IPCA-15 volta a subir, e encerra setembro em 0,27%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O IPC-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerrou o mês de setembro em alta de 0,27%, acima do IPCA-15 apurado em agosto (0,16%), segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar do avanço no mês, o IPCA-E (IPCA-15 acumulado nos meses de julho, agosto e setembro) foi de 0,50%, abaixo do resultado de igual período de 2012 (1,20%).

No ano de 2013, o IPCA-15 foi para 3,97%, acima da taxa de 3,81% relativa a igual período de 2012. Considerando os últimos 12 meses, o índice está em 5,93%, abaixo dos 6,15% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2012 a variação havia ficado em 0,48%.

Na formação do índice do mês, os grupos de despesas que exerceram as maiores pressões foram Habitação, com variação de 0,53% e 0,08 ponto percentual de impacto, além de Saúde e Cuidados Pessoais e Transportes, respectivamente, com 0,56% e 0,30% de variação, exercendo 0,06 ponto percentual de impacto cada.

Para o economista Flávio Combat, da corretora Concórdia, a manutenção dos ajustes do grupo Alimentação e Bebidas deve persistir ao longo de setembro, o que deve pressionar o fechamento do IPCA. “Vale observar que o aumento de preços entre os alimentos no  varejo ocorre de forma disseminada, sem se concentrar num único subgrupo ou produto específico. O resultado reflete também o impacto da desvalorização do Real frente ao dólar sobre os preços das commodities agrícolas (que são fixados em dólar)”, ressalta.

Contudo, o avanço apresentado pelo IPCA-15 no mês foi puxado pelo grupo Transporte, que subiu de -0,30% em agosto para 0,30% em setembro, apesar de itens importantes como etanol (-1,31%) e gasolina (-0,26%) passarem a custar menos. Segundo o IBGE, a aceleração da taxa do grupo se deve ao fim da queda das tarifas dos ônibus urbanos, que se apresentaram estáveis em setembro, após registrarem -1,02% em julho e -1,69% em agosto. Isto combinado com a alta das passagens aéreas, que chegaram a atingir 16,08% e se constituíram no impacto mais expressivo no índice do mês, com 0,07 ponto percentual.

Outros grupos que deixaram de apresentar queda no período foram Vestuário (de -0,12% em agosto para 0,37% em setembro) e Alimentação e Bebidas (de -0,09% para 0,04%). Nos artigos de vestuário, com a entrada da nova coleção no mercado, as roupas femininas se destacaram com alta de 0,65%. Nos alimentos, os principais destaques ficaram com os derivados de trigo: pão francês (2,80%), farinha de trigo (2,68%), pão doce (1,94%) e macarrão (1,46%). Subiram, também, os preços do leite longa vida (2,34%), frutas (1,88%), lanche (0,77%) e refeição consumida fora de casa (0,61%).

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Brasília (0,56%), onde as passagens aéreas, com peso de 1,86% e variação de 17,68%, causaram impacto de 0,33 ponto percentual. O menor índice foi o de Goiânia (0,15%).

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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