O suicídio do magnata alemão

Por José Antonio Meira da Rocha

De como a Porsche tomou a Volkswagen e provocou o suicídio do financista Adolf Merckle:

http://radian.org/notebook/porsche

Luis Nassif

18 Comentários

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  1. essa é uma história
    essa é uma história cinematográfica mesmo.

    Só comparável( em ´parte) quando nos anos 60 se suicidava por não poder cumprir um acordo.Geralmente se inforcavam no banheiro.

    ErA o tempo que o ”’fio de bigode” valia mais que uma assinatura.

    Hoje em dia,eles raspam o bigode( pra se disfarçar) e continuam vivendo como se nada tivesse acontecido.

    Se o mundo EVOLUI na tecnologia,INVLOLUI no caráter.

  2. Dizem os mais apetrechados em
    Dizem os mais apetrechados em filosofices e psicologes que o suicidio é realmente o grande tabu da humanidade.
    Mas, ao contrário do anarquista, não vinculo o “tresloucado gesto” com mais ou menos carater…
    Eu tive um tio, sem grande robustez de carater, que quando era apertado para tomar tenência na vida ameaçava se enforcar. Mas pelo joelho, já que pelo pescoço, dizia ele, seria muito doloroso.
    Morreu de velho…

  3. Ele vivia por causa do
    Ele vivia por causa do dinheiro. Respirava, comia, bebia dinheiro.

    Dinheiro era a única dimensão da vida dele. Perdeu o dinheiro, perdeu o sentido da vida.

  4. Se formos mais específicos em
    Se formos mais específicos em nomear a Porshe podemos dizer que o responsável pelo suicídio foi Ferdinand Piëch?

    Da Época Negócios (11/01/2008) uma matéria que diz ter sido ele o idealizador da compra da Voks pela Porshe. O apelido do cara é Homem de Gelo. Para ser bonzinho a matéria fala que o cara não tem sentimentos!

    http://epocanegocios.globo.com/Revista/Epocanegocios/0,,EDG80938-8379-11-1,00-O+HOMEM+DE+GELO.html

  5. Essas jogadas financeiras
    Essas jogadas financeiras são, para mim, um desafio a desvendar. Não consigo entender o jogo a ponto de prever resultados. Por isso acompanho as estórias com o interesse de um garoto maravilhado com o roteiro de um filme policial.
    Este caso específico mostrou que mesmo os grandes jogadores não dominam todas informações. Como que a Porshe conseguiu esconder, de todo o mercado, o tamanho da sua carteira?
    Será que um evento semelhante poderia acontecer no Brasil? Por aqui as informações privilegiadas são facilmente compradas e pessoas bem relacionadas conseguem obte-las ao arrepio da lei.

  6. Naturalmente que isso é
    Naturalmente que isso é triste, mas FAZ é levantanda a suspeita de que ele se matou por medo de ir parar na cadeia. Sabe como é desviar dinheiro e fazer transações ilegais.

    Não existe santo nesse mundo…

    Abraços

  7. Impressionante, uma jogada de
    Impressionante, uma jogada de mestre que serve também para ilustrar as apostas de alto risco do cassino financeiro. E o artigo foi muito bem escrito. Para quem o dinheiro e a adrenalina da aposta é tudo na vida, não havia outro caminho a não ser o suicídio. Um filme mais ou menos recente de Ridley Scott trata deste tema de uma maneira muito leve e divertida, com um final muito diferente (uma escolha de vida e não de morte, de alguém que vivia exclusivamente pela adrenalina de ganhar dinheiro no mercado financeiro). O filme é “Um bom ano”, com Russell Crowe e a bela Marion Cotillard (Piaf). Recomendo abrir um bom tinto para acompanhar o filme.

