Datafolha: 52% dizem que a vida piorou

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Pesquisa mostra que 53% dos entrevistados dão muita importância para a economia; tema será determinante para decidir voto

Agência Brasil

A situação econômica será fator determinante no momento da população decidir em quem votar na eleição presidencial em outubro – e, segundo o Datafolha, a vida das pessoas piorou.

Os dados da última pesquisa mostram que a situação econômica será um fator de “muita influência” para 53% dos brasileiros decidirem em quem votar. O tema tem “um pouco de influência” para 24% dos entrevistados, e 21% não veem influência.

Além disso, cerca de sete em cada 10 eleitores disse que seu voto não sofreria mudanças caso a situação econômica do país – ou alguns indicadores econômicos – mostrasse piora.

Quando questionados sobre sua situação pessoal, o percentual de pessoas que diz ter visto piora subiu seis pontos percentuais, de 46% para 52%, entre o levantamento feito em março e o mais recente.

A pesquisa mostra ainda que cerca de 7 em cada 10 eleitores não alterariam seu voto se a situação econômica do país piorar —ou a de alguns indicadores econômicos.

Porém, a probabilidade daqueles que se dizem eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL) mudarem de voto diante da piora é quase dez pontos percentuais maior do que aqueles que dizem votar em Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Um exemplo citado é o de piora da inflação: enquanto 32% dos eleitores de Bolsonaro dizem que podem mudar o voto, o percentual entre os eleitores de Lula é de 23%.

Segundo a pesquisa, a percepção de que a vida piorou é maior entre as mulheres (71%), entre moradores do Nordeste (72%) e entre os eleitores de Lula (84%).

O Datafolha ouviu 2.556 pessoas acima de 16 anos em 181 municípios do país nos dias 25 e 26 de maio. A pesquisa possui margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos e está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-05166/2022.

Com informações da Folha de São Paulo

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. O fato de que os brasileiros se acostumaram a viver no improviso, buscando meios diversos de manter a sobrevivência, diminui o peso de influência sobre essa percepção de piora ou melhora da economia. Assim como desconsidera-se a política ser um fator de importância na organização do País e influente na determinação das condições de vida e das próprias oportunidades de crescimento; também nas questões econômicas, cada um sabe que tem que se virar. Isso retira em certa medida o que cada proposta apresenta como alternativa antagônica em relação à outra. Ninguém representa caminho melhor ou pior, o País é isso mesmo. Não existe uma crença de que o Brasil vá mudar, é como se o País já tivesse atingido tudo o que pode dar, um descrédito em relação a alguma mudança considerável. O descrédito nas instituições, que deveriam ser fator de agregação da sociedade. Como se o País se reconhecesse incapaz de alterar os próprios rumos, seja pelo desinteresse ou por incapacidade, não se acredita na transformação enquanto sociedade civilizada e comprometida com isso. Estado e sociedade passaram a não se identificar como continuidade um do outro. A organização de um, resultando na situação do outro. Todo esse processo de precarização da vida social, econômica, produtiva acaba produzindo um desinteresse geral na realidade e em reconhecer que poderia ser melhorada. Somente uma parcela da sociedade tem vez nas decisões. São beneficiadas por essas decisões; haja vista a retirada dos direitos perpetrada ao longo desses tempos. Não existiu a contrapartida, não houve ganho de nenhuma ordem para o conjunto da sociedade. O País está decaindo e as pessoas não se sentem parte das preocupações sobre os destinos em nenhum dos assuntos relevantes sobre o País.

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