Copom eleva taxa Selic para 10,75% ao ano

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Decisão unânime leva indicador ao seu primeiro aumento desde agosto de 2022; dinâmica da inflação vai definir ajustes futuros

Foto: Leonardo Sá/Agência Senado

O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) aumentou a taxa básica de juros do país em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano. Este é o primeiro aumento visto desde agosto de 2022.

A decisão foi tomada com base em um cenário “marcado por resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas”, segundo o comunicado divulgado após a reunião.

Sobre o cenário externo, o colegiado destaca que o cenário segue desafiador “em função do momento de inflexão do ciclo econômico nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed”.

“O Comitê avalia que o cenário externo, também marcado por menor sincronia nos ciclos de política monetária entre os países, segue exigindo cautela por parte de países emergentes”, explica o Copom.

“Considerando a evolução do processo de desinflação, os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 10,75% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”, destaca o texto.

Segundo o comunicado, os ajustes futuros e a magnitude do ciclo iniciado serão ditados “pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”.

Clique aqui para ler a íntegra do comunicado do Copom

4 Comentários

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  1. “A decisão foi tomada com base em um cenário marcado por”…
    Só “generalidades genéricas”.
    A fina flor da “técnica”.
    E olha que esqueceram de colocar o “risco de explosão de um meteorito nos gases de Júpiter!
    Ah sim: e de garantir um “jurinho” real de 6,25% aos rentistas e f#d@-$e a economia produtiva que sustenta tal agiotagem.

  2. Não há nada tão ruim que não possa piorar. Além de altos índices inflacionários, os Brasileiros têm que conviver também com taxas de juros estratosféricas.
    Inflação se combate aumentando a oferta, não reduzindo o consumo. Aqui só tem jênios.

  3. Sinceramente, eu gostaria de ver agora “los passionários” do “não é só por R$0,20” tomando as ruas e avenidas (kkkkkkkkkkkkkkkk, essa nossa língua portuguesa “tomando as ruas e avenidas”, se bem que eles “tomam” em tantos lugares… mas, isso é para outra conversa) gritando “não é só pelos 0,25% do Campos Neto”! Adonde andarão esses “passionários” agora!

  4. O clube dos rentistas brasieliros, penhoradamente agradece, por mais este mimo, mas lamentam que o BACEN esteja dando uma enorme contribuição ao endevidamento público. Mas pelo menos, deviam evitar de acusar o governo de gastador, afinal, o mimo vai acrescentar um gasto adicional de aproximadamente 20 bilhões de reais ao ano na conta dos juros. Será que o Brasil está se tornando uma USUROCRACIA?

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