Dois eventos devem concentrar a atenção dos investidores nesta sexta-feira: a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) preliminar dos Estados Unidos referente ao primeiro trimestre de 2013 e o balanço trimestral da Petrobras, que será publicado após o fechamento do pregão.
Outros indicadores domésticos que estarão no radar dos investidores são o Índice de Preços ao Produtor – Indústria de Transformação, que será publicado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e a nota de política monetária e operações de crédito do Banco Central referente ao mês de março. No exterior, também será divulgado o índice de confiança da Universidade de Michigan para o mês de abril.
Na visão de Larissa Gatti, economista da corretora Souza Barros, os dados de crescimento norte-americano devem nortear as negociações no dia de hoje. “Saíram os dados de desemprego (queda de 16 mil pedidos de auxílio-desemprego na semana passada, para um total de 339 mil), que indicou que o mercado não está tão ruim apesar dos sinais de crescimento mais lento”.
O PIB norte-americano cresceu 0,4% durante o quarto trimestre de 2012 e, segundo Larissa, os analistas locais estimam que o avanço ficará na casa de 2,8%. “Qualquer número diferente das expectativas do mercado norte-americano afeta nossa bolsa, que estará de olho também na divulgação do resultado da Petrobras”, diz a analista. Quanto aos números da estatal, Larissa alerta que o resultado da companhia pode ser afetado pelos dados de produção de petróleo, devido aos trabalhos de manutenção de plataformas na Bacia de Campos no começo do ano.
Neste caso, o analista Marcelo Varejão, da corretora Socopa, reitera que o impacto dos resultados da estatal será visto com mais intensidade no pregão de segunda-feira. “Assim como aconteceu com os dados da Vale, o mercado tenta antecipar os números. O balanço deve vir melhor porque existe o impacto dos aumentos de preços na receita da empresa. Mas certamente haverá especulação. Aqui, vemos que a bolsa vem em uma boa sequencia de recuperação, ainda que seja pouco em relação ao que subiu lá fora”.
Neste caso, se o mercado tiver a percepção de que os dados da Petrobras serão melhores, assim como ocorreu com os dados da Vale, “a bolsa pode eventualmente descolar, seja caindo menos ou invertendo o sinal ante o exterior”, pontua Varejão.
Após manter-se em patamares positivos por boa parte do dia, o Ibovespa (índice da Bolsa de Valores de São Paulo) fechou as operações de quarta-feira em leve queda de 0,04%, aos 54.963 pontos, com máxima aos 55.543 pontos e mínima aos 54.792 pontos, totalizando um giro financeiro de R$ 7,27 bilhões.
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