Economistas da OEB buscam soluções para a crise no Brasil

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
[email protected]

 
Jornal GGN – A Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) vai analisar e propor soluções para a crise econômica no país, no próximo dia 21 de janeiro, com o seminário “A Década ‘mais perdida ainda’ não está perdida ainda”.
 
“Não adianta trocar presidente, ministros, sem modificar a política econômica. A maneira de gerir a coisa pública é que tem que ser mudada, independente de quem estiver no poder”, afirmou o economista Roberto Troster. O membro da OEB escreveu um artigo sobre a situação do cenário nacional, que foi o que motivou a organização do evento. “Tenho certeza de
que há uma saída”, disse.
 
O seminário que busca propor soluções ocorrerá no auditório da Ordem dos Economistas do Brasil, no viaduto Nove de Julho, 26, na quinta-feira (21), das 10h às 12h. A entrada é gratuita. Mais informações pelo e-mail: [email protected]
 
A seguir, o artigo do economista sobre o tema do Seminário, publicado originalmente no Jornal O Estado de São Paulo, em 28/dez/15:
 
“A DÉCADA ‘MAIS PERDIDA AINDA’ NÃO ESTÁ PERDIDA AINDA”
 
Por Roberto Troster

Fim do primeiro tempo! Esta semana, o Brasil está no ponto médio do período em que os analistas projetam como a década que terá o pior desempenho da história; pior que a dos anos 1980, conhecida com a “década perdida”, e pior que a de 1930, a da “grande depressão”.

As estimativas mostram que em 2020, a renda per capita será igual à de dez anos antes, a indústria terá encolhido, a dívida pública crescido, o desemprego aumentado, a “financeirização” ampliada e o investimento reduzido.

Agravando o quadro, o produto potencial, que é a taxa máxima que o país pode crescer sem inflação (depende de investimentos realizados, recursos naturais, capital humano, instituições e dinâmica fiscal) terá caído pela metade: de 4% em 2010 para 2%, ao ano, estimado para 2020.

Se nada for feito, as projeções, de que esta década pode se tornar a pior da vida republicana, ”a década mais perdida ainda”, vão se tornar uma triste realidade. Se, e só se.

É um quadro difícil, com o produto potencial encolhendo, inflação alta, uma dinâmica da dívida pública perigosa, uma crise de inadimplência, a corrupção exposta e um poder executivo com baixa aprovação, mas não é uma situação impossível de reverter.

O segundo tempo da década começa nesta sexta-feira, e ainda há tempo de deixar a triste pecha de “perdida” no passado, e não no futuro, do país. A questão é mudar e começar a fazer e debater as coisas certas.

O primeiro ponto é que pessoas e partidos não são a solução dos problemas. Trocando presidente, ministros e a agremiação política hegemônica, sem modificar a política econômica, a situação vai continuar a agravar-se. A maneira de gerir a coisa pública é que tem que ser mudada, independente de quem estiver no poder.

A ideologia também não tem nada a ver com a superação dos problemas a serem enfrentados. É fato que a economia não é uma ciência exata, mas também é verdade que há princípios consolidados no saber econômico que devem ser aplicados para promover o crescimento e a
inclusão social, e eles não estão sendo seguidos no Brasil.

A experiência internacional é rica em exemplos de países que se desenvolvem aplicando o receituário da corrente principal da economia, assim como de outros em que usam uma máscara ideológica, evocando pseudo teorias, para esconder a ineficácia na gestão da coisa
pública.

As discussões sobre desenvolvimentistas e monetaristas só fazem sentido nos cursos de história do pensamento econômico, analisando as décadas de 1930 a 1960, fora desse contexto, são anacrônicas. Só servem para fins eleitoreiros. A questão não é ideológica e sim
lógica. É atuar para fazer o Brasil parar de andar em marcha à ré e acelerar em direção ao futuro.

Um roteiro de atuação é extenso e alguns pontos devem ser enfatizados. O primeiro é mudar o debate sobre o déficit, que está desfocado. Há discussões intermináveis sobre o tamanho do superávit primário (0,0%, 0,5% ou 0,7% do PIB) e onde aumentar receitas e cortar gastos, que não estão levando a lugar nenhum.

O importante na política fiscal é estabilizar a relação dívida/PIB, no médio e longo prazo, para que não se torne explosiva. Isso demanda ajustes permanentes na arquitetura de gastos e receitas do governo. É demorado, mas tem que ser iniciado logo.

Neste momento, deve-se atuar rapidamente aonde é possível fazer diferenças significativas. O déficit total (nominal) está em 9,5% do PIB e os juros estão em 8,8% do PIB, portanto, várias vezes a quantia que se quer economizar gerando o superávit primário.

