BC realiza leilão de linha, e cotação do dólar perde força

Banco Central brasileiro deve atuar no mercado à vista já nesta terça, como medida emergencial

Jornal GGN – Após ultrapassar a marca de R$ 2,41 no fechamento da segunda-feira (19), mesmo após três intervenções via leilão de swap, o Banco Central adotou uma estratégia mais agressiva nesta terça-feira (20) para conter o ritmo de alta da moeda. A autoridade monetária realizou dois leilões de linha (venda de dólar com compromisso de recompra) para tentar conter a moeda.

Ao todo, foram ofertados US$ 4 bilhões. No primeiro leilão, chamado de leilão A, a recompra será feita em 2 de janeiro de 2014, com taxa de corte de R$ 2,467399. No leilão B, a recompra foi programada para 1º de abril de 2014, com taxa de corte de R$ 2,517925. A taxa de venda usada como referencia foi a PTAX registrada às 11 da manhã, no valor de R$ 2,399.  Em um primeiro momento, a sinalização foi de que a estratégia deu resultado. Às 12h03 desta terça, a cotação operava em queda de 0,70%, negociada a R$ 2,397.

Em evento realizado em São Paulo na noite da segunda-feira (19), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, atribuiu a recente disparada ao nervosismo do mercado. “Nós tivemos uma situação de estresse no mercado de câmbio, originada, principalmente nos Estados Unidos. Aumentou um pouco a especulação e a migração de títulos de longo [prazo] para títulos de curto”, declarou, antes de participar de uma cerimônia de premiação a empresários, realizada em São Paulo.

Contudo, o ministro ponderou que a situação brasileira encontra-se controlada, apesar do momento de instabilidade. “Embora estressado, a situação [do mercado] está sob controle. Os demais mercados no Brasil estão tranquilos, entrando recursos na conta de investimento externo direto, nas aplicações na Bolsa [de Valores], nas aplicações financeiras. A bolsa brasileira vem subindo há vários leilões consecutivos”, disse.

De acordo com informações da Agência Brasil, Mantega alertou para que não se aposte em uma desvalorização muito grande do real, sob o risco de se sofrerem perdas, uma vez que o regime de câmbio no país é flutuante, tanto para o lado da desvalorização como para a valorização. O ministro lembrou que um quadro semelhante foi visto recentemente. “Então, é preciso tomar cuidado para não se entusiasmar e achar que esse câmbio vai muito longe”, destacou.

Apesar de garantir que a situação está sob controle, Mantega declarou que o governo está pronto para agir, caso a subida da moeda americana comece a pressionar a inflação. “Nós temos alguns antídotos, que são a redução das tarifas de alguns insumos, aquelas tarifas que subiram na lista de setembro do ano passado”, disse. “Não há nenhum temor de que possa haver um problema maior. A situação está sob controle. Nós temos US$ 370 milhões de reservas para sustentar algum problema maior”, acrescentou. 

Com informações da Agência Brasil

Redação

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