Nos anos 1990, abertura comercial implantada por Collor levou à quebra de empresas nacionais e aumentou desemprego
Foto Antônio Cruz/Agência Brasil
Jornal GGN – Em entrevista à Folha de S.Paulo, o general da reserva e futuro vice-Presidente da República, Hamilton Mourão, defendeu primeiro “acertar a questão tributária” antes da abertura comercial, proposta pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes.
“Na minha visão, temos que arrumar a casa primeiro. Depois que arrumar a casa, a gente abre a porta (…) Precisa acertar primeiro a questão tributária, que é parcela do custo Brasil. Aí teremos espaço para iniciar uma abertura, e as nossas indústrias poderão ter preço competitivo com as que vêm de fora e que não sofrem esse aperto”.
Paulo Guedes vem defendendo a abertura comercial do Brasil desde a corrida eleitoral, pontuando, após a eleição de Bolsonaro, que não será repentina, para evitar perdas à competição da empresas nacionais. O desenho da abertura comercial do novo governo, entretanto, ainda não foi apresentando em detalhes, o que deve acontecer nos próximos meses de 2019.
“Não vamos fazer uma abertura abrupta para prejudicar a indústria brasileira, ao contrário, vamos retomar o seu crescimento com juros baixos, reformas fiscais e desburocratização”, afirmou Guedes em entrevista à Folha em 30 de outubro.
A abertura comercial do Brasil é um tema ligado a agenda da produtividade, mas precisa ser implantada com cuidado. Nos anos 1990, o então governo Fernando Collor fez a abertura comercial com um plano que previa a redução gradual de tarifas de importação. Com produtos estrangeiros mais baratos, os produtores nacionais seriam forçados a reduzir preços e melhorar a qualidade dos produtos. Mas o que se seguiu foi a quebra empresas nacionais e, consequentemente, impactos negativos sobre o nível de empregos.
Em um artigo para o Portal da Indústria, publicado em 25 de outubro, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, alertou para a situação delicada da econômica no Brasil.
“Se vier a ser, de fato, implementada, essa ideia [da abertura comercial unilateral da economia brasileira] eminentemente acadêmica terá consequências reais negativas, porque parte de um diagnóstico errado”.
Nos anos 90, a abertura comercial brasileira, diferente da que foi praticada décadas antes por outros países latinos, como Chile e Argentina, aconteceu em um ambiente econômico instável, além disso, não foi realizada em escalas, primeiro com a liberalização do mercado de bens e serviços para depois no mercado de capitais.
“No governo Collor, quando o Imposto de Importação médio era cinco vezes maior do que o atual, foi feita uma abertura desse tipo, que resultou no fechamento de empresas, no aumento do desemprego e na desnacionalização de diversos setores da nossa economia. A produtividade, porém, teve ganhos apenas pontuais e ficou estagnada nas duas décadas seguintes, pois as medidas necessárias para aumentar a competitividade da economia não foram tomadas”, alerta Braga de Andrade.
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D. Mourão Vl
Abertura dos portos às nações amigas.
Acho que já fizeram isto!
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Empossados os malucos, o próximo passo é o suicídio coletivo.
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Tá doidim pra pegar o lugar do minto………
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A sociedade brasileira ficou muito mal acostumada com os governos Lula e Dilma, quando o país crescia, tinha empregos e os salários aumentavam periodicamente. É preciso que os brasileiros sofram um pouco para dar valor a governantes que os respeitavam. Agora o pais será governado por psicopatas que tem total desprezo pelo seu povo. Os eleitores do Bolsonaro, principalmente os mais jovens, saberão exatamente o que é o librealismo que tanto defendem. Hoje o desemprego no país está na casa dos 12%, não vai demorar muito para chegar aos 20% como na Espanha. Os mais atingidos serão justamente os mais jovens, que no caso da Espanha o desemprego gira em torno de 50%.
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Que argumento ilógico é esse? A troca de governo mostra insatisfação com a situação vigente e não desejo de sofrer!
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Já tivemos vices interinos, vicejantes, e presidentes desinterinos.
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