Confiança do comércio tem menor resultado desde maio

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A média do Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do trimestre encerrado em setembro ficou 3,6% abaixo do registrado em igual período do ano anterior, o pior resultado desde maio passado, quando a taxa interanual trimestral também havia ficado em -3,6%. Os números foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Considerando-se comparações interanuais mensais, o recuo de 5,7% entre setembro do ano passado e deste ano é o maior desde fevereiro de 2012 nesta base de comparação.

O resultado contabilizado em setembro chegou a 125,2 pontos, o menor registrado para o mês desde 2010. Embora a magnitude da queda do ICOM em setembro tenha sido influenciada pelo forte avanço da confiança no período-base (2012), a tendência sinalizada pela Sondagem do Comércio é de arrefecimento do nível de atividade na virada entre o terceiro e quarto trimestres.

A pesquisa mostra redução dos níveis de satisfação dos empresários com a situação presente e do otimismo em relação aos meses seguintes. A variação interanual trimestral do Índice da Situação Atual (ISA-COM) passou de -3,5%, em agosto, para -4,6%, em setembro. Considerando-se a comparação interanual mensal, as variações do ISA-COM passaram de 0,8% para -6,9%, respectivamente.

O Índice de Expectativas (IE-COM) apresentou uma redução menos acentuada, com a taxa interanual trimestral passando de -2,5%, em agosto, para -3% em setembro. Também houve piora relativa em termos mensais, com a taxa interanual passando de -2,2% para -5%, respectivamente.

Já o Índice da Situação Atual (ISA-COM), que retrata a percepção do setor em relação ao momento presente, mostra que 16,4% das empresas consultadas avaliaram o nível atual de demanda como forte e 21,8%, como fraca, na média do trimestre fechado em setembro. No mesmo período de 2012, estes percentuais haviam sido de 20,0% e 20,8%, respectivamente.

Considerando-se a comparação interanual trimestral, o indicador que mede o otimismo em relação às vendas nos três meses seguintes foi o que mais contribuiu para a piora do Índice de Expectativas (IE-COM) entre agosto e setembro, ao passar de uma variação de -3,3% para -3,6%. Já a taxa de variação do indicador que mede o otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes passou de -1,7% para -2,3%, no mesmo período.

A análise desagregada dos dados mostra piora em 10 de 17 segmentos entre agosto e setembro, considerando-se as comparações trimestrais. Entre os grandes subsetores, apenas o segmento revendedor de Material de Construção registrou uma melhora relativa em relação ao resultado de agosto. No Varejo Restrito, a variação interanual do Indicador Trimestral passou de -4% no trimestre findo em agosto, para -4,8%, em setembro; no conceito de Varejo Ampliado, a variação passou de -3,6% para -4%, respectivamente, nos mesmos períodos.

Segundo a FGV, o desempenho do segmento de Veículos, Motos e Peças segue menos favorável: as taxas de variação passaram de -2,4% para -2,7%. Após um mês de queda, o segmento de Material para Construção voltou a evoluir em setembro, com a variação interanual trimestral passando de -1,8% para -0,1%. Já no Atacado, as taxas foram de -1,6% e -2,9%, respectivamente.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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