one; besides that a relation a little injurious is established between land-lord and tenant. You dismiss your laborer, saying, “Patrick, I shall send for you as soon as I cannot do without you.” Patrick goes off contented, for he knows that the weeds will grow with the potatoes, the vines must be planted, next week, and, however unwilling you may be, the cantelopes, crook-necks, and cucumbers will send for him. Who but must wish that all labor and value should stand on the same simple and surly market? If it is the best of its kind, it will. We must have joiner, locksmith, planter, priest, poet, doctor, cook, weaver, ostler; each in turn, through the year.

    Excerpts from Emerson’s Wealth from The Conduct of Life

    http://www.rwe.org/works/Conduct_3_Wealth.htm

    “The reality is that WE, the 7 billion people on Earth will change the system, by our collective behavior… without being conscious of it…

    Systems, like everything else are not eternal, but whether they explode or implode doesn’t lead to the same future.

    To make a comparison with stars, some stars become supernovas, explode and release all their components in space. From there, a new system, like our solar system, can be formed and so on…

    Now, some other stars don’t explode, but crumble onto themselves, becoming white dwarfs, they are at the final stage of the creation process.

    Now the question is : what is it gonna be with our system here on Earth.

    Since the advent of mankind, wars have been playing the role of supernovas. They wiped the place clean and a new world (or regional) order was rising from the ashes.

    This time, things might end up in the same way… or not !

    The thing is that today’s humans appear to have mollified a lot… they want wars without casualties… death has become a taboo… they have become sheep… they don’t want to die, but they also don’t want to suffer at all…

    Thus, there is a strong possibility that the system is gonna collapse, implode, and leave behind what some of you call a dark age, that is people without a system, wandering around… this is what I would call the ‘Afghanisation’ of the planet… groups here and there, warlords, permanent local violence and global stagnation or regression… ”

    Agora é parar para pensar.

  32. a torcida da imprensa è o
    a torcida da imprensa è o mais concreto, para que a crise chegue no brasil com toda força possivel.
    a parceria está feita,basta ver alguns partidos politocos,aproveitando da desgraça de todos nos para fazer campanha para 2010.
    isso è muito nojento.

  33. Lamparina & Marko,

    Mas eu
    Lamparina & Marko,

    Mas eu não disse que isso vai acontecer, eu disse que PODE acontecer. Estou apenas teorizando acerca de um possível futuro que julgo sui generis. Saibam então distinguir o que é necessário do que é contingente, primeiro.

    Na verdade, estou apenas lançando mão de uma provocação, trazendo à tona imagens de um outro mundo, da mesma maneira que Rousseau fez uso da imaginação quando buscou refutar Hobbes, Aristóteles e outros. Pois se tomarmos as notícias e a interpretação da história recente, fundamentalmente em relação à questão da URSS, deveríamos ficar ainda mais preocupados. Quem sabe, vocês, mentes brilhantes que são, imagino, devem ter uma teoria social mais aguçada e muito mais pertinente. Pois bem! Sou todo ouvidos. Quero aprender com vocês. Não tenho nada para ensinar.

    Mas creio sim que a passagem do capitalismo para uma forma sócio-econômica superior é inevitável. Isto se dará necessariamente pelo bem ou pelo mal, na paz ou na guerra, cedo ou tarde. Quando menos esperarmos, com a alvorada do amanhã, dormiremos no capitalismo e acordaremos em um novo mundo. Só tomaremos consciência deste muito tempo depois, o que nos fará ainda crer que o capitalismo ainda existirá.

    Quisera eu que fosse logo. Uma vez que nem o pensamento liberal-burguês ou pensamento classe-mediano fascista seriam capazes de mudar o curso da história humana, deve-se concluir então que somente uma revolução mundial socialista liderada pelos trabalhadores daria fim ao capitalismo global. A meu ver, Marx está sendo confirmado pela história e vem com toda a força no século XXI. Mas para aqueles que atrelam o pensamento de Marx ao fim da URSS e ao leninismo, realmente tudo soa como um absurdo. Eu tenho as minhas certezas objetivamente fundadas, mas ainda não chegou a hora de colcoar a cabeça para fora.

    É que sou mais teimoso, menos ousado do que vocês, mas muito mais realista, pois, com ou sem Lula, o Brasil não tem a mínima condição objetiva e subjetiva de liderar a transformação de que a humanidade clama. Como me parece sonhar, na verdade, delirar, o ilustre “Lamparina”. Mas gostaria muito de ouvir as suas idéias, pois tenho certeza de que são brilhantes!

  34. Marko,

    Comentando sobre o
    Marko,

    Comentando sobre o link que você colocou do grupo Exit!, acho que Kurz é quem está preso ao momento histórico e não Marx.

    Não sei você teve algum contato com a obra de Marx, mas no Livro III de “O Capital”, ele enunciou “a lei da taxa de lucro declinante”. A partir dela, o mesmo concluiu que o capitalismo colapsaria por si só, uma vez que o incremento da porção constante da composição orgânica do capital concomitante à luta de classes, com o aumento do captal variável, levaria à queda da taxa de lucro até atingir uma escala global.

    Essa lei não tem qualquer fundamento econômico teórico ou empírico. Nobuo Okishio e outros provaram a invalidade dessa lei. Mas eu não gosto da prova de Okishio, pois o cenário que ele levanta não é realista.

    Eu provei para mim mesmo que, pelos próprios teoremas da teoria da mais-valia, exatamente como ele formulou, chega-se a uma conclusão completamente diversa, o que mostra que a teoria fica intacta, a despeito da conclusão errônea de Marx.

    Em resumo, essa crise vai passar, mas outras virão inevitavelmente, mais ou menos fortes, enquanto isso as desigualdades sociais continuarão, o caos financeiro-econômico se repetirá cedo ou tarde, pois, para além da questão da relação capital-trabalho, o modo de produção capitalisa funda-se em um paradoxo lógico. Uma vez que este se faz verdadeiro, a crise é inevitável, independe das medidas tomadas nos próximos anos. Não vai mudar muita coisa mesmo.

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