Estimativa para queda da economia chega a 2,99%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A projeção de instituições financeiras para o encolhimento da economia este ano passou pelo 14º ajuste seguido. De acordo com as projeções do relatório Focus, elaborado semanalmente pelo Banco Central, a estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) mudou de 2,95% para 2,99%. Para 2017, as instituições financeiras esperam por recuperação da economia, com crescimento de 0,86%. O cálculo anterior de expansão era 1%.

A recessão da economia vem acompanhada de inflação acima da meta este ano. A meta de inflação é 4,5%, com limite superior de 6,5%, em 2016, enquanto o teto da meta para 2017 é 6%. O cálculo das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi ajustado pela segunda vez seguida, ao passar de 6,87% para 6,93%. Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo do limite superior, mas ainda distante do centro da meta, em 5,20%.

A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu de 6,14% para 6,18%, este ano. A estimativa para 2017 é 5,30%. Para o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 6,51% para 6,58% este ano (segunda semana consecutiva de ajuste), e de 5,20% para 5,23% em 2017. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) foi alterada de 5,81% para 6,04%, em 2016. Para o próximo ano, é 5%.

Na perspectiva das instituições financeiras, a taxa básica de juros, a Selic, deve ser elevada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, na reunião da próxima semana, dos atuais 14,25% para 14,75% ao ano. Ao final de 2016, a expectativa é que a Selic esteja em 15,25% ao ano. Em 2017, a expectativa é que a taxa básica seja reduzida, encerrando o período em 12,75% ao ano. A previsão anterior era 12,50% ao ano.

O levantamento divulgado mostra que a produção industrial deve apresentar retração de 3,45% este ano. Na semana passada, a projeção de queda era 3,50%. Em 2017, o setor deve se recuperar, mas a projeção de crescimento foi levemente ajustada de 2% para 1,98%.

A projeção para a cotação do dólar foi ajustada de R$ 4,21 para R$ 4,25, ao final de 2016, em seu segundo ajuste consecutivo (a média do período também subiu pela segunda semana, de R$ 4,13 para R$ 4,14). enquanto a variação estimada para o fim de 2017 passou de R$ 4,20 para R$ 4,23 (média do período ficou estável em R$ 4,10 pela segunda semana).

A estimativa para o déficit em transações correntes foi ajustada pela segunda semana seguida, e passou de US$ 38,5 bilhões para US$ 38 bilhões este ano, e segue em US$ 32 bilhões, em 2017.  O cálculo para o superávit comercial (exportações maiores que importações de produtos) permanece em US$ 35 bilhões, tanto neste ano quanto em 2017. A projeção para a dívida líquida do setor público passou de 40% para 39,3% do PIB, este ano. Para 2017, a expectativa é de crescimento com a relação entre dívida e PIB em 41,40%.

Na avaliação das instituições financeiras, o volume de investimento direto no país deve ser mais que suficiente para cobrir o saldo negativo das transações correntes, com projeção de US$ 55 bilhões este ano (quarta semana de estabilidade) e US$ 60 bilhões em 2017 (décima terceira semana de manutenção).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. MINISTROS SONHADORES OU ENROLADORES?

    É inacreditável que no governo Dilma ministros CONTINUEM A SONHAR com uma inflação próxima a centro da meta de 4,5%, vejam não é ser pessimista é evidenciar as altas de preços em janeiro nos supermercados e feiras. Não precisa ser economista, é só constatar que no governo Dilma a inflação nunca ficou nem próximo do centro da meta. Existe uma inflação residual resultado de alinhamentos de preços em 2016 e a desvalorização do real frente ao dólar, a inflação deve ficar em torno de 8 a 9%. Pode anotar!

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