IPCA acelera e atinge 0,61% em abril

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Alimentação e Saúde afetaram inflação oficial no mês

Jornal GGN – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ganhou força e atingiu 0,61% em abril, ficando acima dos 0,43% contabilizados em março, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ao longo do ano, o índice acumula um crescimento de 3,25%, percentual inferior aos 4,56% registrados em igual período de 2015. Na últimos 12 meses, a taxa foi para 9,28%, abaixo dos 9,39% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2015 o IPCA situou-se em 0,71%.

Os grupos alimentação e bebidas, com alta de 1,09% e contribuição de 0,28 ponto percentual (p.p), e saúde e cuidados pessoais, com 2,33% e 0,26 ponto, foram responsáveis por 89% do índice do mês, exercendo, juntos, contribuição de 0,54 ponto.

Nos alimentos (de 1,24% para 1,09%), a maior alta entre as regiões pesquisadas foi na região metropolitana de Belo Horizonte (2,14%). Entre as principais altas de produtos no índice geral, estão a batata-inglesa (13,13%) e o açaí (9,22%). O tomate ficou 15,26% mais barato de março para abril.

Os remédios ficaram 6,26% mais caros, o que influenciou o resultado sobre a categoria saúde e cuidados pessoais (de 0,78% para 2,33%). Os números foram decorrentes do reajuste de 12,50% em vigor a partir do dia primeiro de abril. O item remédios, com 0,20 ponto percentual, constituiu-se na principal contribuição individual para o índice. Plano de saúde (1,06%), artigos de higiene pessoal (0,58%) e serviços laboratoriais e hospitalares (0,52%) são outros destaques.

Sete grupos exerceram conjuntamente um impacto de 0,07 ponto percentual e responderam por 11% do índice do mês. Neles, os principais itens em alta foram: telefone celular (4,01%), acessórios e peças (1,55%), taxa de água e esgoto (1,51%), artigos de limpeza (1,46%), passagem aérea (1,43%), Tv, som e informática (1,30%), motocicleta (1,18%), roupa feminina (0,95%), serviço bancário (0,94%), seguro de veículo (0,83%), manicure (0,81%), emplacamento e licença (0,77%), empregado doméstico (0,70%), ônibus urbano (0,69%), calçados (0,60%).

No caso da taxa de água e esgoto (1,51%), o resultado foi influenciado pela região metropolitana de Curitiba (10,12%), onde a tarifa foi reajustada em 10,48% a partir de 1º de abril; por Recife (6,51%), com reajuste de 10,69% em 20 de março; Fortaleza (2,49%), onde as tarifas ficaram 11,96% mais caras a partir do dia 23 de abril.

No item ônibus urbano (0,69%), Porto Alegre (14,68%) foi a região que exerceu influência sobre o resultado, tendo em vista o reajuste de 15,38% sobre o valor das tarifas, em vigor desde o dia 30 de março. No caso da telefonia, a alta de 4,01% no celular se deve a aumentos nas tarifas de uma das operadoras no mês de abril.

A energia elétrica (-3,11%) foi o item que exerceu o mais expressivo impacto para baixo (-0,12 p.p.). Este comportamento se deve ao fim da cobrança extra da bandeira tarifária, já que, a partir de 1º de abril, o valor de R$ 1,50 por cada 100 kilowatts-hora consumidos, referente à bandeira amarela, deixou de ser cobrado. Isso fez com que as contas de energia ficassem mais baratas em quase todas as regiões, exceto em Fortaleza, onde houve alta de 2,42%, e de Campo Grande (0,38%), com reajuste de 7,40%.

Além da energia, outros itens sobressaem com queda de preços, como etanol (-4,89%), excursão (-2,21%) e cigarro (-0,99%). O cigarro, com queda de 0,99%, refletiu reajustes e reduções ocorridas em determinadas marcas e áreas ao longo dos meses de março e abril.

Sobre os índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de Fortaleza (1,02 %), pressionada pela taxa de água e esgoto (2,49%), com reajuste de 11,96% em 23 de abril e pela energia elétrica (2,42%), tendo em vista o reajuste de 12,97% em vigor desde 22 de abril. O menor índice foi o da região metropolitana de São Paulo, que ficou em 0,36%, em razão do resultado de 0,77% dos alimentos, abaixo da média nacional (1,09%), além da queda de 6,78% nos preços do litro do etanol.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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