Contas públicas têm déficit de R$ 432 milhões em agosto

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O setor público consolidado ( União, estados, municípios e empresas estatais) encerrou o mês de agosto com um déficit primário de R$ 432 milhões, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central. Este foi o pior resultado nas contas públicas para o mês desde 2010. O Governo Central registrou déficit de R$ 55 milhões; e os governos regionais e as empresas estatais, déficits de R$ 174 milhões e R$ 203 milhões, respectivamente.

No ano, o superávit primário acumulado alcançou R$ 54 bilhões, abaixo dos R$ 74,2 bilhões contabilizados no mesmo período do ano anterior. O superávit primário acumulado em doze meses totalizou R$ 84,7 bilhões, ou 1,82% do PIB, reduzindo-se 0,09 ponto percentual do PIB (Produto Interno Bruto) em relação ao observado no mês anterior.

As despesas com o pagamento de juros da dívida somaram R$ 21,87 bilhões em agosto, com leve declínio em relação a julho, quando foram gastos R$ 23,39 bilhões, porque o mês passado teve menos dias úteis. No ano, os juros nominais somam R$ 163,35 bilhões, ante R$ 147,58 bilhões em igual período de 2012, e o total nos últimos 12 meses chega a R$ 229,64 bilhões, ou 4,94% do PIB.

O resultado nominal, que inclui o superávit primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 22,3 bilhões em agosto, e no ano o déficit atinge R$ 109,3 bilhões, elevando-se R$ 36 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado. Em 12 meses, o déficit chega a R$ 144,9 bilhões (3,12% do PIB).

Já a dívida mobiliária federal, fora do Banco Central e avaliada pela posição de carteira, totalizou R$ 1,895 trilhão (40,8% do PIB) em agosto, alta de R$ 31,5 bilhões em relação ao mês anterior devido a emissões líquidas de R$ 16,3 bilhões, alta de R$ 400 milhões em razão da depreciação cambial e incorporação de juros de R$ 14,8 bilhões.

Os destaques do período ficaram com as emissões líquidas de R$ 12,9 bilhões em LTN (Letras do Tesouro Nacional), de R$ 9,7 bilhões em LFT (Letras Financeiras do Tesouro) e de R$ 2,4 bilhões em NTN-F (Notas do Tesouro Nacional – Série F); e os resgates de R$ 7,8 bilhões em NTN-B (Notas do Tesouro Nacional – Série B) e de R$ 400 milhões em NTN-A (Notas do Tesouro Nacional – Série A).

Na comparação com julho, a participação por indexador mostra que a porcentagem dos títulos indexados a câmbio permaneceu em 0,5%; a dos títulos vinculados à taxa Selic elevou-se de 16,7% para 17,2%, devido a emissões de LFT; a dos títulos prefixados evoluiu de 28,4% para 29,3%, em função das emissões líquidas de LTN; e a dos indexados a índices de preços caiu de 26,9% para 26,8%. A participação das operações compromissadas passou de 27% para 25,8%, em razão de compras líquidas de R$ 34,2 bilhões.

Em agosto, a estrutura de vencimento da dívida mobiliária em mercado mostrava que R$ 90,4 bilhões (ou 4,8% do total) possui vencimento em 2013; R$ 391,6 bilhões (20,7% do total) vence em 2014; e R$ 1,414 trilhão (74,6% do total) vence a partir de janeiro de 2015.

No final de agosto a exposição total líquida nas operações de swap cambial alcançou R$ 102,7 bilhões. O resultado dessas operações (diferença entre a rentabilidade do DI e a variação cambial mais cupom) foi desfavorável ao Banco Central em R$ 2,4 bilhões, no mês.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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