Brasil é 4º país que mais atrai investimentos estrangeiros

Por Marcílio Souza | Valor
 

SÃO PAULO  –  Entre os países que mais receberam fluxos de Investimento Estrangeiro (IED) em 2012, o Brasil subiu da quinta posição em 2011 para a quarta em 2012, com um volume total de US$ 65 bilhões, praticamente igual ao das Ilhas Virgens. 

O país foi superado apenas por Estados Unidos, que receberam US$ 168 bilhões, China (US$ 121 bilhões) e Hong Kong (US$ 75 bilhões). No grupo das dez economias que mais receberam IED, figuram também Reino Unido, Austrália, Cingapura, Rússia e Canadá. 

Apesar da melhora de posições do Brasil, o fluxo de IED para o Brasil caiu 2% no ano passado, após dois anos de crescimento. “Novas medidas foram adotadas no Brasil em 2012 no contexto de sua política para a indústria, a tecnologia e o comércio internacional inaugurada em 2011. A política inclui uma mistura de incentivos fiscais, empréstimos a taxas preferenciais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e alívio tributário. Em particular, um novo regime (Inovar-Auto) foi aprovado para encorajar investimentos na eficiência dos veículos, na produção nacional, em pesquisa e desenvolvimento e na tecnologia automotiva”, cita o “Relatório de Investimento Mundial de 2013 – cadeias de valor global: investimento e comércio para o desenvolvimento”, divulgado nesta quarta-feira pela Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad).

“Em parte por causa dessa política, o IED para a indústria automotiva (montagem e autopeças) saltou da média anual de US$ 116 milhões em 2007 a 2010 para uma média de US$ 1,6 bilhão em 2011/2012”, acrescenta a Unctad. 

Já no ranking das economias que mais remeteram IED, os Estados Unidos aparecem num distante primeiro lugar, com US$ 329 bilhões, seguidos por Japão, com US$ 123 bilhões, China, com US$ 84 bilhões. O Brasil não aparece nessa relação.  

No documento, o órgão da ONU aponta que a queda de 17% do IED para a América Central e o Caribe em 2012 mascarou um aumento de 12% para a América do Sul. 

“Os fatores que mantêm a América do Sul como um destino atraente para o IED são sua riqueza de petróleo, minerais e gás e sua classe média em rápida expansão”, aponta a Unctad. 

No cômputo geral, o IED que entrou na América Latina e o Caribe caiu 2%, para US$ 244 bilhões. O fluxo de saída de IED da região, por sua vez, diminuiu 2% no ano passado, para US$ 103 bilhões. 

(Marcílio Souza | Valor)

Luis Nassif

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