Maioria dos setores industriais melhorou produção em fevereiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Embora produção geral tenha desacelerado -0,2%, melhora apresentada pelo setor extrativo reduziu perdas no mês

Foto: Lenny Kuhne via Unsplash

Dezesseis dos 25 segmentos industriais pesquisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) melhoraram sua produção no mês de fevereiro em relação a janeiro. Contudo, o índice geral apresentou queda de -0,2% no comparativo mensal.

O destaque do período ficou com as indústrias extrativas, cujo avanço de 4,6% superou o crescimento visto em janeiro, quando a expansão foi de 3,4%.

Outros segmentos industriais que avançaram no período foram: bebidas (3,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,5%), de impressão e reprodução de gravações (11,2%), de produtos diversos (4,0%), de metalurgia (0,8%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (2,0%).

Contudo, pode-se dizer que a queda nas exportações exerceu um impacto mais relevante em setores com grande contribuição na indústria brasileira, o que explica a desaceleração mensal.

Entre as nove atividades que perderam força, destaque para os ramos de produtos alimentícios (-1,1%), de produtos químicos (-1,8%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,5%).

As atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,5%) e de produtos de metal (-1,4%) também pressionaram a variação negativa da indústria nacional.

“Entre os alimentos, alguns dos destaques negativos vieram da menor produção de carnes de bovinos, aves e suínos, sucos e derivados da soja. A queda observada na produção de carne bovina teve a influência da suspensão das exportações para a China por conta do mal da vaca louca no final do mês de fevereiro”, elenca André Macedo, pesquisador e gerente da pesquisa do IBGE.

Com esse resultado, a indústria nacional está 2,6% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 19% abaixo do nível recorde da série, alcançado em maio de 2011.

Na comparação com fevereiro de 2022, a produção industrial apresenta recuo de 2,4%. O resultado para 2023 (janeiro-fevereiro) é de -1,1% enquanto o acumulado nos últimos 12 meses é de -0,2%.

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