  8. Faltou uma
    Faltou uma parte:

    http://www.time.com/time/business/article/0,8599,1854760,00.html

    Tradução livre do trecho relevante:
    “[A] Porsche vem silenciosamente comprando participação acionária na VW e somente teve o elemento surpresa porque a lei alemã não a obriga
    reportar posições que resultam em mais de 30% de sua participação na companhia.”

    Pelo que eu entendi a Porsche tinha 42,6% das ações compradas diretamente. O resto ela adquiriu através de opções – e foi essa parte que surpreendeu o mercado, porque a companhia não é obrigada a revelá-las.

  9. Por mim eu prefiro os
    Por mim eu prefiro os Porsche, Volkswagen enguiça muito.

    Antigamente quando morava em São Paulo e descia todo final de semana para Santos, costumava voltar domingo de madrugada, lá pelas 3 ~ 4 horas da manhã, aí ocorria um fato interessante, nos finais de semana prolongados em que emigrantes ficava engarrafada desde São Vicente até São Paulo, de madrugada quando eu subia não tinha vaga nos acostamentos de tanto carro enguiçado, de cada três dois eram Volkswagen.

    Ficaram anos fazendo carroças aqui e vendendo para os trouxas que tinham de comprar aquelas porcarias.

  10. hummm

    Tinha 9 bilhoes de
    hummm

    Tinha 9 bilhoes de dolares, e se suicidou por falta de dinheiro?

    Muita (ou nenhuma ) presença de amor na vida, exceto pelo dinheiro, ja vai tarde, nao mereceu o que teve em vida, mais certtamente vai ter o que merece em morte.

    se desse apenas um milhao pra mim eu me daria por satisfeito e ate mandava rezar pela salvaçao de sua alma

  11. Delcides,

    Então são os tais
    Delcides,

    Então são os tais derivativos invisíveis que novamente fazem vítimas? Eu não sei, mas achei o jogo da Porsche arriscado. Se fosse acionista, estaria assustado com o que fizeram com o meu dinheiro. Também achei um absurdo a lei Alemã não forçar um aciionista a revelar posições abaixo de 30%. Este limite é muito alto. Nos EUA, acho que são 5%.

    No mais, não consigo imaginar como jogadas dessas contribuem para algum bem maior (economia mais eficiente ou algo assim). Me parece que só ajuda a consolidar o mercado financeiro como um cassino.

  12. Wander,

    Entendo
    Wander,

    Entendo pouco do assunto mas, pelo que eu já li, o que a Porsche fez foi comprar opções: você paga uma taxa para “reservar” um bloco de ações para uma certa data. Chegando o dia, você decide se compra ou não ( “exerce a opção”, no jargão). A Porsche só teria (teve) a posição de 74% *depois* de exercidas as opções.
    O conceito de derivativo é o de um papel com valor baseado em outro papel – por exemplo, títulos de um banco que tem como lastro a carteira imobiliária deste. O problema que vem afetando o mercado desde o ano passado é que os lastros não tinham o peso que o pessoal achava, porque ativos como a carteira de hipotecas estavam super-avaliados.
    Não sei se você leu o artigo linkado no post, mas o que os fundos fizeram foi *apostar* na queda das ações da VW usando um mecanismo chamado de “short”: você “empresta” ações, prometendo devolvê-las num determinado prazo. Daí vende-se as ações ao preço corrente e, quando o prazo expira, compra-se o montante devido no mercado para honrar o empréstimo. Note que era de conhecimento público que 60% das ações já
    estavam na mão da Porsche e do governo da Baixa Saxônia. Portanto, quem quis fazer “short” sabia que estava entrando numa dança das cadeiras com 40% – o que eles não sabiam é que havia muito menos cadeiras pra sentar, graças às opções da Porsche.
    Minha opinião ? Quem quer jogar pôquer tem que ter certeza do próprio cacife…

  13. Estas particularidades
    Estas particularidades sofisticadas do mundo dos negócios milionários, nos países onde há mais de 1.500 anos à frente, para qualquer um que lê artigo deste peso, nem traduzindo.

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