Minas e Espírito Santo contabilizam prejuízos e começam reconstrução

Brasília – A Defesa Civil de Minas Gerais, confirmou a morte de 21 pessoas no estado – a maioria soterradas em deslizamentos de terra, e mais de 12 mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas, por causa das chuvas fortes que atingem a região desde meados de dezembro. Segundo boletim divulgado hoje (30), 101 municípios foram afetados pelas chuvas e 51 decretaram situação de emergência.
 
O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, convocou uma reunião hoje com representantes de secretarias e órgãos do estado para fazer um balanço das ações que têm sido realizadas para ajudar os municípios. Na última sexta-feira (27), a presidenta Dilma Rousseff esteve em Minas e defendeu a parceria entre governos federal, estados e municípios para prevenir desastres naturais.
 
A previsão do Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge) é de que o sol voltará a aparecer com mais intensidade em todas as regiões do estado, porém devido a fatores termodinâmicos haverá pancadas de chuva, em pontos isolados.
 
A partir de terça-feira (31), no entanto, uma nova frente fria chegará ao estado deixando o tempo mais instável, principalmente nas regiões sul, oeste, Campo das Vertentes e no Triângulo Mineiro. Nas demais regiões o tempo continuará quente com pancadas isoladas de chuva.
 
Já no Espírito Santo, o governo decretou situação de emergência em todas as áreas afetadas por desastres decorrentes das últimas chuvas. Segundo o coronel Ednilton Ribeiro Aguiar Junior, comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo, a fase de busca por desaparecidos já está no final e agora começam as fases de restabelecimento e reconstrução das áreas atingidas. “Precisamos fornecer agora condições básicas de vida às pessoas, como água, energia e trafegabilidade. Vamos também realizar uma força-tarefa e começar um levantamento dos prejuízos em cada município, para usar apropriadamente os recursos [disponibilizados] dos governo estadual e federal”.
 
De acordo com Aguiar Júnior, um efetivo de 1.584 pessoas atuou no socorro às vítimas, entre Corpo de Bombeiro, Marinha, Aeronáutica, Exército e Força Nacional. “Sem computar o efetivo da Polícia Militar, que ajudou na segurança contra os saques que estavam ocorrendo em várias cidades”. O último boletim da Defesa Civil do estado contabiliza 54 cidades atingidas e 24 mortes. Um novo boletim deve ser divulgado na tarde de hoje.
 
O Corpo de Bombeiros do Espírito Santo também utiliza a sua página na rede social Facebook para divulgar informações sobre a situação nos municípios do estado. Segundo o coronel, a página teve cerca de 14 mil acessos nesse período crítico e é uma importante ferramenta contra boatos e desinformação.
 
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) suspeita de uma morte provocada por leptospirose. O caso ocorreu em uma cidade da Grande Vitória e está sendo investigado. Segundo a Sesa, os exames para confirmação da causa devem sair em 30 dias.
 
A leptospirose é uma infecção aguda, causada por uma bactéria presente na urina e fezes de diferentes animais. No Brasil, os ratos são os principais transmissores da doença, que é comumente associada a inundações, já que o contágio se dá pelo contato direto com a urina dos animais ou pela exposição à água contaminada, que penetra no organismo através da pele e espalha a bactéria pela corrente sanguínea.
 
A Sesa, juntamente com a Força Nacional do SUS, está trabalhando na coordenação de ações estratégicas de assistências às vítimas das chuvas. O Ministério da Saúde encaminhou cerca de duas toneladas de medicamentos e insumos, além de disponibilizar profissionais que já atuam no atendimento à população. Na última sexta-feira (27), o Ministério da Integração Nacional, por meio da Secretaria Nacional de Defesa Civil, autorizou a liberação de mais R$ 6,6 milhões para obras de reconstrução, socorro e assistência às vítimas do Espírito Santo.
 
 
Redação

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