IKEA se beneficiou de trabalho escravo na Alemanha Oriental

Por Jorge Nogueira Rebolla

Você sabe o quê a sueca IKEA fez?

Do Blog Vermelho Não!

Este simpático velhinho tinha entre os “seus” encarregados a Stasi e trabalhadores sem salários. Isto ele não fala na sua história.

Se for apenas leitor dos portais da grande imprensa provavelmente não sabe. Isto não é para estranhar. No Brasil a mídia costuma blindar alguns. Se ele tiver um verniz progressista torna-se inimputável. Como o caso que envolve a fabricante sueca de móveis IKEA. Empresa com uma das mais elevadas reputações mundiais de respeito ao multiculturalismo, ao meio ambiente e aos direitos sociais. Dizem que principalmente os das crianças. Parece-me que na disputa entre a cultura e o gênero o islã levou a melhor na empresa. Afinal como dimensionar grandezas políticamente corretas?

O que interessa não é a edição do catálogo para vendas na Arábia Saudita que excluiu as mulheres das fotos, mas algo muito mais tenebroso. O detentor de uma fortuna de US$ 3 bilhões, segundo a Forbes, utilizou nos anos 1960 a 1980 o trabalho forçado de prisioneiros políticos da antiga Alemanha Oriental. Os seus fornecedores na RDA utilizavam presos para fabricar os móveis. O pagamento era de dez dia na solitária para os que não atingissem a meta de produção. O bilionário ancião expandiu a sua fortuna com a exploração capitalistapromovida pela Stasi sobre os condenados por anticomunismo. Segundo auditoria a empresa tinha conhecimento da prática.

Esta denúncia contra a utilização de mão de obra “escrava” contra a gigante multinacional sueca foi levantada pela primeira vez em 1982, segundo documentário veiculado pela TV pública da Suécia. Na época o custo para se produzir no lado oriental era um décimo do ocidental. O trabalho forçado industrial era prática comum para que o regime comunista conseguisse o ingresso de recursos na sua economia.

A IKEA não era a única empresa ocidental a contratar fornecedores no leste europeu. Ela apenas deu o azar de se tornar a ponta do iceberg. A busca por menores custos continua. A empresa parceira do WWF tem na china o maior número de terceirizadas, 22% do total. Será que a história não está se repetindo em outra ditadura?

Seria um bom momento para uma comissão da verdade, mas a exceção do Cambodja, apesar da má vontade da ONU, estas são instaladas apenas para punir os que perseguiram os “comunistas”, nunca para investigar o que eles fizeram com os “anticomunistas”. Pelo menos espera-se que estas vítimas sejam indenizadas pelo período detrabalho escravo por Ingvar Kamprad e família. Afinal sem esta exploração eles não teriam acumulado a fortuna que detêm.

Luis Nassif

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