IPCA-15 desacelera e atinge 0,43% em março

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Resultado é considerado o menor para o mês desde 2012

Jornal GGN – A inflação apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) encerrou o mês de março em alta de 0,43%, resultado 0,99 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 1,42% de fevereiro, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação aos meses de março, constitui-se no índice mais baixo desde 2012, quando registrou 0,25%.

Já o IPCA-E, IPCA-15 acumulado por trimestre, situou-se em 2,79%, abaixo da taxa de 3,50% registrada nos três primeiros meses de 2015. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 9,95%, descendo dos 10,84% que havia atingido nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2015, a taxa havia sido 1,24%.

Dentre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas os Artigos de Residência (0,88%) e de Vestuário (0,44%) deixaram de apresentar desaceleração nas taxas de crescimento, quando comparadas ao mês anterior.

Os alimentos, embora responsáveis por 46% do índice do mês, com impacto de 0,20 ponto percentual (p.p)., mostraram significativa redução na taxa de variação, indo dos 1,92% de fevereiro para 0,77% em março. Vários produtos vieram com preços em queda, a exemplo do tomate (-19,21%) e da batata-inglesa (-4,61%). Contudo, os preços de alguns produtos continuaram em alta, como a cenoura (24,08%), as frutas (6,11%) e a farinha de mandioca (5,94%).

No mês, o principal impacto individual, 0,07 p.p., ficou com os combustíveis, onde a alta foi 1,23%. O preço do litro da gasolina subiu 0,82%, com a região metropolitana de Salvador na liderança, com 5,45%, enquanto o litro do etanol ficou 3,20% mais caro, também tendo Salvador na liderança, onde o preço do litro atingiu 9,27%.

Entre os demais itens que se apresentaram em alta no mês, sobressaem cigarro (3,26%), motocicleta (2,85%), TV, som e informática (2,11%), eletrodomésticos (1,891%), artigos de limpeza (1,49%), plano de saúde (1,06%), ônibus urbano (0,76%) e empregado doméstico (0,72%).

A respeito do cigarro, o aumento de 3,26% refletiu reajustes ocorridos em determinadas marcas e regiões, além de redução nos preços. No item ônibus urbanos, a variação de 0,76% resultou da pressão exercida pelo reajuste de tarifas registrado em Goiânia, Curitiba e Recife.

Quanto à energia elétrica, foi o item que, com queda de 2,87%, exerceu o impacto para baixo mais expressivo, com -0,11 p.p. De acordo com o IBGE, tal comportamento deve-se à redução na cobrança extra da bandeira tarifária, que, a partir de 1º de março, passou dos R$ 3,00, da bandeira vermelha, para R$1,50, da bandeira amarela, por cada 100 kilowatts-hora consumidos. As contas de energia de todas as regiões pesquisadas ficaram mais baratas, especialmente em Salvador, com queda de 5,85%. Em algumas regiões, entre elas Salvador, houve, ainda, queda no valor das alíquotas do PIS/COFINS.

Além da energia, outros itens contribuíram para a desaceleração do IPCA-15 do mês, seja se apresentando em queda, como é o caso das passagens aéreas (-10,79%), ou com significativa redução no ritmo de crescimento de preços, a exemplo do grupo Educação, que passou de 5,91% para 0,67%, de fevereiro para março, deixando para trás a maior parte dos reajustes ocorridos nas mensalidades escolares deste ano letivo.

Sobre os índices regionais, os maiores foram os de Goiânia (0,67%) e de Porto Alegre (0,66%). O índice de Goiânia foi pressionado pelo resultado dos ônibus urbanos (8,19%), que refletiu o reajuste de 12,10% ocorrido em 06 de fevereiro, além da alta de 4,01% no litro da gasolina e de 4,94% no etanol. Em Porto Alegre, os alimentos aumentaram 1,73%, bem acima da média nacional (0,77%). O menor índice foi registrado na região metropolitana do Rio de Janeiro (0,11%) onde os alimentos apresentaram variação de 0,21%, abaixo da média nacional (0,77%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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