Desindustrialização da América Latina

Do Usinagem Brasil

América Latina está em processo de desindustrialização

Há algum tempo dirigentes industriais e analistas econômicos têm dito que o Brasil está em processo de desindustrialização. Na semana passada, o debate sobre este tema ganhou a contribuição (e a extensão do problema para toda a América Latina) de Daniel Novegil, presidente do ILAFA – Instituto Latinoamericano del Fierro y el Acero, durante o Congresso do Aço, realizado na semana passada em são Paulo.

Novegil – que também é CEO do Ternium, uma das principais grupos siderúrgicos da América Latina, com unidades no México, Argentina, EUA, Colômbia e Guatemala – apresentou números de estudo inédito que o ILAFA está realizando em quatro países: Brasil, México, Argentina e Colômbia. “A América Latina passa por um processo de desindustrialização e é necessário um plano de ações para reverter esse processo”, disse, acrescentando que os números finais deste estudo serão apresentados aos governos destes países em breve. “Ao final do estudo, vamos apresentar conclusões e sugestões de ações que podem contribuir para reverter esse processo”.

O estudo analisa o impacto do crescimento chinês sobre as economias do Brasil, México, Argentina e Colômbia, contribuindo para um processo de desindustrialização. “Quando analisamos os percentuais que os produtos industrializados alcançam nas balanças comerciais desses países constatamos um forte desequilíbrio nas relações com a China e um processo de primarização de economias como as do Brasil e do México, este fortemente afetado com a perda de mercados”, disse o executivo. “Essa situação precisa ser revertida, ainda mais se lembrarmos que a expansão da cadeia metal-mecânica é prioridade no novo plano para os próximos cinco anos apresentado, recentemente, pelos chineses”.

Luis Nassif

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