Copom aumenta juros para 13,25% ao ano

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central aumentou a taxa de juros brasileira em 0,50 ponto percentual, para 13,25% ao ano – o maior patamar registrado desde 2016 – em decisão unânime.

Segundo comunicado divulgado após a reunião, o colegiado afirma que a decisão “reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva”.

Na visão do Copom, o ajuste também é compatível com o plano de levar a taxa de inflação para a meta “ao longo do horizonte relevante”, que inclui o ano de 2023.

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“Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, diz o Copom.

O colegiado ressalta que o ciclo de aperto monetário deve continuar “avançando significativamente em território ainda mais contracionista”, o que significa uma nova alta dos juros, de igual ou menor magnitude.

“O Comitê nota que a crescente incerteza da atual conjuntura, aliada ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos ainda por serem observados, demanda cautela adicional em sua atuação”, diz o Copom. A próxima reunião está marcada para os dias 02 e 03 de agosto.

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Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

2 Comentários

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  1. No mínimo macaquice em relação ao sistema americano, esse sim, usando com proficiência o sistema de juros para controlar a inflação. No mínimo macaquice; senão má-fé.

  2. No atual cenário envolto a incertezas no mundo inteiro, os fatores no aumento dos índices inflacionários são muito afetados exteriormente. Mas o fato de que as taxas de juros já se encontram em patamares elevados numa economia que se quer razoável, impõe uma elasticidade muito grande na resiliência das várias partes da engrenagem da economia brasileira em responder essas subidas dos juros. O Brasil já trabalhou com esse nível de juros num momento bem mais favorável economicamente. A grande questão em relação a essas metas inflacionárias não é o motivo, mas o modo. Ao fixar-se uma dada meta, o seu objetivo não deveria ter uma resposta imediatista, querendo arrastar a fórceps os índices inflacionários para dentro dela. Essa obsessão provoca uma série interminável de previsões, contaminado o ambiente das expectativas, criando desconfiança permanente sobre o quadro de controle da inflação. Isso compromete qualquer planejamento de prazos mais alargados, impedindo programar como e para onde caminhar. Setores que poderiam se tornar mais competitivos, puxando outras atividades para essa subida deixam de fazê-lo pela falta de uma”normalidade” da economia brasileira. O conjunto econômico precisa ser adequado evolutivamente a uma certa meta, buscando a exemplo de outros países, uma relativa acomodação do resultado inflacionário a esse centro e regressivamente ser levado a um patamar mais baixo. Essa inconstância na política monetária,que provoca inconsistência em toda a economia, não permite ao País ter o desenvolvimento em seu todo.

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