Há um descuido nestes gastos que poderia ser revertido. Com os swaps cambiais, até outubro já foram gastos mais de R$ 92,5 bilhões, 1,6% do PIB. Outros montantes da mesma magnitude também foram desperdiçados com o carregamento de reservas.

Há também, dezenas de bilhões de reais dilapidados com subsídios aos juros do BNDES (chamado por alguns, de bolsa empresário). Chega-se à conclusão de que se gasta cerca de dez vezes mais por conta de uma política cambial e bancária obsoleta do que o que querem economizar para ter um superávit primário.

Obviamente, cortar desperdícios e supérfluos deve ser objeto de ações de todo governo. Não é uma questão de mais ou menos estado, mas sim de sua participação mais eficiente e equitativa.

Neste momento, um estímulo que não comprometa a recuperação no futuro pode ser dado por um ajuste no crédito. O país está vivendo a maior crise de inadimplência da historia, há 4 milhões de empresas e 59 milhões de cidadãos com registros de inadimplência, que está
paralisando a economia.

Produtores não têm capital de giro, fornecedores querem receber antecipado e instituições financeiras estão conservadoras ao extremo. A proposta é uma ampla reestruturação de débitos, sem recursos públicos e sem perdas para bancos. É complexo, mas factível, e daria
um impulso forte à economia.

Outras recomendações são: em vez da CPMF, que é um imposto ruim, adotar o IVAF (Imposto de Valor Agregado Financeiro); lembrar que o mercado interno brasileiro é apenas 3% do mercado global; aumentar a inclusão produtiva; reformar a previdência e a CLT – não remendar;
melhorar os mecanismos de transmissão dos juros economizando bilhões de reais; mudar os paradigmas do crédito e do câmbio; enfim, adequar a política econômica e modernizar o quadro institucional.

O mais importante é adotar uma gestão centrada em aumentar o produto potencial, o que faria a “mágica” de gerar confiança e induzir investimentos. O truque é copiar o que aqueles que estão crescendo fazem: focam em eficiência, estabilidade e equidade. O futuro pode ser
esperado ou construído. É uma questão de escolha. É isso.

O ano que vem é o ano do macaco de fogo no horóscopo chinês, é signo mais auspicioso de todos, oxalá. Feliz 2016 ao Brasil!

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

11 Comentários

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  1. opinião

    Com juro estratosférico pago a rentistas,

    Com salários e sinecuras indecentes pagos a agentes públicos e dependentes,

    Com mordomias mil distribuidas sem critério e sem crítica,

    Com sonegações premiadas e “não vem ao caso” abundantes,

    Com funcionalismo público vitalício, não sujeito a avaliações,

    Com imprensa venal monopolizando a informação,

    Com total ausência de planejamento do Estado,

    Não há salvação!

    1. Tá maluco?
      Emerson, o que a imprensa tem a ver com a economia? Os fatos econômicos podem ser distorcidos ou não informados, mas não deixam de existir.

  2. Título

    O título do seminário é pouco criativo.

    “A década ´mais perdida ainda não está perdida ainda`”.

    Poderia ser “A década mais perdida ainda não está totalmente perdida, ainda”.

    Enfim, a criação deve ter sido obra de criadores caseiros, que numa entidade de economistas não deve ser lá essas coisas.

    Espera-se que nos debates sejam mais criativos, pois sem ser economistas nem nada, penso que tudo é uma questão de criatividade e imaginação, se se ficar preso a planilhas e esquemas não se sai do pântano, planilhas e esquemas devem nos servir apenas para que não percamos o rumo, jamais para ditar a sintonia fina do que quer que seja.

  3. Em teoria a ideia é boa, mas
    Em teoria a ideia é boa, mas não sei se vai longe. Está cheio de contradições. No meio do texto em que critica a financeirização excessiva, verifica-se também a rendição a esta ao não propor nenhum objetivo de curto prazo, que seja o desenvolvimento de setores estratégicos capazes de fazer o país progredir.

    1. Aí está a dificuldade de compreensão

      A política econômica afeta a economia real, e não os modelos matemáticos, puramente financeiros. Mas as ferramentas da política econômica são puramente financeiras, e afetam a economia real! Ou seja, ainda que sejam coisas distintas, e que haja dificuldade em lembrar que o modelo matemático não é a realidade, mas serve para representa-la, se as condições forem corretas, os modelos matemáticos e teorias básicas e a economia real são conectados e devem ser usados em conjunto.

