IPCA-15 sobe 0,48% em outubro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) encerrou o mês de outubro em alta de 0,48% em outubro, resultado 0,09 ponto percentual acima da taxa de setembro (0,39%), segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com isso, o resultado apurado ao longo do ano avançou para 5,23%, acima da taxa de 4,46% do mesmo período de 2013. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 situou-se em 6,62%, a mesma variação dos 12 meses imediatamente anteriores (6,62%), já que o IPCA-15 de outubro de 2013 também situou-se em 0,48%.

De acordo com os dados divulgados, Alimentação e Bebidas (de 0,28% em setembro para 0,69% em outubro), com impacto de 0,17 ponto percentual, junto a Habitação (de 0,72% para 0,80%), com 0,12 p.p., somaram 0,29 ponto percentual (p.p.) e foram responsáveis por 60,42% do IPCA-15 do mês.

Em outubro, os preços dos alimentos continuaram a subir e foram para 0,69%, após registrarem 0,28% em setembro. A alta foi influenciada pelas carnes, que ficaram 2,38% mais caras e tiveram o mais elevado impacto individual no mês, com 0,06 ponto percentual. Além das carnes, outros itens apresentaram aumentos significativos em seus preços, a exemplo da cerveja (3,52%), do frango (1,75%) e do arroz (1,35%).

No grupo Habitação, os destaques foram as contas de energia elétrica, com alta de 1,28%, e o gás de cozinha, com 2,52%. Na energia elétrica, o maior resultado foi o de Goiânia (15,54%), onde as tarifas tiveram reajuste de 19,00% em 12 de setembro. Em Brasília (5,99%), o reajuste foi de 18,88% em vigor desde 26 de agosto. Nas demais regiões, as variações no item decorrem de alterações no PIS/PASEP/COFINS.

Além do grupo Alimentação e Bebidas (de 0,28% para 0,69%) e do grupo Habitação (de 0,72% para 0,80%), outros grupos que ampliaram suas taxas de crescimento de setembro para outubro foram Vestuário (de 0,17% para 0,70%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,30% para 0,37%) e Despesas Pessoais (de 0,31% para 0,40%).

Nas Despesas Pessoais (de 0,31% para 0,40%), o item empregado doméstico, com 0,73%, merece destaque, tendo em vista que as informações de rendimentos da Pesquisa Mensal de Emprego – PME das regiões metropolitanas de Porto Alegre e Salvador não estiveram disponíveis para os cálculos dos índices de julho, agosto e setembro, o que levou à adaptação da metodologia.

Em outubro, de posse dos rendimentos efetivamente coletados pela PME nestas duas regiões, os cálculos dos meses anteriores foram, excepcionalmente, refeitos através da metodologia normalmente adotada. Para obter o resultado mensal, a partida foi o acumulado do item no período de julho a outubro (rendimentos referentes aos meses de maio a agosto), o que resultou em 3,79% em Porto Alegre e -1,91% em Salvador. A seguir, do acumulado de julho a outubro, foi retirada a variação que havia sido registrada nos índices de julho a setembro, sendo 2,52% em Porto Alegre e 2,34% em Salvador. Assim, foi obtido o resultado do mês de outubro, que ficou em 1,25% em Porto Alegre e -4,15 em Salvador.

O mesmo procedimento foi aplicado ao item mão de obra para pequenos reparos, do grupo Habitação. O acumulado dos últimos quatro meses foi de 2,38% em Porto Alegre e 2,25% em Salvador. Retirada a variação acumulada em julho, agosto e setembro, que ficou em 2,23% em Porto Alegre e 1,57% em Salvador, o resultado de outubro situou-se em 0,14% e 0,66%, respectivamente.

Segundo a pesquisa, as variações que ficaram abaixo do visto no mês anterior foram Artigos de Residência (de 0,43% para 0,13%), Transportes (de 0,45% para 0,25%), Educação (de 0,20% para 0,08%) e Comunicação (de 0,56% para zero). Destacam-se, nos Transportes, as passagens aéreas, que recuaram para 1,40% em outubro, enquanto haviam pressionado setembro com alta de 17,58%.

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Brasília (0,73%), em razão da alta da energia elétrica (5,99%). O menor índice foi o de Belém (-0,04%), onde os alimentos consumidos em casa (-0,01%) mostraram pequena queda. Além disso, em Belém, ocorreu queda de 2,05% nas contas de energia elétrica, em função da redução nas alíquotas de PIS/PASEP/COFINS.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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