Entidades projetam inflação acima da meta em 2016

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A projeção de instituições financeiras para a inflação em 2016 ultrapassou o limite da meta. Em sua 16ª alta consecutiva, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 6,50% (teto da meta de inflação) para 6,64%. A projeção consta do último relatório Focus, elaborado semanalmente pelo Banco Central. Para este ano, a estimativa subiu pela 10ª vez seguida, ao passar de 10,04% para 10,33%.

O BC abandonou o objetivo de alcançar o centro da meta de inflação (4,5%) em 2016. Devido às indefinições e alterações na política fiscal do governo, o BC espera que a inflação fique na meta somente em 2017. Antes de adiar o objetivo de levar a inflação ao centro da meta, o Copom elevou a taxa básica de juros, a Selic, por sete vezes consecutivas. Na reunião de setembro e de outubro, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano. A expectativa das instituições financeiras para a última reunião do Copom deste ano, marcada para amanhã e quarta-feira (25), é de manutenção da Selic no atual patamar.

A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 10,54% para 10,90%, este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa subiu de 10,26% para 10,38%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) foi alterada de 10,26% para 10,32%, este ano.

A inflação alta vem acompanhada de encolhimento da economia. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) chegou a 3,15%, contra 3,10% previstos na semana passada. Para 2016, a projeção de retração passou de 2% para 2,01%, no sétimo ajuste consecutivo.

Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter uma queda de 7,5%, este ano, e de 2% em 2016. Os números para a balança comercial ao fim deste ano foram mantidos em US$ 14,95 bilhões, enquanto a variação para 2016 subiu pela terceira semana, de US$ 30,55 bilhões na semana passada para US$ 31,78 bilhões.

A variação para a dívida líquida do setor público neste ano ficou estável em 35,50% do PIB, enquanto os dados para 2016 subiram de US$ 39,40 bilhões para US$ 40 bilhões. O déficit em conta corrente para este ano foi ajustado pela segunda semana, de -US$ 64,85 bilhões para -US$ 64,35 bilhões, e os dados para 2016 sofreram mudanças pela terceira semana, de -US$ 40,95 bilhões para -US$ 39,10 bilhões.

A projeção para a cotação do dólar em 2015 caiu pela segunda semana consecutiva e passou de R$ 3,96 para R$ 3,95 (média seguiu em R$ 3,39), e permanece em R$ 4,20 no fim de 2016 pela quarta semana consecutiva (a média do período subiu de R$ 4,08 para R$ 4,09).

A estimativa para a alta dos preços administrados passou de 17% para 17,43%, este ano, e segue em 7%, em 2016.

 

 

(Com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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