      Oque o economista falou no artigo é aquilo que todo o ortodoxo em economia está cansado de dizer: A roda já existe, funciona, e basta aplica-la corretamente. Não há soluções financeiras heterodoxas que vão resolver os problemas estruturais da nossa economia real, e nem faz sentido ficar debatendo e tentando achar uma que funcione. Lugar de experimentos é no laboratório, não na gestão econômica de uma nação. Os mecanismos e o funcionamento dos mesmos são conhecidos, os problemas são mapeados, e o receituário funciona. Deve ser aplicado em dosagem correta, no tempo certo, e com a paciência adequada. E isso resolve a parte financeira da equação econômica, ou seja, leva a modelos matemáticos que comprovam a possibilidade da economia real funcionar. A outra parte, que também precisa ser resolvida, não é da alçada do ministério da economia, nem tem solução financeira ou por canetada presidencial. É a estrutura legal e física da produção e do consumo no país, desde a educação e capacitação profissional dos trabalhadores e empresários até a lógica dos incentivos e restrições impostas direta ou indiretamente pela legislação e pela burocracia. Perfeição é impossível, e revolução impraticável, mas a imobilidade e cegueira ideológica em defesa de direitos que não são respeitados por estarem acima da capacidade real da economia não ajudam. Menos ambição na oferta de direitos que não são financiados pelos impostos, e cuidado para não exagerar naqueles que são, é um dos passos para facilitar a vida do empreendedor, que é quem vai efetivamente mudar a perspectiva de crescimento da economia. Do outro lado, buscar aumentar a eficiência no uso do dinheiro disponível, seja público ou privado, só pode ajudar a incrementar os índices positivos da economia. Nosso dinheiro público é muito mal empregado, e a gestão da dívida pública permanece instável e cara. Esses dois fatores precisam ser equalizados, os alvos da relação PIB/Dívida precisam ser definidos em planos de longo prazo e fixados em lei, e não mais discutidos até o final do período. De outra forma, permanecemos reféns da insegurança do mercado e seus agentes, e o peso das dívidas criadas no passado permanecerá impedimento para a construção de um futuro melhor!

  4. Por que a CPMF é um imposto

    Por que a CPMF é um imposto ruim? E o que é esse IVAF? Mais um imposto sobre o consumo e não sobre a renda?

    Alguém pode explicar.

    Feliz 2016

  5. Impressionante…
    Como ainda

    Impressionante…

    Como ainda tem gente para dizer e gente para acreditar nisso:

     

    “O primeiro ponto é que pessoas e partidos não são a solução dos problemas. “

     

    Eu não acreditei quando li isso. Até agora não estou acreditando. Deve ter sido um ato falho do autor dessa peróla.

    Ora, ora, ora, se pessoas e partidos não são a solução dos problemas então a solução destes deve estar nos semoventes. Ou nas plantas, árvores, mares e rios( ops, rios sem lama!)

    Já posso imaginar um bando de bois e vacas ruminando e sofrendo restrições para  reduzir o volume de peidos do tipo  gás carbônico em busca da solução de nossos problemas. O  efeito estufa é o novo efeito multiplicador.

    Talvez, quem sabe, os  alienígenas são a solução do problema. Que tal chamá-los para resolver os problemas de pessoas e partidos.

     

    Francamente, é de uma estupidez enorme dizer uma idiotice dessas.

    É claro que a solução encontram-se exatamente em pessoas e partidos. Basta abrir o “livrinho”.

    Desmembrando um pouco essa ideia do “livrinho”:

    a solução encontra-se exatamente nos direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais.

    É importante compreender que nas PESSOAS e os PARTIDOS encontram-se  não apenas as SOLUÇÕES mas também os PROBLEMAS de ordem ECONÔMICA. ( Aliás, econômica um ova! Problemas de SERES HUMANOS que se dizem “racionais”)

    Ocorre que os problemas de “ordem econômica” antes de ser econômicos- naquele sentido idiota da pseudo ciência enganadora econômica – são SOCIAIS e antes de sociais, são comunitários, são individuais, são subsidiários , na “barriga da mãe”, no coito, na vida, na morte…

    Ora, ora, ora, senhores, o mundo pode ser de outro jeito!

    Não podemos ainda NEGAR , de qualquer forma, e MUDAR  os 9,8m/s2. Não totalmente, pelo menos por enquanto, salvo melhor juizo.

    Todavia,  podemos NEGAR um HÁBITO HUMANO QUALQUER. 

    Podemos negar uma politica econômica fajuta qualquer e colocar outra. Ou manter a atual. Podemos negar a existência de ESTADOS, de LEIS , normas, de MOEDA, de bancos, e de uma infinidade de instituições! 

    Podemos determinar que agora no mundo só há um ESTADO e um único idioma( este, no entanto, dependerá de tempo para que outros o aprendam e as escola passem a ministrá-lo)

    Podemos dizer que a MOEDA REAL agora é o DOLLAR e vice versa.

