FMI divulga documento com riscos ao crescimento mundial

 
 
Jornal GGN – Taxas de juros muito mais altas ao redor do mundo podem se juntar ao crescimento mais fraco em mercados emergentes para cortar até 2 pontos percentuais do crescimento global nos próximos cinco anos. As informações são do Fundo Monetário Internacional (FMI) e foram divulgadas nesta terça-feira (29).
 
Em relatório anual sobre como políticas individuais podem afetar a economia mundial, o FMI alertou que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia podem reverberar para o resto da região se as sanções contra a Rússia aumentarem, atingindo o fornecimento de gás natural à Europa e bancos europeus.
 
O FMI informou que os Estados Unidos e o Reino Unido poderiam apertar a política monetária antes do esperado, levando a taxas mais altas ao redor do mundo, mesmo enquanto importantes mercados emergentes desaceleram outro 0,5 ponto percentual durante os próximos três anos.
 
Os dois acontecimentos podem reforçar um ao outro, causando crescimento mais lento e afetando em particular os mercados emergentes com grandes desequilíbrios econômicos, como a Argentina, o Brasil, a Rússia e a Turquia.

 
O FMI informou que a expansão mais lenta nos países em desenvolvimento, há muito tempo o motor da recuperação global, deve-se cada vez mais provavelmente a fatores estruturais, e não cíclicos. A instituição reduziu as projeções de crescimento para mercados emergentes em 2 pontos percentuais nos últimos quatro anos. O Fundo espera agora que o crescimento deles desacelere para 5 por cento durante os próximos cinco anos, ante média de expansão de 7 por cento de 2003 a 2008.
 
Os mercados emergentes afetam o resto do mundo na maior parte através de canais comerciais e financeiros. Uma desaceleração de 1 ponto percentual em mercados emergentes leva à perda de 0,25 ponto percentual nas economias avançadas, de acordo com o FMI. No entanto, uma desaceleração em importantes mercados emergentes, especialmente o Brasil, a Rússia, a China e a Venezuela também teria grande impacto em suas regiões, através de canais como preços de petróleo e remessas.
Redação

6 Comentários

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  1. Remedio só para os bagrinhos

    Do pernicioso déficit gemeo estadundebse não se fala,

    Da Europa patinando só uma pálida vista d’olhos.

    Uma nova Bretton Woods se faz necessária, mas o afã consumista artificial estadunidense impede.

    A mensagem é sempre a mesma: bagrinhos se enquadrem ou a cuca vem pegar;

  2. O mundo em grave crise

    O mundo em grave crise econômica que não sana.

    Embargos e sansões comerciais.

    Estão formulando a 3ª guerra mundial?

  3. O FMI, serve aos especuladores, aos abutres.

    tá na cara que o FMI, está preoculpado é com os BRICS, quer dizer, com o que foi criado na reunião de Fortaleza, o FMI sabe que o mundo neolibaral. ou especulativo vai ao fundo do poço em muito breve, e se não for iniciar agora com a não negociação favorável a Argentina; o caixa do FMI, vai secar; Com a criação desses novos mecanismos, a importância do FMI, vai minguar em muito breve, tenho certeza que muitos países deixaram o FMI a falar sozinho em breve, a gritaria toda vai ser, quando os que estão por trás do FMI começar a cobrar os prejuísos.

  4. Uma pergunta: este tipo de

    Uma pergunta: este tipo de manifestação do FMI tem que sair no caderno de economia ou de política dos jornais?

    Dos Brics só a China não está na lista. Mas não tem nada a ver com a proposta de criação de um banco de desenvolvimento concorrente ao banco do FMI e o abandono do dólar como moeda internacional pelo grupo.

    E o Brasil, que tem eleição neste ano, não investiu em infra estrutura… Inclusive em energia. A Petrobrás é só uma miragem e as usinas hidrelétricas também.

    Ainda bem que o FMI nunca errou na aplicação de medidas e de previsões. A Rússia, que tem um excelente estadista como presidente,  está em “guerra com a Ucrania” e Israel não tem a economia nem citada na lista. Aliás, Israel se enquadra em qual tipo de país do mundo? Desenvolvido? Em desenvolvimento? Emergido? Emergente?Já a Argentina, Turquia  e a Venezuela são vulneráveis.

    E realmente todos esses países são vulneráveis, mas não como pais ou como reflexo de seus governos  mas sim porque estão sob ataque dos paises centrais que dominam o FMI e dos canibais neoliberais.

     

     

  5. Dona Lagarde…

    … sentiu que não adianta mandar currículo pro Banco BRICS, afinal a França não é “um (outro) tijolo no muro”*. Voltou ao normal após os elogios à iniciativa.

     

    * Foi mal, Roger Waters…

  6. De um grande urso com dentes

    De um grande urso com dentes e garras bem afiados,que causava medo e apreensão o FMI,se transformou num GAMBÁ que somente esguicha,repulsa e nojo.Saravá!

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