Caixa lucra R$ 3,1 bilhões no primeiro semestre

Sugestão de Assis Ribeiro

Brasil Econômico

Aumento do crédito e de clientes turbina lucro da Caixa

Por Léa de Luca

Com o aumento de 42,5% na carteira de crédito e de 12% na base de clientes, a Caixa lucrou no primeiro semestre R$ 3,1 bilhões.

O aumento de 42,5% na carteira de crédito e de 12% na base de clientes levou a Caixa a lucrar R$ 3,1 bilhões no primeiro semestre deste ano. A cifra é 10,3% maior do que o obtido no mesmo período do ano passado, e, segundo a instituição, é recorde. Considerando apenas o segundo trimestre, o lucro cresceu 8,8%, para R$ 1,8 bilhão.

O saldo da carteira de crédito terminou junho em R$ 431,3 bilhões, e a base de clientes aumentou 7,5 milhões nos últimos 12 meses – a instituição terminou junho com 69 milhões.

O vice-presidente de finanças e controladoria da Caixa, Márcio Percival, explicou que são principalmente esses dois fatores que explicam o aumento das receitas da instituição – 25,9% com crédito e 14,3% com serviços, incluindo tarifas. “Também visamos a aumentar a reciprocidade dos clientes,que cada uma consuma mais produtos e serviços”, diz.

A meta para expansão do crédito no ano é algo entre 34% e 38%, segundo o executivo, que diz deter atualmente 17% de participação no mercado – o alvo é chegar em dezembro com 18%.

“A alta foi distribuída por todas as linhas – habitação, pessoa física, empresas e infraestrutura”, disse. Segundo Percival, a qualidade da carteira melhorou: o banco terminou o semestre com 92,5% dos empréstimos classificados entre as categorias AA e C, uma melhora de 1,2 ponto percentual.

A inadimplência menor do que a média do mercado explica-se pelo fato de 58% das operações de crédito da Caixa serem direcionadas à habitação, linha tradicionalmente com menores índices de calotes. Mas ainda assim as despesas com provisão para devedores duvidosos totalizaram R$ 4,3 bilhões, um aumento de 18,9%. E a eficiência, embora relativamente estável, segue bem pior do que a média do mercado (60,3% – quanto menor, melhor).

“Para suportar o crescimento do crédito, a captação – em letras financeiras do agronegócio (LCA), do crédito imobiliário (LCI), poupança e certificados de depósitos (CDB) aumentaram 35,8%. Para ajudar a atingir a meta de crescer ainda mais no segundo semestre, o banco confirmou que planeja levantar até US$ 2,5 bilhões em bônus no mercado internacional em setembro . “Estamos preparados para captação externa, só aguardando uma janela de oportunidade”, disse Percival.

De acordo com Percival, a Caixa está desenvolvendo projetos para ampliar a participação em produtos financeiros como seguros, cartões de crédito, além dos créditos para automóveis e rural, mas isso não inclui aquisições. “Vamos crescer organicamente”, disse.

Segundo o vice-presidente de riscos Raphael Rezende Neto, o banco está atento ao grupo EBX, do empresário Eike Batista, que vem enfrentando revezes e grande desconfiança dos investidores. A Caixa é credora de algumas companhias do grupo, mas não revela o montante. Mas, por enquanto, não vê necessidade de fazer provisões para possíveis perdas com esses empréstimos.

Os empréstimos da Caixa às empresas da EBX têm cada um estrutura própria de proteção de risco e o banco não identificou necessidade de fazer provisões para perdas, porque as companhias vêm honrando os pagamentos , disse Rezende Neto. Com Reuters

Luis Nassif

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