    Podemos dizer que Barack Obama é o presidente do MUNDO e que só ele possuirá todas as BOMBAS ATÔMICAS.

    Podemos também extinguir o CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU. Ou retirar a China e a Rússia. Mudar do jeito que bem entender.

    Podemos acabar com a CLT. Lei “facista”, cópia da carta del lavoro ( como alguns idiotas costumam vomitar por ai) e voltar com a ESCRAVIDÃO, ou SERVIDÃO.

    Quem tal o Feudalismo? Ora, Feudalismo com internet pode dar certo, não?

    Absolutismo, Monarquia? 

    Até o FIM DO CAPITALISMO também pode? Fim dos “burgos”.

    Trabalhadores NÃO uni-vos, vez que é desnecessária essa união boboca, estúpida e pouco “meritocrática”.

    Tudo que é sólido NÃO se desmancha no ar!

    Podemos NEGAR a história. concordar, portanto, com aquele que disse isso.Sim, a história pode ter ACABADO!

    Aliás, podemos de uma vez por todas acabar com a BABOSEIRA de REFORMAS, SOBRETUDO, a AGRÁRIA. Basta acabar com os títulos de propriedade. Cada um que pegue o seu pedaço de terra. Sem capitania hereditária! Sem HERANÇA!

    Enfim, essas BABOSEIRAS propostas por economistas de escol e de meia tigela não enganam mais.

    É claro que não estou generalizando. “Tem gente boa espalhada por esse Brasil e que tem tentado fazer deste lugar um bom país”( adaptações minhas). Mas, por favor, essa notícia não esta chegando lá do MARANHÃO!!! (  capitania hereditaria perpétua que” heredita” até hoje!!!)

    ________________________

    Além das especulalões acima do tipo  “onde está Wally”( solução dos “pobremas”) sugere-se que para resolver o problema cuja solução não está ou não é das pessoas e dos partidos, cumpre dizer-lhes:

    no “reino dos  céus” todos os que trabalharem na terra, pagarem seus impostos, cherarem lucros,  beberem vinho,só o sem alcool,  gerarem juros  para bancos, e viverem com o salário de  cidadãos pacíficos e passivos sem aposentadoria pois dadas as “reformas” e o aumento da expectativa de vida para a de 200 anos  elefante! não precisam mais parar de trabalhar,  olhando de longe os capetas que são os empresários, empreendedores, banqueiros, capitalistas, e seus “braços direitos( e esquerdo? xiiii os economistas de escol e de meia tigela!) que não pagam impostos, não trabalham( compram o trabalho) recebem o lucro, bebem vinhos com alcool, usam, abusam e  fomentam o sete pecados capitais e do capital,  enfim, no reino dos céus encontraremos a melhor curva de oferta e demanda que nos mostrará o ponto de equilíbrio para a eternidade.

    Portanto, contem com a ajuda dos ruminantes ou dos semomentes, talvez dos alienígenas( talvez anjos), enfim, ponham na cabeça que a solução não está nas pessoas ou nos partidos! E é lá no “reino dos céus” que gozaremos( ops não!) desfrutaremos das soluções dos problemas que os humanos não são capazes de resolver. 

    Francamente….

    Saudações 

     

     

  6. Um dia desses

    Ainda vou fundar o “Economistas Sem Fronteiras” (Économistes Sans Frontier) e trazer economistas sem fins lucrativos de todo o mundo para trabalharem pelo Brasil.

    Porque só com a intelgência nativa, tá feia a coisa.

  7. Cadê a OEB quando os fundamentos econômicos foram destruídos?

    Ok, antes tarde do que nunca… Precisamos de organismos da sociedade civil como esses mobilizados para evitar catástrofes como a em que estamos. Vejam que nem a lei de responsabilidade fiscal foi suficiente para impedir que destruíssem as finanças do país. Se a população e a sociedade civil oferecessem resistência ativa contra esse tipo de destruição da nossa segurança econômica, candidatos à reeleição nem mesmo arriscariam colocar o país na roleta financeira como fizeram, porque saberiam que iriam perder votos massivamente. Além da ignorância em economia generalizada entre a população, não temos organismos da sociedade ativos contra esse tipo de irresponsabilidade. Da mesma maneira, onde estava o CREA que não denunciou que um trem bala não era prioridade alguma em relação à construção de metrôs, por exemplo? O povo teve que ir às ruas dizer onde o calo doía para que o trem-bala fosse abortado e arremedos de mobilidade urbana fossem esboçados, a partir das manifestações de 2013. O CREA se calou cúmplice das grandes empreiteiras, mas o povo se fez ouvir. Sem organismos como OAB, CREA, OEB ativos, a população por si tem que fazer sua parte, ou vice-versa, caso a população não se levante.

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