IPCA-15 ganha força e avança 0,99%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,99% em junho e ficou 0,39 ponto percentual acima da taxa de 0,60% de maio, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Este foi o índice mais elevado para os meses de junho desde 1996, quando foi registrado 1,11%.

Com isso, o IPCA-E – total acumulado pelo IPCA-15 ao longo do trimestre – situou-se em 2,68%, acima do resultado de 1,84% do mesmo trimestre de 2014. No acumulado para o primeiro semestre de 2015, a taxa de 6,28% ficou bem acima da taxa do mesmo período de 2014 (3,99%) e é a maior para o período desde 2003 (7,75%). Nos últimos 12 meses, o índice foi para 8,80%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (8,24%) e o mais elevado resultado em 12 meses desde dezembro de 2003 (9,86%). Em junho de 2014, o IPCA-15 havia sido 0,47%.

Neste mês de junho, o grupo das Despesas Pessoais, com 1,79% (ante 0,18% em maio), foi o que apresentou o resultado mais elevado, enquanto seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados mostraram aceleração na taxa de crescimento de maio para junho, sendo que o grupo Comunicação, com 0,08%, foi o que menos subiu.

Nas Despesas Pessoais, a alta de 1,79% foi influenciada pelos jogos de azar, cuja variação de 37,77% refletiu reajustes vigentes desde 18 de maio nos valores das apostas. Este item liderou a relação dos principais impactos, detendo 0,14 ponto percentual (p.p.) do índice do mês. Além dele, no grupo, outros itens exerceram influência sobre o resultado, principalmente empregado doméstico, com alta de 0,65%.

Nos alimentos, responsáveis por cerca de 1/3 do índice, com contribuição de 0,30 p.p., a alta foi de 1,21% (1,05% em maio), por conta dos aumentos ocorridos nos preços da cebola (40,29%), tomate (13%), cenoura (5,59%), batata inglesa (4,42%), carnes (1,63%), leite longa vida (1,24%), lanche (1,07%), pão francês (0,98%) e outros. Considerando as regiões pesquisadas, observa-se que foi na região metropolitana de Recife que os preços dos alimentos mais subiram, atingindo 1,84%. A variação mais baixa foi registrada em Porto Alegre (0,43%).

A taxa de água e esgoto (3,76%) sobressaiu no grupo Habitação (de 0,85% para 1,03%) Além das contas de água, subiram, no mês, energia elétrica (1,12%), artigos de limpeza (1,05%) e condomínio (0,93%).

Os artigos de higiene pessoal (1,08%) e os remédios (0,76%) foram destaques em Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,79% para 0,87%), enquanto no grupo dos Transportes (de -0,45% para 0,85%) as passagens aéreas se destacaram, com alta de 29,54%. Ainda em Transportes, subiram os preços da gasolina (0,65%) e das tarifas de ônibus urbano (0,65%), refletindo, neste último, o reajuste de 12,50% em vigor na região metropolitana de Belém (11,67%) desde o dia 16 de maio.

Eletrodomésticos (1,20%) e artigos de TV e Som (0,85%) pressionaram os Artigos de Residência (de 0,41% para 0,69%), não havendo destaques nos demais grupos.

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Recife (1,41%), sob influência da alta da gasolina, cujo preço do litro ficou 9,52% mais caro. A energia elétrica (5,26%), que refletiu o reajuste de 11,13% em vigor desde o dia 29 de abril, também pressionou o resultado de Recife, além do aumento de 1,84% nos preços dos alimentos. O menor índice foi registrado em Goiânia (0,54%), onde o preço do litro da gasolina ficou 2,64% mais barato e o do etanol, 7,57% mais barato.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

3 Comentários

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  1. Esclarecimento.

    Nassif eu peço uma explicação, você pode explicar-me aqui mesmo no comentário como resposta.

    Como que o preço da gasolina subiu em Recife, sendo que, não houve nenhum aumento depois do anunciado começo do ano? Isso foi um aumento dos próprios postos de Recife? Eles estavam vendendo mais baratos e resolveram voltar ao normal? E a energia, seria o terceiro aumento que poderia acontecer ou só agora houve o aumento extraordinário que já aconteceu em outros lugares? Por que estava previsto três aumentos esse ano em decorrência das secas. Estou certo? Por favor, explique-me com detalhes, pois, como você sabe se depender da Mídia tradicional fica difícil. Até para eu poder explicar se algum amigo perguntar-me. 

    Aguardo resposta.

    Abraços.

  2. Esclarecimento.

    Nassif eu peço uma explicação, você pode explicar-me aqui mesmo no comentário como resposta.

    Como que o preço da gasolina subiu em Recife, sendo que, não houve nenhum aumento depois do anunciado começo do ano? Isso foi um aumento dos próprios postos de Recife? Eles estavam vendendo mais baratos e resolveram voltar ao normal? E a energia, seria o terceiro aumento que poderia acontecer ou só agora houve o aumento extraordinário que já aconteceu em outros lugares? Por que estava previsto três aumentos esse ano em decorrência das secas. Estou certo? Por favor, explique-me com detalhes, pois, como você sabe se depender da Mídia tradicional fica difícil. Até para eu poder explicar se algum amigo perguntar-me. 

    Aguardo resposta.

    Abraços.

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