Energia elétrica e combustíveis elevam custo de vida em São Paulo

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O custo de vida na cidade de São Paulo subiu 1,40%, em fevereiro em relação ao apurado em janeiro deste ano, e a inflação em 12 meses apresentou variação de 7,9%, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O indicador foi diretamente afetado pela variação dos grupos Habitação (2,19%), Transporte (3,14%), Alimentação (0,88%) e Saúde (1,26%) – juntos, eles contribuíram com 1,38 pontos percentuais (p.p.) no total do índice. Em um ano, quatro dos 10 grupos pesquisados indicaram altas acima da média da inflação: transporte (9,85%), alimentação (9,40%), educação e leitura (8,43%) e habitação (8,24%).

A Habitação mostrou uma alta de 2,19%, entre janeiro e fevereiro. A elevação de 3,14% no subgrupo operação do domicílio deveu-se ao reajuste de energia elétrica de 13,87% e dos serviços domésticos (2,26%). Já o aumento do IPTU (0,09%), da locação (0,42%) e do condomínio (3,18%) foram os responsáveis pela alta de 1,54% no subgrupo locação, impostos e condomínios. No subgrupo conservação do domicílio (0,17%), ocorreu alta do material de construção de 0,37%.

A taxa de 3,14% verificada no grupo Transporte resultou da alta nos combustíveis (7,77%), que fazem parte do subgrupo transporte individual (4,60%). O reajuste do álcool foi de 8,44%, o da gasolina, 7,54% e do diesel, 7,16%. No transporte coletivo (0,24%), apenas o transporte escolar aumentou (5,69%).

No grupo Saúde, o aumento de 1,26% deveu-se ao aumento na assistência médica (1,52%), principalmente pelos reajustes das consultas médicas (1,04%) e dos seguros e convênios (1,63%).

O grupo Alimentação variou 0,88% devido às altas nos três subgrupos: alimentação fora do domicílio subiu 1,36%, os alimentos in natura e semielaborados, 1,02%, e os produtos da indústria alimentícia, 0,36%. A desagregação dos itens que compõem o subgrupo produtos in natura e semielaborados (1,02%), incluídos nas despesas com Alimentação (0,88%), revelou alta na maioria dos produtos pesquisados. Entre os itens que mais encareceram estão os legumes (17,56%). O tomate aumentou 17,67%, o pepino, 23,24%; a vagem, 23,88%, e o chuchu, 36,04%. No segmento das hortaliças (7,56%), as maiores elevações foram verificadas em relação à couve-flor (9,84%) e alface (8,20%).

De acordo com os dados divulgados, a combinação dos alimentos arroz e feijão pesou mais no orçamento, com uma elevação média dos grãos em geral em 2,38%. O feijão carioquinha aumentou 6,39% e o arroz, 0,74%. Com o aumento da oferta, a batata apresentou queda de 5,75%. A cebola ficou 10,31% mais cara e a cenoura, 13,6%.

O levantamento indicou ainda estabilidade nos grupos de despesas educação (0,01%) e nenhuma alteração nos grupos: equipamentos; recreação despesas diversas. Em vestuário, a taxa ficou negativa em 0,01%.

A inflação foi maior para as famílias de maior poder aquisitivo, com renda média de R$ 2.792, com variação de 1,46%. Na faixa média com renda de R$ 934 a taxa oscilou em 1,36% e entre os mais pobres, com renda de R$ 377, o índice atingiu 1,24%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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