Moody’s: Brasil enfrentará queda de entrada de capital

Jornal GGN – A agência de classificação de risco Moody’s anunciou nesta segunda-feira (2) uma “vulnerabilidade moderada” do Brasil a uma queda na entrada de capital no país e a deterioração da conta corrente.
 
Para a Moody’s, a redução no fluxo de capital pode fragilizar a posição do Brasil lá fora, já que a estimativa é também de um maior déficit em transações correntes. Mesmo assim, a agência não espera choque nos ingressos de recursos no país.
 
Em comunicado, o analista-sênior da Moody’s, Mauro Leos, afirmou que espera por um cenário de interrupção nos fluxos financeiros para o país com a redução de compra de ativos do Federal Reserve, nos Estados Unidos.
 
A agência ressaltou que os fluxos de Investimento Estrangeiro Direto (IED) continuam a cobrir a maior parte do déficit em conta corrente do Brasil. Para eles, os principais fatores na deterioração da conta corrente são a redução do superávit comercial, maior déficit na conta de serviços e a saída líquida na conta de rendas.
 
Estimado em aproximadamente 4% do Produto Interno Bruto (PIB), o déficit em conta corrente do Brasil é consideravelmente maior do que a mediana de todos os países com classificação “Baa”, de acordo com a Moody’s.
Redação

15 Comentários

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    1. Vera o problema não é esse:

      se tiver uma menor entrada de investimento estrangeiro, como a balança de pagamentos está em déficit (cambio ainda sobrevalorizado apesar da correção feita de 08/2011 até final de 2013), terá uma pressão altista sobre o dólar, o que é positivo para resolver nosso maior problema econômico hoje, que é exatamente esse déficit da balança de pagamentos.

      Seria muito positivo para o desenvolvimento da indústria brasileira, com um custo inflacionário a curto prazo: mas cadê a coragem dos Mantega/Tombini, com um pavor absurdo dos banqueiros-“jornalistas”…

      1. É sério a questão dos russos.

        É sério a questão dos russos. É que com as constantes ameaças de confisco de bens russos no exterior por causa da Ucrania, os seus aplicadores estão vindo para mercados mais seguros como o brasileiro, por exemplo.

        1. Sim, é sério.

          No 1º trimestre o fluxo de saída de capitais da Rússia foi de 7% do PIB. 3 vezes maior que ano passado.

          E isso ajuda aos demais mercados, claro. 

          Mas o Brasil é dos mais frágeis agora dos grandes, depois da Rússia.

           

  1. prophecia

    financial times e moody”s  da vida, tentam fazer aquele tipo de profecia auto realizável.

    aqui, embora um pouco mais discreto, o bombardeio é do mesmo tipo que sofre a Venezuela, Argentina e Bolívia.

    o Brasil, ao invés de virar as costas aos vizinhos, deve têlos como parceiros preferenciais. 

     

  2. Basta bater o olho no

    Basta bater o olho no primeiro paragrafo pra ver o que isso eh.

    Conspiracao para aumento de juros.  Se voces nao exigirem do governo que encurte a coleira do bc, eh exatamente isso que a trairada vai fazer.

  3. Esse comunicado pseudo

    Esse comunicado pseudo técnico está com cara de ser parte da blitzkrieg que o capital vem promovendo contra o governo do Brasil , às vésperas das eleições. O rentismo tem atuado em várias frentes. Tem a frente internacional , com as agências e a mídia , principalmente a inglesa , que trabalham para minar o prestígio e a auto estima nacionais. Tem a frente interna , que apóia os candidatos barrigas de aluguel , sob a coordenação dos rentistas e da mídia provinciana , capazes de vender o país sem piscar duas vezes  …

  4. Se tudo permanecer como está,

    Se tudo permanecer como está, quem sabe, né?

    Do contrário, tudo é possível.

    Mãe Dináh tinha muitos concorrentes.

  5. Cautela será necessária…

    “Estimado em aproximadamente 4% do Produto Interno Bruto (PIB), o déficit em conta corrente do Brasil é consideravelmente maior…”

    E olha que em 1998 era esse mesmo o patamar. E então o Real estava menos valorizado que agora. E o governo de então foi acusado, com razão, de sustentar uma posição artificial com fins eleitoreiros.

    É claro que, por outro lado, as relações de troca agora estão bem melhores.

    Mas, mesmo assim, cautela.

  6. Neste tipo de cenarização, as

    Neste tipo de cenarização, as variáveis intervenientes não-controláveis são tantas que, no mínimo, se exige do “futurólogo” a explicitação detalhada das hipóteses adotadas na previsão. Sem isso, vale tanto quanto quanto qualquer “achismo” seguido de algum argumento de autoridade (no caso, a reputação da “Moody’s”). Convém lembrar que a reputação (ou autoridade, se preferirem) desta agência de “rating” anda, assim como a das outras congêneres, muitíssimo em baixa desde o fiasco de 2008, quando classificavam o Lehman Brothers e os derivativos abarrotados de papéis sub-prime como “grau de investimento” na categoria máxima (AAA ou equivalente) até a véspera do desastre de 15 de setembro.

    A propósito da isenção nada confiável da Moody’s e da influência da condição de ano eleitoral sobre o “wishfull thinking” do sistema financeiro privado (maior cliente e financiador das agências de classificação de risco), é interessante recordar a famosa sentença do megaespeculador George Soros às vésperas das eleições de 2010: o mercado já decidiu, ou Serra ou o caos. Nem deu um nem outro. Nada exagerado, portanto, interpretar o pessimismo “achológico” da referida agência no momento atual como mais uma manifestação do desejo de George Soros & Cia. com relação ao resultado das próximas eleições.

  7. É pra isso que temos reservas

    O Brasil tem déficit em conta corrente exatamente porque a moeda está muito valorizada. Segundo as leis do mercado, tão estimadas pelas agências, se houver uma pressão de alta sobre o dólar, o déficit tende a se ajustar naturalmente, pois as exportações se tornarão mais competitivas e as importações mais caras.

    Não dá pra chamar isso de vulnerabilidade, principalmente num país que detém a quinta maior reserva cambial do mundo. Ou seja, tem cacife mais do que suficiente para impedir uma alta excessiva do dólar e qualquer tipo de especulação contra o real.

    Tudo muito diferente de 1998.

  8. O Brasil já esta acostumado,

    O Brasil já esta acostumado, ele enfrentou essa queda em 2002, 2006 e 2010, assim como uma série de outras desgraças que também adviriam nesses anos cabalísticos, é algo parecido com os ciclos do calendário maia, sempre tem alguem que fatura com previsão de desgraças e depois que passa ocorre uma espécie de amnésia coletiva o que permite às pitonisas elucubrarem novas previsões mesmo depois de terem furado completamente nas anteriores é um fenômeno conhecido como efeito mãe Dinah.

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