Em setembro, IPCA-15 fica em 0,39%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) fechou o mês de setembro com variação de 0,39%, ficando 0,04 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de agosto (0,43%), segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com isto, o IPCA-E (IPCA-15 acumulado nos meses de julho, agosto e setembro) ficou em 1,42%. Já o IPCA-15 acumulado no ano chegou a 7,78%, o mais elevado acumulado para os meses de janeiro a setembro desde 2003 (8,46%). Em 2014, o índice acumulado no mesmo período fora 4,72%. Quanto ao acumulado dos últimos 12 meses, o índice permaneceu em 9,57%, o mesmo dos 12 meses imediatamente anteriores, já que em setembro de 2014 o IPCA-15 também havia sido 0,39%. Assim, esse acumulado continua o mais elevado desde dezembro de 2003 (9,86%).

Juntos, passagens aéreas (23,17%) e gás de botijão (5,34%) foram responsáveis por um terço do índice do mês e contribuíram com 0,13 ponto percentual (p.p), sendo 0,07 p.p. relativo às passagens e 0,06 p.p. ao gás.

Com a alta das passagens aéreas, o grupo com o maior índice ficou sendo o dos Transportes (de -0,46% para 0,78%). As tarifas dos ônibus urbanos (0,65%) e os serviços de conserto de automóvel (1,08%), também se destacaram: nos ônibus, a pressão veio da região metropolitana de Belo Horizonte, onde as tarifas subiram 7,60% no período de referência do índice, refletindo parte do reajuste de 9,68% de 08 de agosto, embora o mesmo tenha sido suspenso a partir de 17 de setembro, cumprindo liminar concedida em 14 de setembro.

Os preços do gás de botijão, do grupo Habitação (de 1,02% em agosto para 0,68% em setembro) aumentaram 5,34%, refletindo parte do reajuste de 15,00% em vigor a partir de primeiro de setembro. Os preços se elevaram ainda mais em Goiânia, Brasília e Fortaleza, onde o botijão ficou mais caro em 9,13%, 7,69% e 7,48%, respectivamente.

Na taxa de água e esgoto, também do grupo Habitação, a alta foi de 1,59%. Isto em decorrência da região metropolitana do Rio de Janeiro (5,42%), devido ao reajuste de 9,98% desde primeiro de agosto; Curitiba (3,49%), refletindo o reajuste de 8% em primeiro de setembro; e São Paulo (3,23%) devido à menor intensidade do efeito do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água. Outros pontos de destaque ficaram com os itens artigos de limpeza (0,82%), aluguel residencial (0,60%) e condomínio (0,45%). Por outro lado, contrapondo-se às altas, as contas de energia elétrica, devido às reduções na parcela do PIS/COFINS, tiveram queda de 0,37%, mesmo frente à variação de 6,83% registrada em Brasília, com o reajuste de 18,26% de 26 de agosto, e de 1,38% em Belém, reflexo do reajuste de 7,47% em 07 de agosto.

Os grupos Despesas Pessoais (de 0,73% para 0,51%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,83% para 0,50%) ficaram com resultados muito próximos. Nas Despesas Pessoais a principal pressão foi exercida pelo item empregado doméstico, com alta de 0,62%, seguido dos serviços bancários (2,02%) e de cabeleireiro (1,04%), enquanto o plano de saúde, com 1,06%, foi destaque no grupo Saúde e Cuidados Pessoais.

Entre os grupos, Alimentação e Bebidas se destaca por apresentar pequena queda, de 0,06%, ante um avanço de 0,45% no mês anterior. Os preços dos alimentos consumidos em casa ficaram 0,37% mais baixos em relação ao mês anterior, enquanto os consumidos fora de casa aumentaram 0,51%. Vários alimentos ficaram mais baratos de um mês para o outro, a exemplo da cebola (13,77%), tomate (13,14%) e cenoura (10,29%).

Quanto aos índices regionais o maior foi o de Brasília (0,75%), influenciado pela alta das passagens aéreas (22,83%), da energia elétrica (6,83%) e do gás de botijão (7,69%). O resultado da energia elétrica refletiu o reajuste de 18,26% em vigor desde o dia 26 de agosto e o do gás foi decorrente do reajuste de 15,00% concedido em 1º de setembro. O menor índice foi o da região metropolitana de Salvador (0,17%) onde os alimentos consumidos em casa apresentaram queda de 0,89%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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